terça-feira, 20 de agosto de 2024

Lascou. Mpox: Brasil monitora casos e negocia compra de vacinas


O mundo está preocupado com o avanço da mpox – zoonose causada pelo vírus (MPXV), do gênero Ortopoxivírus e família Poxviridae. O Ministério da Saúde já informou que tem monitorado a doença por meio do Centro de Operações de Emergência em Saúde (COE) e está coordenando ações de compra de vacinas. Segundo a pasta, está sendo negociada a aquisição emergencial de 25 mil doses da vacina Jynneos. 

Na opinião do médico infectologista Hemerson Luz, a medida é importante, mas ele esclarece que o Brasil também tem plenas condições de desenvolver uma vacina contra mpox. 

“Já existem iniciativas de algumas universidades, como a UFMG. Além disso, nós temos um parque industrial e científico capaz sim de produzir as vacinas que sejam eficazes, mas esses estudos devem continuar. Temos que lembrar que um estudo de uma vacina começa com a fase pré-clínica, que pode durar até dois ou três anos, depois vem as fases clínicas, divididas em três fases que podem também levar dois a três anos cada fase”,

Mesmo que diferentes laboratórios estejam se preocupando com a produção de vacinas específicas contra a mpox, o infectologista Francisco Job explica que a vacina da varíola aplicada na população através do calendário nacional já apresenta uma eficácia de 85%, permitindo que possa ser usada no controle inicial ou na aplicação de, pelo menos, grupos de risco.

“O que devemos estar alerta é para o surgimento de casos que sejam suspeitos, para que nós possamos seguir a quantidade de casos e onde estão acontecendo no Brasil”. O médico ainda acrescenta:

“Não é uma coisa para produzir pânico, nós não vamos ter epidemias de monkeypox como existiram epidemias de varíola do começo do século XX no Brasil. Isso jamais vai acontecer novamente num sistema de saúde bastante estruturado, que é capaz de vacinar inclusive toda a população se necessário”. 

Segundo Francisco Job, já existem diversos grupos estudando monkeypox no mundo, sendo a maioria bastante conhecedor da varíola humana.

Aquisição de vacinas

A Bavarian Nordic, fabricante da vacina Jynneos, solicitou à Agência Europeia de Medicamentos (EMA, em inglês) autorização para que a dose possa ser aplicada também em adolescentes. Segundo a empresa, as pesquisas evidenciaram eficácia do imunizante entre adolescentes e adultos. 

No pedido enviado à EMA, a empresa pede autorização para que a dose possa ser aplicada em adolescentes de 12 a 17 anos. Atualmente, existe indicação apenas para pessoas com idade igual ou superior a 18 anos.

Apesar das preocupações, o médico Hemerson Luz entende que, por não se tratar de um vírus transmitido pelo ar, mas por secreções ou contato direto com pessoas doentes, os cuidados são imediatos, não sendo necessária, portanto, a vacinação em massa.

“É importante ressaltar que a vacinação em massa não está indicada agora. Além da quantidade de vacina produzida mundialmente, que é pouca, primeiro nós temos que fazer estratégias para vacinar os grupos de risco e vacinar aquelas pessoas que têm maior fragilidade caso apresentem a doença”, salienta.

O infectologista Francisco Job reforça que o Brasil nunca deixou de estudar a varíola, mesmo após a erradicação da doença. 

“Nesse momento não existe necessidade de fazer vacinação em massa em nenhum lugar do mundo, nós estamos em emergência porque o número de casos na África, em especial no Congo, está crescendo muito rapidamente e será necessário fazer vacinação naqueles países onde existe uma quantidade maior de casos”. 

Para ele, a vacina deve estar disponível rapidamente quando for necessária. “Não existe necessidade, nesse momento, do Brasil estar produzindo grandes quantidades de vacina, mas é importante que nós saibamos produzi-la e nós sabemos produzi-la”, reforça.

Casos no Brasil

Durante a primeira emergência global por mpox, em 2023, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) autorizou o uso emergencial da Jynneos para combater a doença em um primeiro momento. 

Desde então, mais de 29 mil doses foram aplicadas em todo o país. Segundo a pasta, 27 Laboratórios Centrais de Saúde Pública (LACENs) e quatro laboratórios de referência nacional realizam exame diagnóstico para mpox. Atualmente, todo o país está abastecido com insumos para essa testagem, informa o órgão.

O Ministério da Saúde informa que, desde o início do surto de mpox em 2022 até hoje, o Brasil registrou 12.215 casos confirmados ou prováveis da doença. Desses, 91,3% são pacientes do sexo masculino e 70% têm entre 19 e 39 anos. Também foram registrados 16 óbitos. Todos do sexo masculino, com idades entre 26 e 35 anos. O último foi confirmado no dia 17 de abril de 2023.  

Só em 2024, foram 696 casos confirmados e 13 prováveis, sendo 85,9% do sexo masculino, 44% entre 30 e 39 anos e 30,6% entre 18 e 29 anos. Além disso, este ano, foram contabilizadas 49 hospitalizações e cinco internações em UTI.



segunda-feira, 19 de agosto de 2024

‘Sustentabilidade na Prática’ destaca ações da Casa de Apoio à Pessoa Idosa do Ipem Turu


 Agência Assembleia/ Foto: Miguel Viegas

Assista à íntegra da entrevista

A presidente da Casa de Apoio à Pessoa Idosa do Ipem Turu (Capiit), Iris Rocha de Oliveira, foi a entrevistada do programa ‘Sustentabilidade na Prática’, da Rádio Assembleia (96,9 FM), nesta segunda-feira (19). Na conversa com a radialista Maria Regina Telles, ela fez uma explanação sobre os projetos sociais desenvolvidos em São Luís pela instituição.

Na condição de idealizadora e fundadora da Casa, Iris de Oliveira falou sobre a importância da iniciativa.

“Há 12 anos, trabalhamos em São Luís com uma boa equipe de voluntárias e voluntários muito valorosos. A nossa Casa é hoje um ponto de apoio onde idosas e idosos podem praticar diversas atividades de lazer, exercícios físicos e feitura de artesanatos e, também, recebem serviços na área de saúde”, afirmou Iris de Oliveira.

Ela participou da entrevista à Rádio Assembleia acompanhada por duas coordenadoras do projeto, a ativista social Adilene Mendes e a artesã Maria da Conceição Cerqueira da Silva.

As coordenadoras da Casa de Apoio à Pessoa Idosa do Ipem Turu informaram que haverá um café da manhã, com a presença de um capo terapeuta, no próximo sábado (24), na sede da entidade (rua 6, quadra B, casa 16, no Ipem Turu).

“A gente sabe que a capo terapia tem em sua fundamentação o aspecto lúdico como elemento primordial para a adesão da atividade física pelas pessoas idosas em seus momentos de lazer. Vamos ter em nosso projeto a participação de capoterapeuta, que irá falar sobre os benefícios da capoterapia para idosos”, declarou Adilene Mendes.

Maria da Conceição Cerqueira da Silva, mais conhecida como Concita, trabalha com a produção de produtos artesanais. Ela informou que, no último sábado deste mês de agosto (dia 31), acontecerá na Casa uma atividade com a participação de um médico geriatra. A ação contará, ainda, com apresentação de danças, de coral e produção de brinquedos artesanais.

“Como não temos, pelo menos por enquanto, o apoio ou mesmo parcerias com órgãos governamentais, contamos apenas com o trabalho das nossas equipes de voluntários”, afirmou Iris de Oliveira.

Inspiração

Ela explicou, também, que a Casa foi criada sob inspiração de sua mãe, Maria Rocha Oliveira, que faleceu há sete anos. “Minha mãe sofria de osteoporose, sentia fortes dores e, diante do sofrimento dela, fomos reunindo em torno de nós pessoas identificadas com a causa dos idosos. Na fase inicial, tive um grande apoio de uma vizinha, Daniele Vasconcelos, terapeuta ocupacional, que foi uma das fundadoras da Casa, junto conosco”, frisou Iris de Oliveira.

“Além de técnica em enfermagem, trabalho há um bom tempo como cuidadora de idosos. Por essa razão, sabemos da importância do trabalho de acompanhamento, seja por pessoas da família, por conhecidos, ou por cuidadores, que permite à pessoa idosa uma vida repleta de dignidade, autonomia, respeito e, principalmente, a manutenção da autoestima, fundamental para a qualidade de vida”, ressaltou Iris de Oliveira.

NO PODEMOS FÁBIO FILHO OU WENDELL MARTINS, QUEM SERÁ O MAIS VOTADO?

 

A corrida eleitoral em São Luís atingiu um novo patamar dentro do partido Podemos, onde dois candidatos se destacam e geram grandes expectativas: Fábio Filho, herdeiro político do deputado federal Fábio Macedo, e Wendell Martins, uma força consolidada na região Itaqui-Bacanga.

Neste fim de semana, ambos os candidatos realizaram eventos que ultrapassaram a marca de 3 mil pessoas, evidenciando a força e o alcance de suas campanhas. Fábio Filho, ao abrir seu comitê na região nobre de São Luís, atraiu uma multidão, consolidando sua imagem e influência política. Por outro lado, Wendell Martins, com uma grande carreata, uma mega caminhada e a inauguração de seu Comitê Político no Itaqui-Bacanga, mostrou um apoio popular sólido e comprometido dentro de seu reduto eleitoral.

Essa disputa acirrada levanta uma questão central: quem será o mais votado dentro do Podemos? Com a possibilidade real de eleger até quatro vereadores, o partido pode se tornar uma das principais forças políticas na capital maranhense. A resposta a essa dúvida será crucial para definir o futuro político de São Luís.

O que está claro é que tanto Fábio Filho quanto Wendell Martins têm chances reais de brigar pelas primeiras colocações nas urnas. O conceito de sobrenome de outros candidatos dentro do partido caiu por terra ao se comparar com os eventos dos demais concorrentes com “nome”. A trajetória de ambos nas próximas semanas será decisiva para determinar quem se destacará no partido e nas eleições municipais. O Podemos, com esses dois fortes candidatos, está se posicionando para surpreender e talvez até redefinir o cenário político local.

Se a disputa interna entre Fábio Filho e Wendell Martins continuar a se intensificar, o partido Podemos pode deixar as outras duas vagas para candidatos como Melk, Raimundo Júnior, Katia Lobão, Dr. Wellington e Jean Fábio. Como diz a expressão popular, será uma disputa “no muro”.

Resta aguardar e verificar o que a população decidirá.