terça-feira, 1 de outubro de 2024

ELEIÇÕES 2024: SÃO LUIS e mais 92 cidades bilionárias do Brasil, 48 contam com candidatos à reeleição para prefeito

Das 92 cidades bilionárias do Brasil, mais da metade (48) conta com candidatos à reeleição para prefeito nas eleições municipais de 2024. É o que mostra levantamento feito pelo Portal Brasil 61. Os partidos que mais se destacam nesse cenário são PSD, com 9 candidatos; PL, com 8; e PP, com 7. 

A maioria desses candidatos concorrem em cidades do estado de São Paulo, como Campinas, Sorocaba, Santos e Taubaté, entre outras. Ao todo, são 12 municípios paulistas com candidatos à reeleição. O estado de São Paulo também conta com o maior número de cidades bilionárias (29). 

Veja quais são os candidatos a prefeito nas 92 cidades bilionárias 

Das demais cidades, 5 contam com candidatos à reeleição pelo REPUBLICANOS. Já União Brasil, PODEMOS e PT contam com 3 candidatos à reeleição, cada. Os partidos que têm 2 candidatos que pretendem retornar ao comando do Executivo local são MDB e PSDB. Os que contam com apenas 1 são: AVANTE, PDT, SOLIDARIEDADE, PSOL, PSB e NOVO. 

Segundo o cientista político Eduardo Grin, não é surpresa que candidatos vinculados a partidos ligados mais ao “centrão”, como PP e MDB, por exemplo, tenham mais êxito dentro dessas cidades, já que nesses municípios as economias são mais voltadas para o agronegócio e outras atividades empresariais, sobretudo do setor de Serviços. 

“Isso significa que esses partidos têm mais vínculo com o meio empresarial do que partidos de esquerda, que, historicamente, têm uma relação maior com movimentos sindicais e movimentos de trabalhadores. E esse tipo de discurso tem mais dificuldade de penetrar em cidades onde o eleitorado é mais vinculado às atividades econômicas e mais conservador”, destaca.  

Grin lembra, ainda, que, em relação à reeleição, a legislação prevê as mesmas regras para todos os cargos do Executivo, independentemente se dá esfera Federal, estadual ou municipal. Nesse caso, o cargo não pode ser ocupado pela mesma pessoa por mais de dois mandatos seguidos. No entanto, não há impedimento para candidatura ao mesmo cargo por outras vezes, desde que não seja para mandatos consecutivos.

Confira a lista completa com candidatos à reeleição

  • SÃO LUÍS (MA) - Eduardo Braide (PSD)
  • SÃO JOSÉ DOS PINHAIS (PR) - Nina Singer (PSD)
  • CHAPECÓ (SC) - João Rodrigues (PSD)
  • RIO DE JANEIRO (RJ) - Eduardo Paes (PSD)
  • CANOAS (RS) - Jairo Jorgem (PSD)
  • BELO HORIZONTE (MG) - Fuad Noman (PSD)
  • UBERABA (MG) - Elisa Araújo (PSD)
  • BAURU (SP) - Suéllen Rosim (PSD)
  • SÃO JOSÉ DOS CAMPOS (SP) - Anderson (PSD)
  • RIO BRANCO (AC) - Tião Bocalom (PL)
  • MACEIÓ (AL) - João Henrique Caldas (PL)
  • APARECIDA DE GOIÂNIA (GO) - Professor Alcides (PL)
  • CANAÃ DOS CARAJÁ (PA) - Jeová Andrade (PL)
  • JABOATÃO DOS GUARARAPES (PE) - Mano Medeiros (PL)
  • SÃO GONÇALO (RJ) - Capitão Nelson (PL)
  • IPATINGA (MG) - Gustavo Nunes (PL)
  • AMERICANA (SP) - Chico Sardelli (PL)
  • DOURADOS (MS) - Alan Guedes (PP)
  • CAMPO GARNDE (MS) - Adriane Lopes (PP)
  • CAMPOS DOS GOYTACAZES (RJ) - Wladimir Garotinho (PP)
  • JOÃO PESSOA (PB) - Cícero Lucena (PP)
  • PIRACICABA (SP) - Luciano Almeida (PP)
  • TAUBATÉ (SP) - José Saud (PP)
  • VOLTA REDONDA (RJ) - Neto (PP)
  • HORTOLÂNDIA (SP) - Zezé Gomes (REPUBLICANOS)
  • CAMPINAS (SP) - Dário Saadi (REPUBLICANOS)
  • SOROCABA (SP) - Rodrigo Manga (REPUBLICANOS)
  • VITÓRIA (ES) - Lorenzo Pazolini (REPUBLICANOS)
  • SANTOS (SP) - Rogério Santos (REPUBLICANOS)
  • SALVADOR (BA) - Bruno Reis (UNIÃO BRASIL)
  • CAMPINA GRANDE (PB) - Bruno Cunha Lima (UNIÃO BRASIL)
  • PONTA GROSSA (PR) - Elizabeth Schmidt (UNIÃO BRASIL)
  • VILA VELHA (ES) - Arnaldinho Borgo (PODE)
  • MOGI DAS CRUZES (SP) - Caio Cunha (PODE)
  • SÃO VICENTE (SP) - Kayo Amado (PODE)
  • CONTAGEM (MG) - Marília Campos (PT)
  • JUÍZ DE FORA (MG) - Margarida Salomão (PT)
  • DIADEMA (SP) - Filippi (PT)
  • BOA VISTA (RR) - Arthur Henrique (MDB)
  • PORTO ALEGRE 9RS) - Sebastião Melo (MDB)
  • GRAVATAÍ (RS) - Zaffa (PSDB)
  • CAXIAS DO SUL (RS) - Adiló (PSDB)
  • MANAUS (AM) - David Almeida (AVANTE)
  • FORTALEZA (CE) - José Sarto (PDT)
  • GOIÂNIA (GO) - Rogério Cruz (SOLIDARIEDADE)
  • BELÉM (PA) - Edmilson Rodrigues (PSOL)
  • RECIFE (PE) - João Campos (PSB)
  • JOINVILLE (SC) - Adriano Silva (NOVO)



 

Piso da enfermagem: Maranhão recebe maior parcela de setembro entre as UFs

Estados e municípios brasileiros já podem consultar os valores complementares para o pagamento do piso da enfermagem, referente ao mês de setembro. As quantias que cada ente vai receber estão descritas na Portaria 5.424, de 24 de setembro de 2024, divulgada pelo Ministério da Saúde. 

Desta vez, Maranhão se destaca como a unidade da federação que conta com a maior parcela, entre recursos enviados diretamente ao estado, assim como aos municípios. Nesse caso, serão R$ 15.673.047,16 para gestão estadual e R$ 112.294.181,16 para gestão municipal, totalizando R$ 127.967.228,32 para o Maranhão.

Em segundo lugar aparece Minas Gerais, com um valor total de R$ 112.294.181,16. Vale destacar que, nesse repasse, a unidade da federação não contou com valores destinados à gestão estadual, apenas municipal. 

Na sequência, a unidade da federação com o maior valor é Bahia, que conta com R$ 28.890.830,30 para gestão estadual e R$ 59.653.092,41 para gestão municipal, com um total de R$ 88.543.922,71. O quarto estado do ranking é Pernambuco, com uma quantia total de 66.647.953,22, entre valores de gestão estadual e municipal.  

Situação de Minas Gerais

Segundo o Ministério da Saúde, o estado de Minas não foi contemplado com valores do piso da enfermagem, em setembro, destinados à gestão da unidade da federação. Isso se deu porque o estado enviou um pedido para um “acerto de contas” a partir de setembro de 2024, devido a valores recebidos que eram destinados ao Fundo Municipal, não ao Fundo Estadual. 

Em nota, o ministério explicou que “isso ocorreu pela mudança na gestão de alguns hospitais, gerando um superávit. Assim, o valor que deveria ir ao estado foi repassado aos municípios, conforme acordo da Comissão Intergestores Bipartite (CIB).”

Menores valores

Na outra ponta, entre os estados que contam com os menores valores estão Roraima e Acre, com R$ 1.054.687,37 e R$ 3.484.750,74, respectivamente. Amapá, por sua vez, conta com R$ 571.733,82 para gestão estadual e R$ 4.270.390,34 para gestão municipal. 

RankingEstadoValores Gestão EstadualValores Gestão MunicipalTotal
1MG R$                                                      -   R$                       112.294.181,16 R$    112.294.181,16
2BA R$                       28.890.830,30 R$                          59.653.092,41 R$       88.543.922,71
3PE R$                       35.143.666,01 R$                          31.504.287,21 R$       66.647.953,22
4MA R$                       15.673.047,16R$ 42.728.720,89 R$       58.401.768,05
5SP R$                       15.796.578,05 R$                          38.088.306,50 R$       53.884.884,55
6RJ R$                          5.110.527,21 R$                          46.925.741,46 R$       52.036.268,67
7CE R$                          5.434.954,87 R$                          43.622.567,99 R$       49.057.522,86
8GO R$                          5.179.803,59 R$                          42.728.720,89 R$       47.908.524,48
9PA R$                       11.112.767,42 R$                          35.442.318,06 R$       46.555.085,48
10PB R$                          6.883.504,93 R$                          27.730.376,87 R$       34.613.881,80
11PR R$                       16.360.656,70 R$                          16.395.889,66 R$       32.756.546,36
12RS R$                       11.763.274,74 R$                          17.988.117,54 R$       29.751.392,28
13ES R$                          9.067.556,12 R$                          16.300.969,72 R$       25.368.525,84
14RN R$                          5.241.420,36 R$                          18.480.930,62 R$       23.722.350,98
15AM R$                          8.440.954,15 R$                          11.701.017,49 R$       20.141.971,64
16PI R$                          3.506.666,15 R$                          16.344.936,41 R$       19.851.602,56
17AL R$                          2.014.584,68 R$                          16.135.385,92 R$       18.149.970,60
18SC R$                          7.787.193,93 R$                             7.371.813,92 R$       15.159.007,85
19MT R$                          2.379.666,84 R$                          10.080.558,88 R$       12.460.225,72
20MS R$                          1.498.498,65 R$                          10.600.544,34 R$       12.099.042,99
21TO R$                          4.739.839,33 R$                             6.776.635,16 R$       11.516.474,49
22SE R$                          4.788.723,70 R$                             6.023.398,54 R$       10.812.122,24
23DF R$                               431.753,14 R$                             8.823.419,28 R$          9.255.172,42
24RO R$                          1.557.778,82 R$                             6.172.082,77 R$          7.729.861,59
25AP R$                               571.733,82 R$                             4.270.390,34 R$          4.842.124,16
26AC R$                          1.955.150,88 R$                             1.529.599,86 R$          3.484.750,74
27RR R$                                     6.790,28 R$                             1.047.897,09 R$          1.054.687,37
   R$                    211.337.921,83 R$                       614.033.180,09R$ 825.371.101,92

O especialista em orçamento público Cesar Lima explica que os valores destinados a estados e municípios são diferentes porque a transferência é feita diretamente para os Fundos Estaduais e Municipais de Saúde e não para as contas desses entes.

“Geralmente, os estados têm mais contratos de gestão com entidades beneficentes que os municípios. Então, dá essa diferença dos valores que são repassados. A utilização é uma só. A finalidade é complementar salários para que estados e municípios possam conseguir pagar o piso da enfermagem para seus trabalhadores”, pontua.  

A Portaria do Ministério da Saúde traz os valores referentes à parcela de agosto do repasse da Assistência Financeira Complementar (AFC) da União feita aos estados e municípios. Todos os meses a Pasta edita portaria para atualizar os valores, corrigir informações e identificar a forma pela qual os repasses devem ser feitos para os municípios.