quinta-feira, 22 de agosto de 2024

FPM BLOQUEADO : ALTO ALEGRE DO MARANHÃO NAO RECEBE A SEGUNDA PARCELA


Os municípios de todo o país vão compartilhar R$ 1.484.518.318,65, referentes à segunda parcela do Fundo de Participação dos Municípios (FPM) de agosto. Naturalmente, o segundo decêndio do FPM é menor, por isso, houve uma redução de quase 80% em comparação com o último repasse. No entanto, em relação à segunda parcela de agosto de 2023, houve um aumento de aproximadamente 30%.

O especialista em orçamento público, Cesar Lima, explica o motivo dessas variações.

“Esse segundo decêndio, geralmente, pega um intervalo onde não há muito vencimento de tributos federais. Então, por exemplo, o terceiro decêndio já pega aqueles tributos que vencem até o dia 30 e o primeiro decêndio pega aqueles que vencem até o dia 10, até o dia 5. E esse do meio fica com um valor sempre menor. Esse ano o decêndio teve aproximadamente 30% a mais do que o ano passado e isso reflete, claro, o aumento da arrecadação que o governo tem tido durante esse exercício.”

Entre as capitais que vão receber os maiores valores estão Fortaleza–CE, com R$ 12.976.560,60; Salvador–BA, com R$ 11.678.904,54. Manaus–AM e Recife–PE, com R$ 8.175.231,99 cada; e São Luís–MA e Teresina–PI, com R$ 8.110.349,63 cada.

Veja no mapa os valores repassados ao seu município:  

 

 

Municípios bloqueados

Até o dia 20 de agosto, 45 municípios estavam impedidos de receber o FPM, segundo o Sistema Integrado de Administração Financeira (Siafi). 

Verifique se a sua cidade está na lista: 

  1. Camamu–BA
  2. Saúde–BA
  3. Uibaí–BA
  4. Penaforte–CE
  5. Aparecida de Goiânia–GO
  6. Doverlândia–GO
  7. Itajá–GO
  8. Alto Alegre do Maranhão–MA
  9. Claro dos Poções–MG
  10. Córrego Fundo–MG
  11. Jampruca–MG
  12. Mateus Leme–MG
  13. Nova Ponte–MG
  14. São Romão–MG
  15. Soledade de Minas–MG
  16. Tapira–MG
  17. Canarana–MT
  18. Chapada dos Guimarães–MT
  19. Acará–PA
  20. Canto do Buriti–PI
  21. Lagoa do Sítio–PI
  22. Madeiro–PI
  23. Pio IX    (PI)
  24. Manoel Ribas–PR
  25. Carapebus–RJ
  26. Engenheiro Paulo de Frontin–RJ
  27. Rio das Flores–RJ
  28. Guamaré–RN
  29. Araricá–RS
  30. Charqueadas–RS
  31. Espumoso–RS
  32. São Luiz Gonzaga–RS
  33. São Pedro das Missoes (RS)
  34. Areia Branca–SE    
  35. Itaporanga D'ajuda (SE)
  36. Moita Bonita–SE
  37. Nossa Senhora das Dores–SE    
  38. Poço Redondo–SE
  39. Porto da Folha–SE
  40. Riachão do Dantas–SE    
  41. Salgado–SE
  42. São Domingos–SE
  43. São Francisco–SE
  44. Santa Rosa do Tocantins–TO
  45. São Bento do Tocantins–TO

FPM

O FPM é uma das principais fontes de receita da maioria das 5.568 prefeituras brasileiras, principalmente das cidades que possuem baixa arrecadação. O fundo ajuda a custear despesas fundamentais, como folha de pagamentos e serviços de saúde. Segundo Cesar Lima, o repasse é fundamental para reduzir as desigualdades regionais entre os municípios brasileiros.

“O FPM é muito importante nessa questão das desigualdades, porque aquele coeficiente, que dá o valor que o município recebe, é uma mistura entre renda per capita e IDH. Então, ele tem um componente social, onde aqueles que precisam mais recebem mais.”

Os recursos fazem parte do dinheiro arrecadado pela União, por meio de impostos, e são repassados, a cada dez dias, a todas as prefeituras do país. Os valores são transferidos por volta dos dias 10, 20 e 30 de cada mês. Caso a data caia num sábado, domingo ou feriado, o repasse é feito no primeiro dia útil anterior. 



OPOSIÇÃO BATENDO CABEÇA EM SANTA HELENA– Denúncia sem cabimento contra Zezildo pode causar desemprego em Santa Helena

 

É notório e de conhecimento público que a grande maioria dos municípios brasileiros é a principal fomentadora de empregos. Nesse cenário social e econômico, incluem-se pais e mães de famílias, que ingressam no mercado de trabalho como servidores concursados, comissionados, contratados, terceirizados e prestadores de serviços em variadas áreas da organização municipal.

Risco de desemprego (Foto: Reprodução)

Em Santa Helena, cidade situada na Baixada Maranhense, a situação não é diferente. Entretanto, diversos desses trabalhadores helenenses passaram a ser, indiretamente, alvos de uma ação popular movida pelo construtor civil Adaílton Moreira, cujo objetivo direto é atingir a gestão do prefeito Zezildo Almeida.

A ação, vista pelo Executivo helenense como desprovida de fundamentos, veio à tona nessa quarta-feira (21). O denunciante questiona algumas contratações temporárias de pais e mães de famílias helenenses feitas neste ano pela atual gestão municipal.

De acordo com informações, Adaílton Moreira é correligionário do vereador Braz Amaral e apoiador de Josinaldo Moraes, candidato a prefeito de Santa Helena, ambos opositores e adversários do grupo politico liderado por Zezildo Almeida.

Diante da repercussão negativa dos efeitos da ação movida pelo empresário Adaílton, o candidato Josinaldo Moraes finge desconhecer o caso, sob pena de ver sua frágil popularidade definhar ainda mais.

Por outro lado, a Prefeitura de Santa Helena garante que as contratações foram feitas dentro dos parâmetros legais, que tudo vai ser provado, e comprovado através da justiça. A gestão municipal também reitera que vai denunciar o empresário por atentar contra o Município e tentar insuflar o caos social em Santa Helena.

BLOG HORA EXTRA

quarta-feira, 21 de agosto de 2024

Programa ‘Contraplano’ debate o impacto das fake news nas eleições democráticas


 O programa ‘Contraplano’, exibido nesta terça-feira (20), pela TV Assembleia, marcou o início de uma série especial de entrevistas sobre as eleições municipais de 2024. Nesse período, a jornalista Glaucione Pedrozo, diretora adjunta de Comunicação da Assembleia Legislativa, se junta ao apresentador João Carvalho na bancada.

O tema tratado nesta edição foi o impacto das fake news nas eleições democráticas. Os convidados foram o juiz eleitoral Ferdinando Serejo e o professor e pesquisador Márcio Carneiro, especialista em Inteligência Artificial e coordenador do Laboratório de Comunicação da Universidade Federal do Maranhão (UFMA).

O conceito e o surgimento do termo fake news pontuaram o início das discussões. O professor Márcio Carneiro destacou que, apesar da força que tem na atualidade, essa prática não é novidade. 

“Hoje, a gente tem uma espécie de indústria das fake news, ou seja, virou um negócio você pensar em manipular a opinião pública utilizando esse tipo de recurso. Lembrando que manipulação, falar mal do adversário para prejudicar ele numa eleição, é uma coisa muito antiga, não foi a IA nem a tecnologia que inventou. Isso é um problema, acho, que vai lá do início da humanidade”, disse, reforçando em outro ponto que o certo séria utilizar o termo “desinformação”.

O agravante, segundo ele, é que atualmente a gente tem o ambiente digital, onde o tráfego das informações é muito rápido. “O efeito de uma notícia falsa ganha muito facilmente escala e pode gerar, sim, dano à imagem de uma pessoa, de um candidato”, disse. 

E o especialista sentenciou: “Fake news não é problema de máquina, é problema de gente”.

O juiz Ferdinando Serejo destacou que as fake news são um dos grandes problemas a serem combatidos pela justiça eleitoral, ao lado da corrupção, por exemplo. Ambos, segundo ele, podem ser combatidos com informação, com conhecimento. “Uma orientação é essa: sempre procurar as agências de checagem de fatos”.

E para conferir agilidade à apuração de casos desse tipo de crime, segundo o juiz, os prazos para análise na Justiça Eleitoral giram em torno de 24 horas. “Têm prazos para os magistrados que são em horas mesmo. São 4, 5 horas. Você tem que resolver tudo, é muito rápido”, ressaltou.

O juiz destacou ainda que o modelo de negócio das grandes plataformas é o que lucra com visualizações, com engajamento, e lucra muito com conteúdos ruins. E reforçou que a Justiça Eleitoral tem buscado instrumentos para combater esse tipo de prática.

“No período eleitoral, há uma legislação específica sobre isso. Se alguém, agora, colocar um vídeo em rede social falando, incentivando, violência física contra outro candidato, o algoritmo é obrigado a detectar e tirar do ar imediatamente, sem ninguém falar nada”, assinalou.

O programa ‘Contraplano’ vai ao ar às terças-feiras, às 15h, pela TV Assembleia (canal aberto digital.9,2; Max TV, canal 17; e Sky, canal 309).