sexta-feira, 9 de fevereiro de 2024

Vacina contra a dengue: por que pessoas com 60 anos ou mais não podem se vacinar?

 

Integrantes do principal grupo de risco para dengue, os idosos já totalizam quase 90 mil casos prováveis da doença em 2024, segundo dados do Ministério da Saúde.  Entre a faixa etária de maior incidência, (60-69 anos), foram registrados 44 mil casos prováveis de dengue até este mês. 

Mesmo sendo grupo de risco, os idosos não foram contemplados na campanha de vacinação contra a dengue pelo Sistema Único de Saúde (SUS). A vacina (QDenga) apresentou uma eficácia de 80,2% na prevenção da doença e foi aprovada pela Anvisa em março de 2023. Desde julho, ela pode ser comercializada em farmácias e clínicas particulares. Porém, a vacina só é recomendada para a faixa etária de 4 a 60 anos.

O médico infectologista Fernando Chagas explica que a vacina da dengue não foi testada para  a faixa etária dos idosos. Segundo ele, existem poucos dados da vacina para essa idade.

“Os testes da vacina da Qdenga foram feitos em populações específicas. Só que as populações acima de 60 anos não entraram nos testes. Então, não há histórico, por exemplo, de efeitos adversos, algum risco específico para populações acima dos 60 anos. Não é isso. É só uma questão de cautela por conta dos dados. Nós temos poucos dados da vacina nessa idade. Mas é questão de tempo para oficialmente, acima dos 60 anos, ser aplicada a vacina contra a dengue”, explica.

No entanto, em clínicas particulares, a vacinação para população acima dos 60 anos pode ocorrer se houver recomendação médica. Foi o caso da servidora pública Lindalva Alves, de 67 anos. Ela conta que por ter dengue hemorrágica duas vezes, foi recomendado a aplicação do imunizante.

“Como  já tive duas vezes dengue hemorrágica e todas as 2 vezes fiquei muito mal, tive que passar por internações hospitalares. Eu perguntei ao cardiologista que me acompanha se valeria a pena tomar a vacina. Ele recomendou que tomasse e me deu a requisição. O laboratório pediu a requisição médica para que pudesse me aplicar a vacina, porque eu já tenho mais de 60 anos. Tomei a primeira dose da vacina da dengue no dia 26 de janeiro — e a segunda devo tomar no dia 26 de abril”, diz.

Além de idosos, há restrições para outros grupos, como ressalta o infectologista. “A gente tem que avaliar também a questão da fragilidade da pessoa. Porque a vacina é composta de vírus atenuado, então é o vírus vivo. Por se tratar de um vírus vivo, mesmo sem a capacidade de causar doenças, a gente prefere, por segurança, não aplicar vacina em pessoas com a imunidade prejudicada. Então, pessoas que fazem quimioterapia, pessoas que usam medicamentos que enfraquecem a imunidade, como, por exemplo, corticoides em dose alta acima de 15 dias consecutivos, gestantes, pessoas que estão amamentando. Inicialmente, a gente prefere não aplicar vacina nessas populações por segurança”, afirma.

Já a restrição para crianças menores de 4 anos tem outro motivo. “Infelizmente, as crianças abaixo de 4 anos não criaram uma resposta tão boa quanto ao vírus. Então, não faz sentido aplicar numa população que não cria uma resposta tão boa com essa vacina”, explica Chagas.

Como proteger os idosos da dengue?

A melhor forma de prevenção da dengue é evitar a proliferação do mosquito Aedes aegypti. O infectologista Fernando Chagas destaca as principais recomendações.

“É importante que se limpe o ao redor da casa pelo menos uma vez na semana, lembrando inclusive de tapar os ralos, porque os ralos também acabam guardando água. Geralmente, o ciclo de produção de reprodução do vírus dura 10 dias. Então, se você limpa uma vez por semana, você já quebra o ciclo de transmissão”, orienta.

Também é aconselhável o uso de repelentes, como destaca Chagas. “E esses idosos, como maior risco, assim como gestantes, podem utilizar também protetor repelente contra o mosquito. É importante que se veja se procure uma substância chamada caridina. Vários repelentes têm caridina e a caridina é muito potente contra o Aedes aegypti. Pode utilizar esses repelentes só pela manhã ou usar no finalzinho da tarde. Outra solução também seria você colocar telas nas portas das janelas de casa e no final da tarde, às 16h ou 17h, fechar tudo para evitar que o mosquito entre nesses horários”, ressalta.

Vacinação contra a dengue

Segundo o Ministério da Saúde, a distribuição das doses da vacina contra a dengue e a divulgação do calendário de vacinação devem ocorrer até o fim desta semana. Inicialmente, 521 municípios de 16 estados e o Distrito Federal preenchem os requisitos para o início de vacinação. A vacinação vai contemplar crianças e adolescentes de 10 a 14 anos. A faixa etária é a segunda maior a apresentar internações pela doença, após os idosos. 

Conforme a pasta, ao todo 5,2 milhões de doses da vacina deverão ser entregues ao longo de 2024. A pasta prevê que cerca de 3,2 milhões de pessoas devem ser vacinadas neste ano. A primeira remessa, com cerca de 757 mil doses, chegou ao Brasil em 20 de janeiro. Outra remessa, com mais de 568 mil doses, está com entrega prevista para fevereiro.  Para 2025, a pasta já contratou outras 9 milhões de doses. 

Paralelamente, o Ministério da Saúde informou que está trabalhando para ampliar a produção de vacina contra a dengue no Brasil. Conforme a pasta, a ideia é unir e coordenar esforços para “ampliar o acesso de toda população às vacinas Qdenga, produzida pelo laboratório japonês Takeda e Butantan-DV, que está em desenvolvimento pelo Instituto Butantan”. O Ministério da Saúde informou que as duas instituições manifestaram interesse em atuar em conjunto para acelerar a produção de vacinas no Brasil.


quinta-feira, 8 de fevereiro de 2024

Comunicação da Assembleia Legislativa é agraciada com o Prêmio Remadd

 Comunicação da Assembleia Legislativa é agraciada com o Prêmio Remadd

Jacqueline Heluy, diretora de Comunicação da Assembleia, com o Prêmio Remadd, ao lado de demais agraciados

A Diretora de Comunicação da Assembleia Legislativa, jornalista Jacqueline Heluy, recebeu o Prêmio Remadd 2023, da Rede Maranhense de Diálogos Sobre Drogas (Remadd), na noite desta quarta-feira (7), no Teatro Arthur Azevedo. O prêmio, cujo objetivo é incentivar a política sobre drogas no Maranhão, é o reconhecimento ao trabalho realizado pelo Complexo de Comunicação da Assembleia, formado por TV, rádio, portal e redes sociais, pelas relevantes reportagens e informações veiculadas.

Na ocasião, a Assembleia Legislativa do Maranhão também foi homenageada pelos projetos e incentivos às campanhas de ressocialização e prevenção às drogas. O deputado Ricardo Arruda (MDB) recebeu o prêmio em nome da Alema e agradeceu o reconhecimento ao trabalho do Parlamento Estadual.

Em sua quarta edição, o Prêmio Remadd busca o reconhecimento de pessoas de notório saber, profissionais e instituições da sociedade civil e dos poderes públicos, que possuem atuação de destaque no Maranhão ou maranhenses que desenvolveram estas ações ou atividades fora do estado.

Foram agraciadas 220 personalidades em dez categorias, nos seguintes eixos de atuação: Cuidado e Acolhimento; Tratamento e Saúde Mental; Inserção e Reinserção Sociofamiliar; Cultura e Arte, Esporte e Lazer; Estudos, Pesquisas e Avaliações; Espiritualidade e Grupos de Mútua Ajuda; Redução de Danos Sociais e à Saúde; Comunicação e Literatura, Justiça e Segurança e Políticas Públicas.

Na oportunidade, a diretora de Comunicação da Alema, Jacqueline Heluy, disse que é uma grande honra a Comunicação da Assembleia ser reconhecida pelo trabalho que tem prestado à sociedade maranhense.

“É o reconhecimento ao trabalho cotidiano das mídias integradas do Poder Legislativo, formado pela TV, rádio, portal e redes sociais, de incentivo ao exercício da cidadania e ao combate às drogas. O Prêmio Remadd é mais uma conquista de toda a equipe de trabalho do nosso Complexo de Comunicação”, salientou.

O presidente da Remadd, Erisson Lindoso, ressaltou a relevância do trabalho realizado pelas pessoas e instituições do poder público e da sociedade civil que fizeram jus ao Prêmio Remadd 2O23. “Reconhecemos e agradecemos o trabalho que realizam em prol da família maranhense, cuidando, tratando, educando, consolidando e reinserindo na sociedade. É um momento magnífico que estamos vivendo e de gratidão”, afirmou.

Agência Assembleia
Deputado Ricardo Arruda, com o presidente da Remadd, Erisson Lindoso, representou a Alema, homenageada pelos projetos e incentivos às campanhas de ressocialização e prevenção às drogas
Deputado Ricardo Arruda, com o presidente da Remadd, Erisson Lindoso, representou a Alema, homenageada pelos projetos e incentivos às campanhas de ressocialização e prevenção às drogas

Remadd

A Rede Maranhense de Diálogos Sobre Drogas (Remadd) é uma organização social constituída por diversas instituições associadas. Desenvolve atividades de modo voluntário, sendo seus recursos provenientes de doações e apoio da iniciativa privada e do poder público.

A Remadd atua no debate, desenvolvimento e implantação de políticas sobre drogas e tem realizado atividades em dezenas de cidades maranhenses, por meio de intervenções para promoção de políticas públicas que viabilizam apoiar quem mais precisa.

Câmara aprova cinco projetos de lei nesta quarta-feira, 07

Após votação, projetos seguem para deliberação do Executivo, sanção ou veto / Leonardo Mendonça

Texto: Suellen Soares

A Câmara de São Luís aprovou na sessão da última quarta-feira, 07, cinco projetos de lei, incluindo projeto do executivo que dispõe sobre a criação de novas unidades de ensino. O bloco inclui ainda projetos dos vereadores Silvana Noely (PSDB), Marlon Botão (PSB) e Karla Sarney (PSD). Confira.

Criação de escolas 

O Projeto de Lei n.º 004/24 foi enviado pela Prefeitura da capital e estabelece a criação de unidades de educação básica na estrutura da Secretaria Municipal de Educação (Semed). Segundo a Mensagem n.º 19/23, o objetivo é atender a demanda da Educação Infantil, Ensino Fundamental e Educação Especial.

Proteção às Mulheres

Já a vereadora Silvana Noely é autora dos PL nº 034/23 e 251/23. O primeiro institui Protocolo de Segurança para Prevenção, Identificação e Ação que obriga espaços públicos e privados de lazer e destinados ao entretenimento a implementarem medidas de proteção às mulheres em situações de risco, nos casos de importunação, assédio e violência sexual.

Na mesma linha de proteção às mulheres, o segundo determina a tramitação prioritária dos processos administrativos que figurem como parte ou interessada a vítima de violência doméstica e familiar.

“A cada dois minutos uma mulher é agredida e a violência doméstica ainda é realidade em todas as regiões do Brasil. Desse modo, o presente projeto visa dar maior celeridade e garantir condições às pessoas em situação de violência doméstica prioridade”, destacou a parlamentar.

Acesso à água potável 

Marlon Botão, por meio do Projeto de Lei n.º 102/23, visa a concessão de auxílio para aquisição de água mineral para famílias sem acesso ao abastecimento regular de água potável. O vereador explica que essa é uma demanda que partiu da própria comunidade.

“Em Audiência Pública realizada na região do Gapara, uma das mais afetadas pela precariedade ou inexistência do sistema de abastecimento de água, verificamos a situação calamitosa em que vivem as pessoas que residem naquela região”, esclareceu.

Utilidade Pública 

Por fim, a Câmara concedeu Título de Utilidade Pública ao Instituto Abraçar. A concessão ocorreu por meio da aprovação do Projeto de Lei n.º 235/23, da vereadora Karla Sarney.