terça-feira, 22 de julho de 2025
*Brandão entrega 71 novas ambulâncias e mais 40 viaturas para a segurança*
Construtora recebeu mais de R$ 2 milhões da Prefeitura de Bequimão sem que contratos sejam encontrados
Uma reportagem investigativa do blog Joerdson Rodrigues revelou indícios de possíveis irregularidades envolvendo a Prefeitura de Bequimão e a empresa Construtora Atenas Ltda. Que já recebeu mais de R$ 2 milhões dos cofres públicos municipais entre 2023 e 2025, mesmo sem que os contratos correspondentes estejam disponíveis nos canais oficiais de transparência.
Segundo a investigação publicada por Joerdson Rodrigues, o alerta começou pela dificuldade em fiscalizar os gastos da prefeitura, uma vez que o Portal da Transparência do município está desatualizado desde fevereiro de 2025. Essa falha compromete o controle social e impede a imprensa de acompanhar como o dinheiro público está sendo aplicado.
A reportagem destaca que, mesmo com a falta de acesso às informações básicas, foi possível identificar uma série de repasses expressivos para a Construtora Atenas Ltda. A empresa, que antes tinha endereço na Rua Rio Branco, no centro de Bequimão, transferiu sua sede para um dos endereços mais valorizados da capital maranhense: a Avenida Nina Rodrigues, no bairro da Ponta d’Areia, em São Luís. Além da mudança de endereço, houve também alteração no quadro societário. O antigo sócio-administrador Geovane Costa Lindoso Júnior foi substituído por Evani de Freitas.
A ausência dos contratos que justificam os repasses, tanto no Portal da Transparência quanto no sistema do Tribunal de Contas do Estado do Maranhão (TCE-MA), onde a publicação é obrigatória, levanta sérias dúvidas sobre a legalidade dos pagamentos. De acordo com o blog Joerdson Rodrigues, essa omissão não é um caso isolado e tem sido recorrente ao longo das últimas gestões no município.
A reportagem também critica a atuação do Ministério Público, que, segundo fontes ouvidas pela investigação, tem se mantido inerte diante das denúncias que envolvem a administração municipal. A falta de respostas e de fiscalização efetiva contribui para um cenário de total ausência de transparência pública em Bequimão.
Diante das informações apuradas, surgem diversos questionamentos: quais serviços foram efetivamente prestados pela Construtora Atenas? A mudança para um endereço de alto padrão em São Luís tem relação com os contratos em Bequimão? A quem interessa manter esses pagamentos longe da vista da população?
Ainda segundo o blog, os repasses à construtora devem ultrapassar R$ 2,5 milhões somente no primeiro semestre de 2025, um valor que chama atenção diante da falta de comprovação documental das contratações.
O blog Joerdson Rodrigues informou que continuará acompanhando o caso e cobrando posicionamentos oficiais tanto da Prefeitura de Bequimão quanto dos órgãos de controle, para que a população tenha respostas sobre o destino do dinheiro público.
BLOG JOERDSON RODRIGUES
segunda-feira, 21 de julho de 2025
Venezuela constrói pistas e acampamentos perto do Brasil e Exército reage com operação massiva na Amazônia
Nos últimos meses, o alto comando das Forças Armadas brasileiras identificou indícios preocupantes na fronteira entre Brasil, Venezuela e Guiana: construção de pistas de pouso rústicas, pontes improvisadas e acampamentos fortificados por parte da Venezuela próximo de Roraima e do território do Essequibo. Esses movimentos aumentaram os temores sobre uma possível tentativa venezuelana de avançar sobre a região em disputa, utilizando o território brasileiro como corredor de passagem.
Como resposta, foi organizada a Operação Atlas, um exercício militar conjunto de larga escala envolvendo Exército, Marinha e Aeronáutica, previsto para novembro de 2025. Serão deslocados cerca de oito mil militares, com emprego de equipamentos pesados e diversos meios logísticos. O treinamento será realizado em território roraimense e se destaca também pelo simbolismo político, já que ocorrerá simultaneamente à COP 30, que reunirá centenas de líderes mundiais em Belém.
Características técnicas da Operação Atlas reforçam a soberania nacional
O planejamento da operação foi dividido em três etapas. A primeira iniciou-se entre os dias 30 de junho e 10 de julho, com mobilização de tropas em estados estratégicos da região amazônica. Em seguida, está prevista uma fase logística entre 27 de setembro e 1º de outubro, dedicada à movimentação de tropas e equipamentos para áreas específicas de Roraima. A fase final ocorrerá entre 2 e 11 de outubro, com simulações reais em ambiente terrestre, fluvial e aéreo.
A realização do exercício às vésperas da COP 30 tem uma função estratégica clara: transmitir segurança às autoridades que estarão presentes no Brasil durante o evento e, ao mesmo tempo, sinalizar o comprometimento do país com a proteção das suas fronteiras e a estabilidade regional. Internamente, os exercícios devem testar a capacidade das Forças Armadas de operar em ambiente de selva, com baixa infraestrutura e longas distâncias entre bases e pontos de apoio.

Movimentações venezuelanas somam-se ao cenário de tensão
Desde o final de 2023, a Venezuela intensificou sua campanha política e militar em torno do Essequibo, área rica em recursos naturais que Caracas insiste em considerar parte do seu território. Após um referendo promovido pelo governo venezuelano, foi aprovado um decreto oficializando a criação do estado Guayana Esequiba, com promessa de exploração econômica da região.
Além do avanço retórico, foram registradas movimentações reais nas fronteiras. Construção de pontes militares, bases de apoio e presença de veículos blindados nas proximidades da Guiana foram detectadas por imagens de satélite e relatórios de inteligência. Equipamentos de origem russa e iraniana também estariam sendo integrados às forças venezuelanas, incluindo helicópteros de transporte e patrulhas navais armadas com mísseis, anti navio.
A retórica oficial do governo Maduro tem mantido um tom ambíguo: ao mesmo tempo, em que reafirma a soberania venezuelana sobre o Essequibo, afirma compromisso com a paz e o diálogo. Essa dualidade, no entanto, tem sido acompanhada de mobilizações que ampliam o risco de erro de cálculo ou de incidentes fronteiriços.
A reação diplomática e militar de Brasil e Guiana
O Brasil respondeu às movimentações com firmeza, mas mantendo o equilíbrio diplomático. Tropas foram realocadas para Boa Vista, capital de Roraima, incluindo veículos blindados de reconhecimento, unidades de infantaria de selva e sistemas de defesa antitanque. Além disso, foi criada uma nova estrutura operacional de cavalaria mecanizada na região.
Ao mesmo tempo, o Itamaraty passou a atuar como mediador entre Caracas e Georgetown, apoiando esforços multilaterais para garantir que o impasse territorial não evolua para um confronto armado. Em dezembro do ano anterior, representantes dos dois países vizinhos assinaram um compromisso de não uso da força, com apoio de organizações regionais.
A Guiana, por sua vez, intensificou os laços com aliados tradicionais. Tropas norte-americanas participaram de exercícios conjuntos no país, e parcerias em segurança foram ampliadas. Internamente, o governo guianense reforçou as posições militares na região do Cuyuní, considerada mais vulnerável diante da possível entrada de forças venezuelanas.
Avaliação das capacidades militares em campo
As Forças Armadas da Venezuela operam sob limitações estruturais e orçamentárias, mas mantêm capacidades operacionais relevantes, com presença significativa de tanques, artilharia e aviação de ataque. A Guiana, com estrutura militar reduzida, aposta na cooperação com aliados regionais para compensar sua fragilidade.
O Brasil, por outro lado, mantém uma das forças armadas mais capacitadas da América do Sul, com ênfase em operações de selva, logística aérea e presença territorial. Mesmo assim, operar em Roraima representa um desafio logístico considerável. A região possui poucas vias terrestres, acesso fluvial limitado e é marcada por dificuldades climáticas e geográficas.
É nesse contexto que a Operação Atlas ganha relevância. A ação não visa apenas treinar a tropa, mas também validar, em condições reais, a prontidão das Forças Armadas brasileiras em um teatro de operações remoto e sensível. O foco em transporte, comunicações, comando unificado e interoperabilidade entre as três Forças é tratado como prioridade pelos planejadores do exercício.