sexta-feira, 9 de agosto de 2024

Flávia Saraiva, ginasta Sargento da FAB que conquistou a simpatia do público nas olimpiadas de paris

Do subúrbio do Rio a conquistas olímpicas, Flávia Saraiva se destaca com talento, disciplina militar e uma jornada de superação em Paris 2024

Flávia Saraiva, uma das estrelas brasileiras da ginástica artística, brilhou nas Olimpíadas de Paris 2024. Além de seu talento nas competições. Flávia também é Sargento da Força Aérea Brasileira (FAB), o que complementa sua trajetória de disciplina e dedicação.

O soldo de um 3º Sargento na FAB é de R$ 3.823,64, mas com adicionais, o salário bruto da ginasta chega a R$ 5.125,50, segundo o portal da transparência.

A trajetória de Flávia começou cedo, quando uma prima, professora de educação física, percebeu sua habilidade para a ginástica. Aos oito anos, a jovem começou a treinar em um projeto social no subúrbio do Rio de Janeiro. Sua evolução rápida chamou a atenção de Georgette Vidor, ex-coordenadora da seleção brasileira, que viu na menina um grande potencial.

Com o apoio da família, que chegou a mudar de cidade para que Flávia pudesse treinar melhor, a ginasta progrediu rapidamente. Sua mãe deixou o emprego para acompanhar a filha nos intensos treinos e compromissos escolares.

Esse suporte foi crucial para que Flávia alcançasse níveis altos de desempenho, culminando em sua primeira grande oportunidade nos Jogos Olímpicos da Juventude em Nanjing 2014, onde conquistou três medalhas.

A estreia de Flávia em Jogos Olímpicos aconteceu em 2016, no Rio de Janeiro, onde competiu em alto nível e terminou em quinto lugar na trave. Apesar das lesões e desafios enfrentados, ela continuou se destacando e evoluindo.

Em Paris 2024. Flávia, agora com 24 anos, participou de sua terceira Olimpíada e ajudou a equipe brasileira a conquistar uma medalha de bronze inédita na ginástica por equipes.

Além de sua carreira esportiva, Flávia Saraiva também dedica tempo à FAB, onde sua função como Sargento envolve um salário base de R$ 3.823,64. No entanto, devido aos adicionais de habilitação, militar e outros benefícios, seu salário bruto alcança R$ 5.125,50. Essa remuneração é composta por diversos fatores que aumentam significativamente o valor final recebido pelos militares.

A vida militar traz para Flávia uma disciplina que complementa sua rotina de treinos e competições. A ginasta representa a dedicação e a superação, equilibrando as responsabilidades de uma atleta de alto rendimento com as exigências de sua carreira militar. Essa combinação de habilidades e determinação tem sido um diferencial em sua trajetória.

Carlos Lula destaca contribuição de Lene Rodrigues na Secretaria de Cidades

Assecom / Dep. Carlos Lula

O deputado estadual Carlos Lula (PSB) utilizou a tribuna, na sessão plenária desta quinta-feira (8), para prestar homenagem à ex-secretária de Estado das Cidades, Josilene Rodrigues, que, na quarta-feira (7), pediu exoneração do cargo por motivos pessoais. O jornalista Robson Paz assumiu o comando da pasta.

"É momento de reconhecer o trabalho incansável de uma gestora que, por nove anos, liderou com excelência a administração pública em nosso estado. Falo da secretária de Estado das Cidades, Josilene Rodrigues, ou, como carinhosamente a chamamos, 'Lene'. Lene Rodrigues não é apenas uma gestora. Ela é, também, professora concursada da rede estadual e uma mulher que conhece profundamente a realidade dos maranhenses nos 217 municípios", declarou Carlos Lula.

O deputado destacou que Lene Rodrigues atravessou duas gestões: primeiro sob o comando do governador Flávio Dino e, mais recentemente, com o governador Carlos Brandão. "Hoje, expressamos nossa sincera gratidão por sua incansável dedicação."

"Lene não é uma figura distante. Ela está ao nosso lado, compreendendo nossas necessidades. Sua liderança não se baseia em formalidades, mas em empatia e ação. Como dirigente do PCdoB, ela é uma voz firme na defesa dos valores em que acreditamos. Lene entende que uma cidade é feita de sonhos e de pessoas, e sempre manteve essa simplicidade, mesmo ao tomar decisões importantes", enfatizou o parlamentar.

Carlos Lula também deu as boas-vindas ao novo secretário da Secid, Robson Paz. "Que ele siga os passos de Lene, construindo pontes entre nossas cidades e suas comunidades. Robson, que sua gestão seja marcada pela inovação e pelo olhar atento às necessidades da população. Para Lene Rodrigues, desejamos sucesso em seus novos desafios. Que ela continue a inspirar, liderar e a fazer a diferença onde quer que esteja, pois deixa um legado que transcende cargos e títulos", concluiu o deputado.

 

Eleições 2024: uso de redes sociais e Inteligência Artificial (IA) requer atenção


 O calendário do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) determina que, a partir de 16 de agosto, candidatos e candidatas aos cargos de prefeito e vereador nas eleições municipais de 2024 poderão fazer propaganda eleitoral, inclusive pela internet. Nesse período, os candidatos buscam conquistar os votos do eleitorado.

No país, ainda não existem leis gerais aprovadas pelo poder legislativo sobre o uso de redes sociais e Inteligência Artificial (IA). Por isso, em fevereiro, o TSE alterou a resolução sobre propaganda eleitoral que visa contribuir com o uso consciente dessas tecnologias nas eleições. 

O representante do departamento jurídico da Associação Brasileira de Rádio e Televisão (Abratel), Eduardo Lopes, afirma que a instituição avalia a iniciativa do TSE como positiva em prol de eleições mais transparentes.

“Mesmo sem ter uma legislação específica, a Abratel entende que o TSE e outras autoridades brasileiras estão utilizando os instrumentos disponíveis de maneira eficaz para responsabilizar as plataformas digitais e garantir um ambiente eleitoral mais justo e transparente”, afirma Eduardo Lopes.

Uma das atualizações da resolução pelo TSE proíbe 'deepfake' na propaganda eleitoral – uma técnica que permite utilizar IA para alterar ou trocar o rosto de pessoas em vídeos, assim como voz e expressões – que, assim, pode falsificar discursos e posicionamentos dos indivíduos. 

O professor e advogado especializado em Direito Digital, Lucas Karam, salienta os riscos do uso de deepfake nas eleições que, segundo ele, pode ser utilizado para espalhar notícias falsas.

“Essas ferramentas são utilizadas para fake news, pela falta ou pela alta convicção dos seus conteúdos. Hoje é possível realizar um vídeo deepfake com a mesma voz, com o mesmo rosto, até mesmo corpo e expressões de um candidato, e isso é utilizado como uma forma de espalhar fake news e de uma maneira muito persuasiva”, destaca Karam.

Agora, a partir da regulamentação do TSE, Lucas Karam ressalta que o uso dessa técnica foi “reprimido totalmente”. “Por exemplo, nem o próprio candidato, se ele mesmo quiser fazer um clone virtual dele mesmo, ele consegue, porque a legislação vetou isso totalmente, justamente para evitar a fake news.”

Importância de regras sobre uso de IA nas eleições

A resolução do TSE também obriga que haja um aviso explícito sobre o uso de inteligência artificial nas peças de campanha eleitoral. O especialista em direito digital, Lucas Karam, avalia que a medida faz com que o processo eleitoral seja transparente e faz com que os cidadãos compreendam que aquele conteúdo não é totalmente original. 

“Isso ajuda a realizar uma transparência com todos os cidadãos que estão assistindo ou consumindo aquele conteúdo. Porque a partir daí, a partir daquela tag, como se fosse um rótulo daquele conteúdo, eles conseguem compreender que aquele conteúdo não é 100% original. E isso faz uma grande diferença. Uma vez que hoje no Brasil as pessoas ainda não conseguem distinguir o que é artificial e o que é real, e o que é fake news e o que é real”, pondera Karam.

O representante da Abratel, Eduardo Lopes, informa que, para a Abratel, sem uma regulamentação específica para IA e redes sociais no período eleitoral, a falta de transparência acarreta outros problemas.

“Sem uma regulamentação específica, há uma carência de transparência na origem, no financiamento e no direcionamento dos anúncios eleitorais para os usuários, o que dificulta a identificação de quem está por trás das campanhas, o que compromete também a confiança no processo eleitoral”, afirma Eduardo Lopes.

Segundo Lopes, o uso indevido de dados pessoais também é uma preocupação. “O uso inadequado de dados pessoais por inteligência artificial e redes sociais que podem violar a privacidade dos eleitores, além de possibilitar a criação de perfis falsos e sem o consentimento de seus titulares.” 

A resolução do TSE também restringe o uso de robôs para intermediar contato com eleitores, ou seja, não pode simular diálogo com candidato ou qualquer outra pessoa. Além disso, as chamadas big techs, quando não retirarem do ar imediatamente, conteúdos com desinformação ou discursos de ódio, deverão ser responsabilizadas.

Pela norma, os provedores passam a ser considerados “solidariamente responsáveis, civil e administrativamente, quando não promoverem a in disponibilização imediata de conteúdos e contas durante o período eleitoral” nos casos descritos na resolução.

Dicas para se atentar às propagandas eleitorais na internet:

  • Os cidadãos devem duvidar de postagens em contexto duvidoso sem rótulo de IA;
  • Denunciar o conteúdo falso ao TSE e à plataforma;
  • Duvidar de conteúdos sensacionalistas e persuasivos;
  • Verificar a fonte (autor) da publicação em algum buscador na internet;
  • Não repassar conteúdo sem ter certeza de que é verdadeiro.