quarta-feira, 2 de outubro de 2024

Preparado para votar? Confira essas dicas para facilitar sua ida às urnas no domingo!


Está chegando a hora de ouvir aquela frase que se repete a cada quatro anos: é hora de exercer a cidadania e fazer valer o seu direito de escolha. Para muita gente, é algo automático, uma obrigação que envolve paciência. Mas antes de sair de casa correndo para votar no próximo domingo, dá uma olhada nessas dicas que separamos para você não ter dor de cabeça na hora de votar.

Primeiro de tudo, não esquece seus documentos, tá? Físicos ou digitais. O TSE diz que você pode levar um documento oficial com foto, como RG, CNH, passaporte ou até a carteirinha de categoria profissional, com o título de eleitor.

Certeza de que nessa hora você pensou: onde eu guardei o meu? Bate até um desespero. Fica esperto que a versão digital do título de eleitor, o e-Título, também vale como documento.

Mas se for usar, baixa o aplicativo antes de sair de casa, viu? Conselho do tio: baixa hoje, pois em alguns telefones (iPhone, por exemplo) o aplicativo desaparece por falta de uso e para reinstalar é preciso lembrar seu colégio de votação. Então evite a fadiga e faça antes tá?

Já que falei nisso, vem a segunda dica: para evitar aquela fila gigante, que tal dar uma conferida no seu local de votação antes? É só entrar no site do TSE ou no e-Título (após reconfigurado) e verificar.

Dionisio, você acabou de falar que preciso lembrar onde voto, então não teria erro. Teria sim. Às vezes, o lugar muda e a gente nem fica sabendo. Melhor prevenir do que remediar, né?

E como fila é sempre um problema nesses dias, aqui vai à lista (tirada do site do TSE) de quem tem prioridade para votar: candidatas e candidatos; juízas e juízes eleitorais, bem como auxiliares de serviço; servidoras e servidores da Justiça Eleitoral; promotoras e promotores eleitorais; policiais militares em serviço; idosas e idosos com idade igual ou superior a 60 anos; pessoas com deficiência; pessoas com mobilidade reduzida; pessoas enfermas; pessoas com transtorno do espectro autista; pessoas obesas; gestantes; lactantes; pessoas com crianças de colo; pessoas doadoras de sangue. O benefício se estende ao acompanhante e quem doou sangue deve levar o comprovante com validade de 120 dias. Sabendo disso, nada de se estressar hein?

Você pode fazer sua colinha e levá-la com vocêTSE/Divulgação

E como tempo é ouro, a Terceira dica diz que a fila só anda se fizermos bem a nossa parte. Somos cerca de 155 milhões de eleitores em todo o país, temos cerca de 15 milhões de idosos aptos ao voto e 20 milhões de jovens. Pensa no tanto de gente com velocidades diferentes.

Aí a próxima pergunta será bem importante: já está com seus candidatos na ponta da língua? Se não, relaxa! Você pode levar uma “cola” com os números dos seus escolhidos. Mas assim como na escola, aqui não pode mostrar para ninguém na hora de votar, hein? O voto é secreto, lembra? E boca de urna dá cadeia.

Presta atenção, ao todo são sete números. Nestas eleições municipais vamos votar para prefeito, então você digita os 2 números que identificam o seu candidato. Já para vereador são cinco números.

Ah, e não se esqueça: celular na cabine de votação é proibido! As selfies na hora H também são proibidas. Se você é um selfie-viciado, o melhor é deixar o aparelho com o mesário antes de entrar para votar. Assim você evita dor de cabeça e ainda agiliza o processo.

Outra dica de ouro: é chegar cedo. Quanto mais cedo você for, mais rápido volta para casa. As seções eleitorais abrem às 8h e fecham às 17h. Quem estiver na fila até esse horário ainda pode votar. Os mesários vão organizar quem está na fila e irão garantir esse direito.

Votar é um direito e um dever. Se por algum motivo você não puder comparecer, justifique sua ausência. Dá para fazer isso pelo e-Título no dia da eleição ou depois em um cartório eleitoral. É rápido, evita multas e futuras dores de cabeça. Ah o voto em trânsito não vale para as eleições municipais hein? Se não está no domicílio eleitoral, a única opção é justificar.

O site do TSE (www.tse.jus.br) tem na página principal os links para mais informações e orientações. Uma dica delas é que você pode ajudar a manter as eleições limpas. Denúncias sobre propaganda eleitoral irregular, podem ser feitas pelo aplicativo Pardal.

Então é isso! Guarde e repasse essas dicas, com elas a sua ida às urnas vai ser um pouco mais tranquila. Exerça a cidadania com responsabilidade e consciência, seu voto faz a diferença! E para saber como será o dia da eleição e se seu candidato foi eleito.

terça-feira, 1 de outubro de 2024

Deputada Iracema Vale e Samuel Melo abordam desafios e responsabilidades de prefeitos e vereadores no ‘Contraplano’


 Agência Assembleia/ Foto: Miguel Viegas

Assista à íntegra do programa

Às vésperas das eleições do dia 6 de outubro, os desafios e responsabilidades de prefeitos e vereadores no cenário municipal foram discutidos no programa ‘Contraplano’ desta terça-feira (1º), na TV Assembleia. Participaram a presidente da Assembleia Legislativa do Maranhão, deputada Iracema Vale (PSB), e o procurador Legislativo da Câmara de São Luís, Samuel Melo.

Com experiências no Executivo e Legislativo municipais, Iracema Vale ressaltou as peculiaridades de cada função, com o prefeito executando as ações propostas e os vereadores fiscalizando e legislando pela garantia de direitos dos cidadãos.

“São funções bem distintas, mas ambos os poderes têm que trabalhar com muita harmonia e botando sempre o interesse e comum, o interesse do povo, acima das diferenças que existem”, afirmou.

A chefe do Legislativo Estadual assinalou que, muitas vezes, por ter o vereador mais perto e este ser o alvo das cobranças da comunidade, o eleitor acaba confundindo as competências das duas funções. “O vereador é o que mais sofre. Eu fui vereadora por dois mandatos e eu sei que ele é o que mais sofre diante de tudo isso”, declarou, reforçando que o vereador fica entre a pressão da população e o poder da execução dos anseios da comunidade, que está com Executivo.

Também assinalou que saber ouvir é primordial na área política. “A gente tem que saber trabalhar com todo mundo. Eu acho que é esse é o segredo para que você faça uma boa gestão, que tem harmonia com a Câmara, que tem harmonia com outros poderes”, observou.

Competência

O procurador Legislativo da Câmara de São Luís, Samuel Melo, assinalou que as competências das funções estão previstas na Lei Orgânica do Município e o Regimento Interno da Câmara Municipal e concordou que a relação entre prefeito e vereadores deve ser harmônica, visando o bem da população. “É necessário avançar nesse processo de entendimento para que nós possamos ter, em qualquer município, juntos, trabalho em prol da sociedade”, disse.

Samuel Melo também afirmou que a relação entre Executivo e Legislativo tem que se dá de forma apartidária.  “Porque todos ganham. No momento em que você tem um atrito, não consegue desenvolver e dar uma satisfação à sociedade, que realmente está tá atenta ao que está acontecendo”, declarou.

“Aos poucos, a conscientização do político vai no sentido de que as oposições são de ideias”, destacou.

O programa foi mais um da série do ‘Contraplano’ sobre as Eleições 2024, buscando levar informações de relevância para o eleitor e contribuir com um voto mais consciente. A apresentação foi dos jornalistas João Carvalho e Glaucione Pedrozo, diretora adjunta de Comunicação da Assembleia.

O ‘Contraplano’ vai ao ar às terças-feiras, às 15h, pela TV Assembleia (canal aberto digital.9,2; Max TV, canal 17; e Sky, canal 309).

Presidente Iracema Vale e o procurador Legislativo da Câmara de São Luís, Samuel Melo, com os jornalistas João Carvalho e Glaucione Pedrozo

ELEIÇÕES 2024: 57% dos eleitores se consideram nem de direita nem de esquerda, aponta pesquisa

Como você escolhe o seu candidato? Pela orientação política — direita ou esquerda — ou pela capacidade de gestão, de apontar soluções para resolver os problemas da sua cidade? 

Uma pesquisa feita pelo Instituto Data Senado mostra que, a poucos dias das eleições municipais, mais da metade dos eleitores — 57% deles — disseram não se considerar nem de esquerda nem de direita. A pesquisa mostrou ainda que 29% dos entrevistados se consideram de direita e 15% de esquerda.

Mas para o cientista político Eduardo Grin, o que a pesquisa mostra é que nunca teremos 100% da sociedade envolvida em política e em polarização. 

“O que quero destacar é que a polarização política, que envolve as forças políticas e parcela da sociedade mais envolvida, segue cada vez pior. Mais intensa, com episódios que agora acabam em violência — não só pela internet, mas também física. Ou seja, tudo são sintomas de um processo de polarização política que segue muito intenso”, destaca o cientista. 

Foco nos problemas e nas soluções

Em função das características da maior parte dos municípios brasileiros — em que cerca de metade tem apenas dois candidatos a prefeito nestas eleições deste ano — a tendência é que a polarização se mostre menos acirrada, avalia Grin.  

O cientista político explica que o foco para a escolha do candidato deve se dar por outras razões. “Em geral, o que vale mais em eleições municipais é o prefeito ser um bom síndico. Aquele que inspira confiança para fazer uma boa entrega de serviços, é o prefeito que já vem fazendo um bom trabalho e a população tem mais receio de apoiar alguém que ela não conhece.”

Opinião compartilhada pelo cientista político Leandro Gabiati.

“Numa eleição municipal você olha primeiro quem é o prefeito, como eu considero a gestão dele. E eventualmente o eleitor de direita pode apoiar um candidato de esquerda que tenha feito uma boa gestão, ou o contrário. São os reflexos das políticas públicas no dia-a-dia da população que contam na hora do voto.”

Cidades maiores, mais polarização

O cientista Eduardo Grin afirma ainda que, nas cidades maiores, a tendência de polarização e escolha de um candidato em função de sua orientação ou partido político tende a ser bem maior do que nas cidades pequenas. Mas faz um destaque para as eleições presidenciais de 2026.

“Assim como vimos em 2022, nas eleições para presidente, veremos em 2026. Uma escolha muito mais voltada por partidos e ideais políticos do que por candidatos propriamente ditos.” 

O que mostra a pesquisa

Segundo a pesquisa, quanto maior a renda dos eleitores, menos eles tendem a ser neutros — mas são eleitores de centro. Quanto aos que se disseram neutros com relação ao viés político, 45% dos que se disseram neutros têm ensino fundamental incompleto. 

Os evangélicos tendem a ser mais de direita — eles são 35% dos entrevistados, já os católicos de direita são 28%. Quanto ao gênero, 34% dos homens se disseram eleitores de direita, enquanto as mulheres somam 24%.  

A pesquisa foi feita entre os dias 5 e 28 de junho de 2024. Ao todo, o levantamento ouviu 21.808 brasileiros de todas as unidades da federação. O nível de confiança é de 95% e a margem de erro é de 1,22 ponto porcentual.