quinta-feira, 1 de agosto de 2024

Ranking nacional elege Duarte como o melhor deputado federal do Maranhão


O deputado federal Duarte (PSB) obteve a primeira colocação do Maranhão, em um ranking nacional que avalia o desempenho dos parlamentares de todo o país. Segundo o Ranking dos Políticos 2024, divulgado nesta quarta-feira (31), Duarte aparece como o melhor parlamentar do estado.

Iniciativa da sociedade civil, o Ranking dos Políticos avalia o trabalho de parlamentares do Congresso Nacional, com base em critérios como combate a privilégios, desperdícios e corrupção. 

Advogado, ex-presidente do Viva/Procon do Maranhão e candidato a prefeito da capital maranhense nas eleições de 2024, Duarte falou sobre seu histórico profissional e seu compromisso com uma atuação política humanizada. 

“Nossa trajetória é de trabalho e compromisso com as pessoas. Em todos os lugares por, onde passei, priorizei uma boa gestão, sempre dialogando”, pontuou  

O Ranking dos Políticos foi criado em 2011 e é financiado pela livre iniciativa. Integram o Conselho do ranking nomes como os dos ex-presidentes do Banco Central do Brasil, Gustavo Franco e Henrique Meirelles.  

Com 8,33 pontos, Duarte ficou com o 1º lugar no Maranhão e o 36º de todo o país, entre os mais de 500 deputados federais.

‘Diário da Manhã’ destaca curso preparatório gratuito para provas do ENEM e PAES/UEMA


 Agência Assembleia / Foto: Wesley Ramos

O programa ‘Diário da Manhã’, da Rádio Assembleia (96,9 FM), recebeu, na manhã desta quarta-feira (31), o superintendente de Formação, Avaliação e Desempenho Educacional da Secretaria de Estado da Educação (Seduc), professor Pedro Alcântara Lima Filho. Na ocasião, ele falou sobre o curso preparatório gratuito para os candidatos que realizarão as provas do Exame Nacional do Ensino Médio (ENEM) e o Processo Seletivo de Acesso à Educação Superior (PAES), o vestibular da Universidade Estadual do Maranhão (Uema). 

Durante conversa com o radialista Henrique Pereira, o superintendente da Seduc disse que essa é uma iniciativa fundamental para quem não tem condições de pagar um cursinho e, além disso, possibilita que as pessoas tenham os mesmos direitos de acesso ao ensino superior. "É dessa maneira que a educação transforma vidas. Essa ação é resultado de parceria entre as Secretarias de Estado da Educação, de Trabalho e Economia Solidária (Setres). E é mais uma importante ação do Governo do Estado para garantir oportunidades aos maranhenses”, enfatizou.

Pedro Alcantâra explicou que as aulas ocorrem na Central de Iniciação ao Trabalho (CIT), localizada na Praça Negro Cosme, Av. Quarto Centenário (área dos bairros Fé em Deus e Liberdade), em São Luís, e serão ofertadas de forma presencial e via Plataforma Gonçalves Dias.

“A Plataforma Gonçalves Dias é um canal com múltiplas possibilidades para que os estudantes ampliem seus conhecimentos e a aprendizagem, tudo isso de forma gratuita, podendo ser acessada de qualquer lugar. Além de pré-vestibular, a plataforma disponibiliza conteúdo curricular de todo o Ensino Médio, em um mesmo ambiente em que é possível o acesso à TV Educação e podcasts com aulas”, enfatizou.

Além disso, ele esclareceu que as aulas ocorrerão durante todo o mês de outubro e que serão cinco semanas de aula, das 14h às 18h, sobre todos os componentes curriculares.

“Acreditamos que estamos cumprindo com o que o governador Carlos Brandão tem nos dado como missão, avançar com as políticas públicas no estado, tanto da educação, quanto da qualificação profissional”, concluiu.

Novo ensino médio Maranhão: Tem1059 unidades escolares que ofertam vagas SEDUC faz esforços para cumprir medidas


À espera da sanção presidencial, o novo ensino médio prevê ampliação da carga horária anual da formação geral básica nas disciplinas tradicionais, como: Português, Matemática, inglês, Ciências Humanas e da Natureza. Já o espanhol será optativo. O texto atual estabelece que a implementação das regras deve ser a partir de 2025. De acordo com algumas secretarias estaduais de educação, há esforço das unidades para cumprir as medidas no prazo.

O coordenador do Colégio Militar em Brasília e mestre em História Social pela UnB, Isaac Marra, avalia que a implementação das regras a partir do próximo ano será desafiadora, tendo em vista o tamanho do país e a desigualdade entre os municípios.

“Por exemplo, uma infraestrutura desigual, que vai associar o aspecto da carência de algumas escolas com a desigualdade socioeconômica. Muitas escolas estão em uma cidade de baixo nível socioeconômico, o que acaba agravando ainda mais, impossibilitando, em muitos casos, a implementação por falta de recursos e por falta de suporte adequado”, avalia Marra.

Para o coordenador, outro aspecto que requer atenção para implementação do novo ensino médio pelas escolas é a adaptação curricular, tendo às 600 horas que devem ser dedicadas aos itinerários formativos – em que o aluno escolhe o que vai estudar.

“Essa montagem de itinerários formativos que dependerá de diretrizes nacionais e das especificidades locais. Essa flexibilidade, embora benéfica, pode criar um excesso de diversificação, aumentando a complexidade. Especificar tanto o elemento regional do processo curricular que acaba dificultando essa conexão com âmbito nacional, sobretudo a perspectiva de, a partir de 2027, o Exame Nacional do Ensino Médio cobrar e ter questões associadas aos itinerários formativos e não apenas à formação geral básica”, destaca Marra.

Entenda os itinerários formativos

O novo ensino médio estabelece que os itinerários serão divididos em linguagens e suas tecnologias; matemática e suas tecnologias; ciências da natureza e suas tecnologias; ciências humanas e sociais aplicadas. 

Pela legislação atual, a elaboração dos itinerários formativos é de competência do Ministério da Educação (MEC). Já a reforma prevê que os itinerários serão elaborados pelo Conselho Nacional de Educação – que deverá ser composto por membros da sociedade civil indicados pelo MEC. Para a rede pública, a regra é que as secretarias de Educação estabeleçam a quantidade de itinerários a serem ofertados, porém, cada unidade escolar deve ter pelo menos dois. Na rede privada, cada instituição pode decidir como cumprir a medida.

Segundo o texto da reforma, até o fim deste ano o MEC, juntamente com a participação dos sistemas de educação estaduais e distrital de ensino, formulará novas diretrizes nacionais para o aprofundamento das áreas de conhecimento.

Implementação: o que dizem as secretarias estaduais de educação 

Em nota, a Secretaria da Educação do Estado de São Paulo (Seduc-SP) destacou que, a partir de escuta realizada em 2023, implementou mudanças na grade curricular do ensino médio, “que seguem em consonância às apresentadas na nova proposta [da reforma]”.

Segundo a Seduc-SP, os itinerários formativos foram reestruturados em três opções de aprofundamentos, sendo: Ciências da Natureza e suas Tecnologias + Matemática; Linguagens e suas Tecnologias + Ciências Humanas e Sociais Aplicadas e Ensino Técnico. “O tempo destinado à aprendizagem de língua portuguesa foi ampliado em 60% e, em matemática, em 70%, bem como foram acrescentadas as aulas de geografia, história e física para a 3ª série deste ciclo de ensino”, diz um trecho da nota.

A Seduc-SP ainda informou que o quadro de professores já está dimensionado para a nova proposta e também que segue em andamento a contratação de 15 mil professores selecionados em concurso público realizado em 2023. Além disso, há processo seletivo em andamento para contratação de professores especializados para o ensino técnico – com previsão de expansão para o ano que vem.

A Secretaria de Estado da Educação do Maranhão (Seduc-MA) destacou, em nota, que está em fase de estudo dos impactos na reorganização do currículo e aguarda as orientações do MEC e do Conselho Nacional de Educação (CNE). A Seduc-MA afirma que realiza um monitoramento contínuo sobre a distribuição e demanda de professores no estado, que possui quadro docente que atende a demanda. Além disso, a secretaria disse que pode ampliar o quadro de professores segundo as necessidades.

“A Seduc-MA possui um quadro de professores efetivos que está estruturado para atender as necessidades da sua rede de ensino. Esses profissionais estão, atualmente, mapeados nas escolas e distribuídos conforme as demandas locais. Além disso, a Secretaria realiza avaliações contínuas para garantir que a distribuição de professores seja adequada na rede estadual de ensino. Quando necessário, a rede pode ampliar o quadro de profissionais para assegurar que todas as demandas educacionais sejam devidamente atendidas”, diz um trecho da nota.

Em nota, a Secretaria de Educação e Esportes de Pernambuco (SEE-PE) informou que está em fase de estudo para a ampliação dos componentes curriculares previstos na formação geral básica do da reforma. “Portanto, a carga horária atual está mantida”, diz a nota.

A SEE-PE acrescenta ainda: “a adequação e o devido planejamento serão efetuados a partir do desenho da distribuição, com emprego dos recursos necessários à garantia de cobertura da rede estadual de ensino.”

Já a Secretaria de Estado de Educação do Rio de Janeiro disse que o Conselho Nacional de Secretários de Educação (Consed) fará um estudo coletivo da proposta. O objetivo é "verificar todos os pontos sensíveis em relação à implantação do Novo Ensino Médio para 2025", diz a nota. Segundo a secretaria, posteriormente a previsão é de que o Consed discuta o resultado do estudo com MEC.

A Secretaria de Estado de Educação de Minas Gerais (SEE/MG) afirmou que segue em discussão sobre a implementação das mudanças. “Em conjunto com o Conselho Nacional de Secretários de Educação (Consed) e outros estados da federação, está discutindo as mudanças propostas", diz a nota.

Em nota, a Secretaria da Educação do Rio Grande do Sul (Seduc-RS) afirmou que conta com mais de 52 mil vínculos de professores. E, desde 2022 uma série de medidas vêm sendo executadas pelo Governo do Estado, como a nomeação de 1,3 mil professores aprovados em concurso de 2023, os quais já estão atuando em sala de aula.
 
"O monitoramento é feito de forma constante pelas Coordenadorias Regionais de Educação (CREs) por meio do Sistema ISE. Estas iniciativas visam dar agilidade e suprir a demanda gerada por aposentadorias, licenças e docentes que atuam em mais de uma rede", diz um trecho da nota da Seduc-RS.

Confira quantidade de escolas públicas que ofertam ensino médio nos estados citados:

  • São Paulo: 3.720 escolas com alunos matriculados no Ensino Médio regular. Sendo 1.801 com oferta de ensino integral. 
  • Minas Gerais: 2.417 escolas da rede pública estadual com oferta de ensino médio. Dessas, 785 unidades de ensino oferecem o Ensino Médio em Tempo Integral (EMTI).
  • Maranhão: 1059 unidades escolares que ofertam vagas para Ensino Médio Parcial, Ensino Médio Integral e Educação de Jovens e Adultos integrado à Educação Profissional (EJA TEC). As escolas estão distribuídas nos 217 municípios. 181 escolas que ofertam ensino médio em tempo integral
  • Pernambuco: 1.061 escolas da rede pública estadual, sendo que 593 são de tempo integral.
  • Rio Grande do Sul: 1106 escolas da rede pública estadual que ofertam ensino médio, sendo 206 de ensino médio em tempo integral.

A reportagem entrou em contato com as demais secretarias, mas não obteve retorno até o fechamento da matéria.