segunda-feira, 19 de agosto de 2024

ENEM DOS CONCURSOS: veja os gabaritos extraoficiais

As provas do Concurso Nacional Unificado (CNU), aplicadas neste domingo (18), tiveram 36 versões, ao todo, como parte do esquema antifraude. Elas estavam distribuídas entre os 8 blocos, que correspondem às áreas com vagas em jogo.

Confira os gabaritos extraoficiais, a partir da correção feita por professores do Estratégia Concursos:

Para bater com a sua prova:

Nesta segunda (19), o g1 fará um programa ao vivo com correção comentada das questões que foram destaque tanto na prova do ensino médio quanto nas de nível superior.

gabarito oficial sai na próxima terça (20) e as notas finais, em outubro. A lista dos aprovados deve ser publicada em novembro. Veja o cronograma completo.

A dinâmica das provas

Foram feitas 36 versões das provas, como medida contra fraudes.

Na prática, cada bloco teve seu conjunto próprio de questões, mas, em cada versão, elas apareceram em uma ordem diferente, tanto de pergunta quanto de alternativas.

É um sistema diferente do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem), no qual as versões se diferem apenas pela ordem das questões.


No ensino superior, os blocos mais concorridos tiveram 3 versões da prova de manhã e 3 para a da tarde: foi o caso dos blocos 4, 5 e 7. Para os blocos 1, 2, 3 e 6, houve apenas uma versão por período.

No ensino médio (bloco 8), foram 5 versões para a prova da manhã e outras 5 para a tarde.

Veja mais sobre a dinâmica do exame:

  • Ensino médio (bloco 8) - manhã

Os inscritos responderam a 15 questões de múltipla escolha de língua portuguesa. Eles também tiveram que escrever uma redação sobre soluções para a desigualdade.

  • Ensino superior (blocos 1 a 7) - manhã

Todos os inscritos nos blocos 1 a 7 responderam a 20 questões de múltipla escolha, sobre conhecimentos gerais, entre elas uma feita a partir de um caso de etarismo contra uma universitária de 40 anos, que foi notícia em 2023.

E cada bloco teve uma questão discursiva própria. Entre os temas, sistema prisional e mudanças climáticas.

  • Ensino médio (bloco 8) - tarde

Foram 45 questões de múltipla escolha, sobre matemática, noções de direito e realidade brasileira.

  • Ensino superior (blocos 1 a 7) - tarde

50 questões provas de múltipla escolha de conhecimentos específicos para cada bloco.

A DIVISÃO POR BLOCOS - na hora de se inscrever, os candidatos podiam escolher um de oito blocos. Eram eles:

  • Bloco 1: infraestrutura, Exatas e Engenharias (ensino superior)

  • Bloco 2: tecnologia, Dados e Informação (ensino superior)

  • Bloco 3: ambiental, Agrário e Biológicas (ensino superior)

  • Bloco 4: trabalho e Saúde do Servidor (ensino superior)

  • Bloco 5: educação, Saúde, Desenvolvimento Social e Direitos Humanos (ensino superior)

  • Bloco 6: setores Econômicos e Regulação (ensino superior)

  • Bloco 7: gestão Governamental e Administração Pública (ensino superior)

  • Bloco 8: nível intermediário

    Imagem da primeira página da prova 9 do Concurso Nacional Unificado — Foto: Reprodução


     

    domingo, 18 de agosto de 2024

    Eleições: dos quase 156 milhões de eleitores aptos, 20 milhões não são obrigados a votar


    O Brasil tem quase 156 milhões de eleitores aptos a votar nas eleições municipais deste ano, mas cerca de 20,5 milhões não são obrigados a ir às urnas. Esse número é referente às pessoas que são analfabetas, têm mais de 70 anos, ou são adolescentes entre 16 e 17 anos. Para esses públicos, o voto é facultativo.

    Segundo informações do TSE sobre o grau de instrução do eleitorado apto a votar no pleito deste ano, 5,5 milhões de pessoas declararam ser analfabetas. Além disso, 1,8 milhão têm entre 16 e 17 anos, enquanto 15,2 milhões têm 70 anos ou mais. Desse total, 203 mil eleitores têm mais de 100 anos.

    O pleito municipal ocorre em 6 de outubro, e o segundo turno (caso necessário em cidades com mais de 200 mil eleitores) no dia 27 do mesmo mês. Serão eleitos prefeitos, vice-prefeitos e vereadores de 5.568 municípios.

    Brasília e Fernando de Noronha são os únicos lugares do país que não participam das eleições deste ano, visto que os dois não são municípios.

    Perfil do eleitorado

    Segundo a Justiça Eleitoral, dos 155.912.680 eleitores que podem votar neste ano, 52% são mulheres (81.806.914) e 48%, homens (74.076.997). Além disso, 47,2 mil pessoas se declararam transgênero.

    A maioria dos eleitores está no Sudeste: são 66,9 milhões de pessoas nesta região (42,9% do total). O Nordeste conta com 43,3 milhões de eleitores (27,7%). O Sul tem 22,9 milhões de pessoas aptas a votar (14,7%). No Norte, são 12,9 aptos (8,3%) do eleitorado. E no Centro-Oeste há 9,7 milhões eleitores (6,2%).

    Conforme o TSE (Tribunal Superior Eleitoral), 140.038.765 eleitores não fizeram a declaração de cor (89,8% do total). Ao menos 8,5 milhões se declararam pardas (5,45%), 1,8 milhão se declararam pretas (1,16%) e 5,2 milhões de pessoas informaram que são brancas (3,3%).

    Fichas-sujas tentaram ‘carona’ na PEC da anistia


    Políticos condenados à perda de direitos políticos por crimes punidos na Lei de Ficha Limpa pressionaram o relator da PEC da anistia de dívidas de partidos políticos, senador Marcelo Castro (MDB-PI), a incluir no texto a possibilidade de perdão a figuras conhecidas do noticiário político e policial. O foco seria utilizar o afrouxamento na prestação de contas e, em especial, a imunidade tributária em processos administrativos e judiciais como caminho para perdoar políticos que já foram condenados.

    Quem pressionou

    Os ex-governadores Sergio Cabral (RJ) e Arruda (DF), e o ex-presidente da Câmara Eduardo Cunha (PTB) foram os que mais pressionaram.

    Passando vergonha

    Em 2021, a Câmara aprovou afrouxamento da punição nos casos de condenações por improbidade administrativa.

    Cinco mil a menos

    Segundo a Justiça Eleitoral, quase 5 mil candidatos foram barrados pela Lei da Ficha Limpa somente entre 2014 e 2020.