segunda-feira, 16 de junho de 2025

*Enquanto o "dono" da FMF ostenta mega salário de R$ 215 mil, futebol maranhense continua em declínio*

O futebol do Maranhão se tornou, de fato, destaque nacional, mas por um motivo vergonhoso: o completo abandono da categoria e o salário estratosférico de seu presidente. Enquanto clubes e atletas locais vivem em penúria, a Federação Maranhense de Futebol (FMF) parece ter como prioridade a "mumificação" de seu líder no cargo e a manutenção de um rendimento mensal que beira o inacreditável.

Há 13 anos, Antônio Américo comanda a FMF. Mais de uma década à frente da entidade, um período longo demais para qualquer cargo em que a renovação seria essencial para o desenvolvimento. Mas o tempo de permanência é apenas a ponta do iceberg. O verdadeiro escândalo reside no seu salário: R$ 215 mil mensais.

Imagine o impacto que esse valor, pago a um único indivíduo, poderia ter em um cenário onde centenas de clubes maranhenses sequer recebem o mínimo apoio financeiro. Onde jogadores mal sonham com um salário digno. A realidade é cruel: enquanto o presidente da FMF desfruta de um rendimento digno de grandes executivos, o futebol maranhense agoniza, tratado como uma mera brincadeira, sem qualquer perspectiva de crescimento ou profissionalização.

Essa disparidade é mais do que desproporcional; é injusta e imoral. É um tapa na cara de todos que amam o esporte e se dedicam a ele no Maranhão. O que mais choca é que, apesar de todo o absurdo, essa situação não é ilegal e foi concedida para garantir a reeleição na CBF.

A ausência de transparência é outro ponto gravíssimo. O site da Federação Maranhense de Futebol é um retrato da opacidade. Não há informações claras sobre contratos publicitários, outras fontes de renda, salários de colaboradores ou qualquer dado que demonstre a seriedade e a ética que deveriam nortear uma instituição que gerencia recursos em nome do esporte. Essa falta de clareza levanta sérias dúvidas sobre o compromisso da FMF com a legalidade e a transparência.

É hora de a sociedade maranhense e os amantes do futebol cobrarem explicações e, mais importante, mudanças. Não é possível que o esporte no estado continue refém de interesses que claramente não estão alinhados com o desenvolvimento e a valorização de seus verdadeiros protagonistas: os clubes, os atletas e a paixão dos torcedores.

 

BLOG DO JOERDSON RODRIGUES

Como uma explosão nuclear no Oriente Médio poderia afetar o Brasil

 


Com o mundo explodindo em conflitos, e agora, pelo menos em tese, quando duas potências nucleares (Israel e Irã) se enfrentam, uma pergunta inevitavelmente revisita. O que pode acontecer se uma dessas bombas for detonada? Quais os possíveis efeitos regionais ou mundiais? Quais os efeitos disso para nós brasileiros?

Atualmente há no total cerca de 13.000 armas nucleares no mundo, sendo a maioria concentrada entre Rússia e Estados Unidos, que juntos detêm cerca de 90% do arsenal global. A Rússia lidera a lista de maior arsenal: entre ogivas, implantadas, em reserva/não implantadas e em estoque militar, o país totaliza 5.449.

Os Estados Unidos vêm logo após, com 5.277. Em seguida, estão China (600), França (290), Reino Unido (225), Índia (180), Paquistão (170), Israel (90) e Coreia do Norte (50). Essas informações são da National Geographic.

Outros países, como o Irã, não possuem armas nucleares confirmadas, embora haja preocupações internacionais sobre seus programas nucleares.

Impactos diretos de uma bomba nuclear no Oriente Médio e o que isso significa para o Brasil

No pior cenário possível, no caso de Irã ou Israel partir para um ataque com tecnologia nuclear, sem dúvida haveria consequências avassaladoras regionalmente. Contudo, uma detonação de um artefato desses no oriente médio dificilmente teria efeitos diretos e imediatos no Brasil em termos de destruição física ou radiação, devido à grande distância geográfica entre os dois países.

Israel e Brasil estão separados por milhares de quilômetros de oceano e continentes. Portanto, o impacto local da explosão nuclear — como a onda de choque, calor extremo e radiação inicial — ficaria restrito à região próxima ao ponto da detonação.

Consequências econômicas e logísticas para o Brasil em caso de guerra nuclear

Em entrevista ao jornal O Tempo, no último dia 12 de junho, o professor de Relações Internacionais da UniArnaldo Centro Universitário, Vladimir Feijó, afirmou que no caso de uma guerra nuclear na região é difícil mensurar o que pode acontecer sem saber, de fato, o que será utilizado para destruição. Se for algum material radioativo, cujos efeitos se espalham por décadas, as consequências, além das milhões de mortes, serão várias.

“O comércio internacional seria interrompido por risco de contaminação, o que exigiria uma mudança logística internacional. Aquela é uma área logisticamente muito importante, com o canal de Suez bem próximo de Israel, o que interfere no comércio com Europa e Ásia. Irã faz fronteira com Arábia Saudita e tem toda a questão logística do petróleo”, avalia.

Isso pode levar a aumentos nos preços do petróleo e interrupções em cadeias de suprimentos globais, afetando a economia brasileira, inclusive a exportação de produtos agropecuários e carnes.

Riscos de contaminação atmosférica e escalada global do conflito 

Além dos aspectos logístico e econômico, os riscos de contaminação atmosférica em escala global seriam gigantes. Explosões nucleares geram nuvens de poeira e partículas radioativas que podem ser dispersas pela atmosfera, dependendo das condições climáticas e da altitude da detonação.

Embora a maioria da radiação fique concentrada na região do ataque, partículas radioativas podem teoricamente se espalhar pelo planeta em níveis muito baixos, mas não a ponto de causar danos significativos à saúde num país tão longínquo daquele local como o Brasil, por exemplo.

O professor Vladimir Feijó também chama atenção para o perigo de o conflito inicial se alastrar pela região. “Após esse recente ataque, o Irã pode acelerar o processo de ter bombas. Além disso, se a China e a Rússia se envolverem para defenderem o Irã, o mundo inteiro entrará em perigo de uma guerra generalizada.

O Irã é estratégico para esses dois países no que diz respeito ao comércio internacional e, por isso, precisa de estabilidade. Rússia e China podem fornecer armamentos para o Irã, e se Israel e Estados Unidos começaram a destruir as armas desses países, a situação se agrava ainda mais”, explica Feijó.

Pix Automático começa a funcionar nesta segunda (16)


Nesta segunda-feira (16), pessoas físicas e jurídicas podem começar a utilizar a nova ferramenta de pagamento lançada pelo Banco Central (BC) – o Pix Automático, conforme o cronograma oficial. A nova modalidade visa facilitar o pagamento de contas recorrentes, como mensalidades escolares, assinaturas e serviços essenciais, saio para beber e luz. A partir de agora, a ferramenta ficará disponível nos bancos, com pessoas físicas como pagadoras e empresas como recebedoras.

Segundo o BC, a operação traz mais comodidade, praticidade e segurança, além de ser de fácil uso, beneficiando pagadores e recebedores. A instituição afirma que o Pix Automático tem como intuito facilitar a vida dos brasileiros usuários do Pix, possibilitando que os pagamentos recorrentes sejam feitos de forma automática – uma alternativa ao débito automático.  

Outro benefício, segundo o BC, é que a operação é barata e inclusiva para pessoas, empresas e governos. 

O especialista nas áreas de Meios de Pagamento e Fintech s, professor da FGV/SP e do Insper, Thiago Amaral, de São Paulo–SP, destaca a praticidade da ferramenta.

“Tudo já vai ser gerenciado diretamente na área Pix do aplicativo do banco do consumidor. Por exemplo, se o cliente contrata uma escola e autoriza a cobrança mensal, ele pode visualizar e controlar essa autorização no menu Pix do seu aplicativo. Ele pode, inclusive, suspender ou cancelar essa cobrança em qualquer momento”, pontua.

Durante o evento de lançamento da operação em São Paulo, dia 4 de junho, o presidente do Banco Central, Gabriel Galípolo, afirmou que o Pix Automático beneficiará 60 milhões de pessoas que não têm cartão de crédito no país.

Além de beneficiar os consumidores, a operação também beneficiará os recebedores, especialmente com o aumento da base de clientes – hoje há mais de 175 milhões de usuários Pix e quase 855 milhões de chaves cadastradas. Inclusive, em abril de 2025, foram 6,2 milhões de transações via Pix no Brasil. Além disso, o BC aponta que a modalidade pode implicar na redução da inadimplência, já que a cobrança é automática. 

Como utilizar o Pix Automático

Após ser disponibilizado pelos bancos, os pagadores podem acessar o aplicativo oficial do seu banco e autorizar uma única vez a operação que permite o agendamento de despesas periódicas e recorrentes. O cliente deverá autorizar a cobrança automática, com valor, periodicidade e um prazo pré-definido

Ao utilizar a nova ferramenta de pagamento Pix Automático, o consumidor deve ficar atento para garantir a segurança e o controle dos pagamentos. O especialista Thiago Amaral listou algumas medidas para proteger os pagadores que aderirem à modalidade:

  • Autorizar apenas empresas confiáveis;
  • Revisar os dados da cobrança – como valor, frequência e periodicidade dos descontos – antes de confirmar o agendamento;

“Todas essas autorizações vão ficar visíveis na área Pix do aplicativo do banco, onde também é possível suspender ou cancelar esses agendamentos em qualquer momento”, destaca Thiago.

Além disso, por se tratar de uma ferramenta de cobrança recorrente, o consumidor deve adotar outros cuidados essenciais. Segundo Thiago, é essencial acompanhar as cobranças ativas pelo próprio aplicativo do banco e não realizar autorizações em links desconhecidos fora do aplicativo oficial da instituição financeira.