terça-feira, 12 de agosto de 2025

Deputado Osmar Filho solicita ao Governador solução definitiva para alagamentos no São Francisco


Pedido foi feito durante a cerimônia de entrega da revitalização do Estádio Beira-Rio, na região da Ilhinha, em São Luís


Por: Mirlene Bezerra
Foto: Hamilton Jr.


Durante a cerimônia de entrega da revitalização do Estádio Beira-Rio, realizada na última quinta-feira (07) no bairro São Francisco, em São Luís, o deputado estadual Osmar Filho (PDT) fez um apelo ao governador Carlos Brandão (PSD) e ao secretário de Assuntos Municipalistas do Maranhão, Orleans Brandão, para que seja elaborado e executado um projeto capaz de resolver, de forma definitiva, os constantes alagamentos que afetam a comunidade.

O parlamentar destacou que o problema ocorre mesmo em dias sem chuva. “Há um problema grave, que aflige todo o bairro do São Francisco, que é o alagamento das ruas. Não precisa nem chover. Basta ter uma maré cheia e as ruas alagam”, afirmou Osmar Filho, dirigindo-se ao governador.

Durante sua fala, Osmar falou ter ciência de que se trata de um projeto complexo e caro, mas que acredita na capacidade e na estatura de Carlos Brandão para realizar a obra. “Sei que o senhor gosta de desafios e nós queremos ajudar para que mais este sonho da comunidade seja materializado”, disse o deputado, se colocando à disposição para colaborar na elaboração do projeto e na articulação política necessária para a captação de recursos, seja junto ao Governo Federal ou a outras instâncias.

Em resposta, o governador afirmou que os alagamentos na capital maranhense são prioridade de sua gestão e que, pensando nisso, conseguiu recursos do Governo Federal para obras de drenagem. “São Luís é a cidade que mais vai receber recursos do PAC e eu vou tirar um pedacinho desses recursos para resolver o problema no São Francisco”, disse, garantindo que isso se dará antes do final da sua administração.

A revitalização do Estádio Beira-Rio, entregue durante o evento, representa mais um passo na valorização do bairro, mas, segundo Osmar Filho, “a solução para os alagamentos é fundamental para garantir mais qualidade de vida aos moradores e fomentar o desenvolvimento local”.
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Falta de saneamento básico leva mais de 80 mil idosos à internação de no Brasil

 


Mais de 80 mil idosos foram internados no Brasil, em 2024, por Doenças Relacionadas ao Saneamento Ambiental Inadequado (DRSAI), segundo levantamento do Instituto Trata Brasil (ITB), com base em dados do Departamento de Informação e Informática do Sistema Único de Saúde (DATA SUS). O total de internações por essas enfermidades chegou a 344 mil no período, com pessoas acima de 60 anos representando 23,5% do número.

Os dados também mostram que, das 11.554 mortes registradas por DRSAI no ano passado, 8.830 ocorreram entre idosos, o equivalente a 76,4% do total. O estudo aponta que a ausência de acesso à água tratada e à coleta e tratamento de esgoto favorece a transmissão de doenças e impacta especialmente os grupos mais vulneráveis, como crianças e idosos.

O levantamento destaca que a universalização do saneamento poderia reduzir casos de contaminação e óbitos, garantindo condições adequadas de saúde para a população, incluindo a faixa etária com mais de 60 anos.

Segundo o Ranking do Saneamento 2025, publicado pelo ITB, em parceria com GO Associados, no Brasil, 16,9% da população ainda não tem acesso à água potável e 44,8% não contam com coleta de esgoto. A publicação mostra como essa carência afeta a saúde, reduz a produtividade no trabalho, desvaloriza imóveis, limita o turismo e compromete a qualidade de vida, com efeitos diretos no desenvolvimento socioeconômico do país.

segunda-feira, 11 de agosto de 2025

Forças Armadas brasileiras em alerta: Brasil fortalece fronteira após ordem militar da Venezuela

Forças Armadas brasileiras em alerta: Brasil fortalece fronteira após ordem militar da Venezuela

Exército Brasileiro intensifica presença em Roraima após alertas sobre a movimentação de tropas venezuelanas; Operação Atlas busca aumentar a segurança na região fronteiriça e preparativos para a COP 30

O Brasil aumentou sua presença militar na região de Roraima, próxima à fronteira com a Venezuela, após movimentações de tropas venezuelanas serem detectadas em junho. A operação, que já está em curso desde 30 de junho, é uma medida preventiva para assegurar a segurança nacional, com foco nas disputas sobre o território da margem equatorial, na tríplice fronteira entre Brasil, Venezuela e Guiana. O Exército Brasileiro iniciou a Operação Atlas visando monitorar e controlar a situação geopolítica instável, além de reforçar a segurança durante a COP 30, que ocorrerá no Pará, em novembro deste ano.

Reforço de tropas na região Norte

A presença militar brasileira na fronteira norte foi intensificada, com a Operação Atlas envolvendo mais de 8.600 militares. A missão, que se estende até o início de outubro, conta com a colaboração das Forças Armadas e inclui ações terrestres, fluviais e aéreas. A movimentação de tropas no estado de Roraima faz parte do plano para garantir a segurança de áreas estratégicas e também de trechos onde a tensão geopolítica com a Venezuela tem aumentado.

O objetivo principal da operação é simular cenários de combate e treinamento para enfrentar possíveis ameaças à soberania do Brasil, além de garantir o reforço logístico durante o evento internacional que acontecerá em novembro. A Marinha, o Exército e a Força Aérea estão mobilizando grande contingente de tropas e recursos, como aeronaves, embarcações e veículos blindados. As simulações previstas para outubro serão um teste da capacidade das Forças Armadas brasileiras em agir de forma coordenada em terrenos diversos.

Estrutura da Operação Atlas

Área de abrangência da Operação Atlas, que reforça a segurança na fronteira norte do Brasil, na divisa com a Venezuela e a Guiana. A operação envolve um grande contingente militar para garantir o controle da região estratégica, em meio à crescente tensão geopolítica. | Foto: Reprodução

Operação Atlas se divide em duas etapas principais, com a primeira ocorrendo entre junho e julho e a segunda programada para setembro e outubro. Durante as simulações de combate, as Forças Armadas realizarão exercícios que envolvem a integração de diferentes ramos militares em cenários urbanos e de selva. O objetivo é fortalecer a cooperação entre os diversos órgãos da defesa nacional e garantir a preparação para qualquer emergência. O impacto da operação nas cidades fronteiriças será monitorado de perto.

Situação geopolítica tensa

Além do treinamento militar, a operação também está diretamente ligada ao contexto geopolítico que envolve o Brasil, Venezuela e Guiana. A disputa pelo petróleo da margem equatorial se intensifica e, embora o governo brasileiro tente manter uma postura pacífica, a movimentação das forças venezuelanas na fronteira tem gerado desconfiança. A Guiana, que também reivindica a área, tem acompanhado a situação com preocupação, alertando para a possibilidade de um conflito maior na região.

A movimentação das tropas venezuelanas já foi observada pela Guiana, que comunicou o Exército Brasileiro sobre a situação. Embora as autoridades venezuelanas aleguem que a presença de tropas na região seja parte de exercícios de treinamento, a comunidade internacional continua a monitorar a situação. A presença militar brasileira tem sido uma resposta cautelosa a esses movimentos, buscando garantir que o território brasileiro não seja afetado por conflitos de interesse externos. O Brasil tem tentado assegurar uma postura diplomática, mas se prepara para qualquer eventualidade.

Em um cenário de incertezas, o Brasil tem optado por estratégias de prevenção e controle, buscando manter a estabilidade na região e proteger suas fronteiras. A Operação Atlas, com sua estratégia abrangente de adestramento militar, pretende garantir que as Forças Armadas estejam prontas para uma possível escalada de tensões.

Isso inclui não apenas a coordenação de tropas, mas também o monitoramento constante das atividades militares na fronteira, conforme noticiado pelo portal Revista Sociedade Militar.

Possível invasão e suas implicações

Embora ainda não tenha sido confirmada oficialmente, a possibilidade de uma invasão venezuelana ao território brasileiro é um tema recorrente nas discussões sobre a segurança da fronteira. A região de Roraima, devido à sua proximidade com a Guiana e à presença de áreas disputadas, continua sendo um ponto de tensão. O Exército Brasileiro segue monitorando qualquer sinal de movimento militar que possa comprometer a soberania nacional.

As informações foram divulgadas por “A TARDE”, com base em relatos sobre a movimentação militar na fronteira Brasil-Venezuela e os detalhes da Operação Atlas.