terça-feira, 11 de março de 2025

BOM JARDIM: A pedido do MPF, Justiça condena proprietário de fazenda a recuperar área de floresta desmatada ilegalmente no MA

Foram identificados danos ambientais ocorridos na Zona de Amortecimento da Reserva Biológica do Gurupi, em Bom Jardim–MA

Em ação civil pública proposta pelo Ministério Público Federal (MPF), um proprietário de terras foi condenado pela prática de desmatamento ilegal e abertura de áreas de pastagem, sem a devida licença ambiental, ocasionados em área da Fazenda Chaparral, no município de Bom Jardim–MA. A Justiça Federal determinou ao fazendeiro, na sentença condenatória, a recuperação da área degradada e a imediata proibição de realizar desmatamento, extração ou comércio de produtos florestais do local.

A área está situada na Zona de Amortecimento da Reserva Biológica (Rebio) do Gurupi, no limite oeste do Maranhão, perto da divisa com o Pará, e os danos foram causados entre os anos de 2013 e 2016.

O réu alegou, no início do processo, que teria vendido a propriedade em janeiro de 2014. No entanto, o MPF rebateu a argumentação informando que a comprovação de transferência formal da titularidade das terras não foi concluída, mantendo o réu como responsável pelo imóvel rural.

A Justiça Federal entendeu que a responsabilidade pela reparação dos danos ambientais adere à propriedade, portanto, o dever fundamental de recomposição e recuperação ambiental pode ser exigido ao atual proprietário, ainda que os danos tenham sido provocados pelos proprietários antigos ou terceiros.

Como comprovação da responsabilidade pelos danos ambientais, o MPF apresentou, na ação, autos de infração lavrados pelo Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) e Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICM Bio). Também foram incluídos relatórios técnicos demonstrando que o réu teria sido o responsável por promover o desmatamento de grandes extensões de floresta na fazenda, utilizando-se de maquinário pesado e ignorando embargos administrativos previamente impostos.

Os danos ambientais descritos incluem a destruição de vegetação nativa de bioma amazônico e o comprometimento de espécies locais, configurando grave violação às normas de proteção ambiental.

Reparação – Além de estar proibido de realizar novas atividades de desmatamento, extração ou comércio de produtos florestais, sob pena de multa de R$ 5 mil por cada evento de descumprimento, o proprietário também deve restaurar a área desmatada, com prazo de 90 dias para apresentar um Projeto de Recuperação de Área Degradada (PRAD) ao órgão ambiental competente, sob pena de multa diária de R$ 5 mil.

O projeto deve conter cronograma, com etapas definidas, não superiores um ano, e o órgão ambiental terá 60 dias para aprová-lo. Caso o réu já não possua a área, ele deverá realizar a recuperação de uma área equivalente, indicada pelos órgãos ambientais.

A sentença também estabelece medidas punitivas, como a possibilidade de o réu ser privado de acesso a incentivos fiscais e linhas de crédito, além da indisponibilidade de bens móveis e imóveis do requerido, no valor de R$ 500 mil, para garantir a recuperação do dano ambiental. A decisão prevê a averbação de restrições no Cadastro Ambiental Rural (CAR) da área em questão, destacando a suspensão da participação em financiamentos e benefícios fiscais, e determinando que essas restrições persistam até a completa regularização da área.

Caso a recuperação ambiental seja considerada impossível, o réu será condenado ao pagamento de indenização no valor de R$ 10.742,00 por hectare desmatado, com correção monetária desde a data da infração. Além disso, foi concedida uma tutela antecipada que proíbe, de imediato, o plantio e o comércio de produtos agrícolas, madeireiros e pecuários na área desmatada, visando evitar novos danos ambientais. Foi determinado, ainda, que os órgãos ambientais e de controle agropecuário do estado sejam informados para garantir o cumprimento da decisão. Ainda cabe recurso da sentença.

 

Ação Civil Pública n.º 1003014-69.2017.4.01.3700

 

Assessoria de Comunicação

Ministério Público Federal no Maranhão

 

Procuradoria da Mulher da Assembleia celebra Dia da Mulher com amplo debate nesta quarta-feira (12)*

 Roseana Sarney, Carol Costa e Lara Moreira ministrarão palestras no evento

Com um amplo debate sobre o tema “Os desafios das mulheres na sociedade e na política”, a Procuradoria da Mulher da Assembleia Legislativa do Maranhão celebrará o Dia Internacional da Mulher nesta quarta-feira (12), às 14h30, no Auditório Fernando Falcão (Alema). O ato, com participação de três palestrantes, será conduzido pela presidente da Assembleia, deputada Iracema Vale (PSB) e pela procuradora da Mulher da Alema, deputada Dra. Vivianne (PDT).

As palestras serão ministradas pela advogada Carol Costa, vice-presidente do Instituto Somos Todos Marianas, que falará sobre “A sociedade civil no combate à violência contra a mulher”; pela empreendedora Lara Moreira, que tratará sobre "Empreendedorismo feminino, um movimento de impacto que transforma vidas”; e pela deputada federal Roseana Sarney (MDB), que abordará "A importância da mulher na política".

Também haverá a apresentação do espetáculo teatral “Flores e lutas - mulheres guerreiras”, com o Grupo Lamparinas, comandado pela cantora Regina Oliveira.

*SERVIÇO*

*O quê*: Celebração ao Dia Internacional da Mulher - com três palestras 

*Quando*: Nesta quarta-feira (12), às 14h30

*Onde*: Auditório Fernando Falcão (da Assembleia Legislativa)

‘Diário da Manhã’ destaca ações desenvolvidas pela Casa da Mulher Brasileira no Maranhão


Agência Assembleia/ Foto: Miguel Viégas

Assista ao programa na íntegra

A diretora da Casa da Mulher Brasileira no Maranhão, Susan Lucena, abordou, nesta terça-feira (11), em entrevista ao ‘Diário da Manhã’, da Rádio Assembleia (96,9 FM), com transmissão simultânea pela TV Assembleia, as ações do órgão no mês de março, dedicado às mulheres, e a passagem do Dia Internacional da Mulher (8 de março).

Na conversa com o jornalista e apresentador Ronald Segundo, a gestora fez um agradecimento especial aos servidores e à rede de apoio da Casa da Mulher Brasileira, instalada no Maranhão, em 2017, sendo uma das primeiras do país.

De acordo com Susan Lucena, desde que assumiu tem tido uma atuação buscando ampliar as ações de apoio e fortalecimento das mulheres no Maranhão, com iniciativas de combate à violência e promoção da igualdade de gênero. Além de buscar um trabalho coletivo para reverberar as ações e assim conseguir reverter as ações de violência.

“Temos avançado graças ao trabalho coletivo junto ao Judiciário, Ministério Público e outros, no enfrentamento da violência contra a mulher e desigualdade de gênero, apesar da Constituição assegurar direitos iguais. Sempre em busca que o feminicídio não esteja dentro de nossas casas e não atinjam os filhos, que tendem a abandonar a escola, reprovar, entrar no mundo das drogas e reproduzir a violência”, afirmou.

Susan Lucena informou, por fim, que há mais de 27 Casas da Mulher Brasileira espalhadas por todo o país, que no Maranhão uma média de 60% dos municípios já conta com a Secretaria da Mulher, o que permite potencializar as políticas. Muitos, segundo a gestora, já contam também com Procuradorias da Mulher.

Em transmissão simultânea e ao vivo, o ‘Diário da Manhã’ pode ser acompanhado de segunda a sexta-feira, das 9h às 9h30, pela Rádio Assembleia (96.9 FM) e pela TV Assembleia (canal aberto digital 9.2; Maxx TV, canal 17; e Sky, canal 309), além do canal do YouTube.