sábado, 16 de novembro de 2024

Celular em sala de aula: 86% dos brasileiros apoiam algum tipo de restrição no uso


A restrição, de algum modo, do uso de celular em sala de aula é apoiada por 86% da população brasileira, segundo estudo da Nexus – Pesquisa e Inteligência de Dados, uma empresa da FSB Holding. Para compor o percentual, a pesquisa soma os 54% dos respondentes favoráveis à proibição total aos 32% que defendem a liberação do celular apenas para atividades pedagógicas em sala de aula.

O CEO da Nexus, Marcelo Tokarski, destaca o expressivo número de pessoas favoráveis a algum tipo de restrição e destaca que a expressividade surpreende, já que o debate é recente no país. 

“A gente está falando aí de uma ampla maioria, 86%, que são favoráveis a restringir, esse dado de alguma maneira surpreende. Porque esse debate começou com mais intensidade no Brasil há poucos meses. Há vários países na Europa que já proíbem e restringem o uso de celular nas escolas e o Brasil ainda não. Algumas escolas têm iniciativas pontuais, mas não há uma legislação sobre isso”, afirma Tokarski.

A pesquisa mostra, ainda, que apenas 14% dos brasileiros são contrários às medidas que, atualmente, estão em debate no Congresso Nacional. No final de outubro, a Comissão de Educação da Câmara aprovou um projeto que proíbe uso de celular em escolas (públicas e privadas). O texto será analisado pela Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania.

Pesquisa

Segundo o estudo, os brasileiros entre 16 e 24 anos são os que mais apoiam, em algum nível, a proibição. Porém, a restrição total tem menor aderência a para essa parcela da população em relação ao total. Confira:

  • 46% dos entrevistados entre 16 e 24 anos concordam com a proibição total do uso dos aparelhos;
  • 43% defendem a utilização parcial dos celulares.

“Mesmo os jovens de 16 a 24 anos, que em tese, você poderia imaginar que seriam menos favoráveis, eles também são favoráveis a algum tipo de restrição”, frisa Tokarski.

Segundo o levantamento da Nexus, quanto mais alta a renda, mais as pessoas são a favor da proibição. Confira os dados: apenas 5% com renda superior a cinco salários mínimos disse ser contrária à proposta que impede o uso de celulares nas escolas, contra 17% da população que ganha até um salário mínimo. 

Tokarski ressalta, ainda, que um dado relevante da pesquisa é não haver diferença de opinião entre quem convive ou não com crianças que frequentam a escola.  Em ambos os perfis, 54% defendem a restrição total e 32%, a parcial.

“Ou seja, mesmo quem não tem filho, quem não convive em casa, o irmão mais velho de um estudante, por exemplo, mesmo essas pessoas, elas são altamente favoráveis a se restringir”, aponta o CEO.

Marcelo Tokarski ressalta também os avanços do debate sobre o assunto no país e os impactos negativos do uso do celular em sala de aula. 

“O que me parece é que esse é um debate que está avançando e que as pessoas, à medida que vão sendo informadas, vão lendo os impactos negativos que o uso excessivo do celular, e nesse caso específico, o uso do celular durante as aulas pelas crianças, é prejudicial ao aprendizado delas, porque a criança, o adolescente, o estudante em geral, ele acaba perdendo o foco, ele acaba se distraindo ali durante a aula e isso acaba prejudicando.” 

Amostragem 

A Nexus entrevistou 2.010 cidadãos face-a-face, com idade a partir de 16 anos, nas 27 Unidades da Federação (UFs). A margem de erro no total da amostra é de 2 “pp”, com intervalo de confiança de 95%.

“E para fechar, olhando aqui por região, a gente tem só uma diferença na região Sul, onde essa aprovação é a maior de todas, ela chega a 93%. Ela é de 86%, a qual é a média brasileira nas regiões Nordeste, Norte e Centro-Oeste e no Sudeste é um pouquinho abaixo, é 83%. Mas em todas as regiões a aprovação a algum tipo de restrição ao uso de celular nas escolas é a mesma”, compartilha Tokarski.

Legislação no Brasil

A proibição ou restrição do uso de celular por alunos em sala de aula segue em debate em alguns estados brasileiros. Por exemplo, em São Paulo, a proibição total de celular em escolas foi aprovada em duas comissões da Assembleia Legislativa do estado (Alesp) – a de Educação e Cultura; e a de Finanças, Orçamento e Planejamento. 

Já os deputados da Assembleia Legislativa de Mato Grosso (ALMT) também aprovaram o projeto de lei que proíbe o uso de celulares nas salas de aula da rede pública do estado. O texto segue para a segunda votação no plenário.

No Ceará, no município de Juazeiro do Norte, já existe uma legislação local que proíbe o uso de celulares e outros dispositivos tecnológicos pelos alunos nas unidades escolares da rede municipal de ensino.


sexta-feira, 15 de novembro de 2024

Deputado Osmar Filho é reconduzido à 3ª Secretaria em eleição da nova Mesa Diretora da Assembleia


 Assecom / Dep. Osmar Filho

Na eleição para a nova Mesa Diretora da Assembleia Legislativa do Maranhão, na quarta-feira (13), o deputado Osmar Filho (PDT) foi reconduzido ao cargo de 3º secretário, enquanto Iracema Vale (PSB) foi reeleita presidente da Casa para o biênio 2025-2027.

“Quero agradecer aos colegas que acreditaram no trabalho realizado nos últimos dois anos pela deputada Iracema Vale e por todos nós, que fazemos parte dessa gestão, incluindo a minha atuação à frente da Ouvidoria”, disse o parlamentar.

Desde que assumiu o mandato estadual, em 2023, Osmar Filho integrou a chapa vencedora para a presidência da Assembleia como 3º secretário, posição que acumula com a função de Ouvidor Geral. Na oportunidade, a escolha de Osmar foi reflexo, na maioria, da sua experiência prévia e destacada no Legislativo Municipal, onde atuou por quatro mandatos como vereador e foi presidente da Câmara Municipal de São Luís por duas vezes consecutivas.

Nesse período, implantou o setor de Gestão de Qualidade Administrativa, que foi decisivo para que a Câmara Municipal obtivesse a certificação ISO 9001 de qualidade.

Deputado Antônio Pereira agradece apoio na eleição da nova Mesa Diretora da Alema

O deputado Antônio Pereira (PSB) ocupou a tribuna, na sessão desta quinta-feira (14), para agradecer o apoio obtido na eleição da nova Mesa Diretora da Assembleia Legislativa do Maranhão. Ele foi eleito para ocupar o cargo de primeiro vice-presidente no biênio 2025-2027, da 20ª Legislatura, que se iniciará em 1º de fevereiro de 2025.

“Quero agradecer a participação de todos os colegas deputados e deputadas nesta eleição tão importante e até mesmo histórica. Muito obrigado, em especial”, declarou o parlamentar.

Ele avaliou que a escolha dos integrantes da nova Mesa Diretora, em sessão extraordinária realizada na quarta-feira (13), foi uma eleição republicana e democrática.

“Eu não tinha visto nenhuma eleição ser conduzida de uma maneira tão transparente e tranquila e tão calma, no sentido de buscarmos a união, o entendimento entre nós, deputados e deputadas, parlamentares desta Casa, porque somos os representantes legítimos do povo do Maranhão”, assinalou.

Ele informou que, no final da semana, irá realizar um culto de ação de graças em sua residência em agradecimento a Deus. “Entendo que esta Casa continua e continuará nas mãos de uma pessoa que tem compromisso com os seus colegas, tem compromisso com o povo do Maranhão, a qual é a presidente Iracema Vale”.

Antônio Pereira parabenizou o deputado Othelino Neto (Solidariedade), que também disputou o cargo de presidente da Assembleia Legislativa. Ele frisou que a candidatura do deputado Othelino engrandeceu a eleição.

“Acredito que, com esta disputa que agora tivemos, possamos sair daqui fortalecidos na democracia, fortalecidos nos princípios republicanos. E, mais uma vez, agradeço aqueles 21 parlamentares que votaram na deputada Iracema Vale e também agradeço aos meus eleitores que votaram e me fizeram conquistar o cargo de primeiro vice-presidente desta Casa, a partir do dia 1º de fevereiro 2025”, ressaltou Antônio Pereira.