terça-feira, 19 de agosto de 2025

FPM: IGARAPÉ GRANDE E MAIS 15 MUNICIPIOS NÃO RECEBEM AMANHÃ O REPASSE

 

O segundo decêndio de agosto do Fundo de Participação dos Municípios (FPM), depositado nesta quarta-feira (20), costuma ser o menor dos três repasses realizados pela União a cada mês. Desta vez, os 5,5 mil municípios brasileiros dividirão R$ 1,395 bilhão, o que representa o terceiro pior resultado de 2025. Apesar de ser um repasse intermediário – tradicionalmente inferior aos outros dois do mês –, o montante transferido foi 13% menor do que no mesmo período de 2024.

O assessor de orçamento César Lima destacou a preocupação com o desempenho: “Esse foi o terceiro menor do ano, perdendo somente para fevereiro e para abril. Esperamos que não seja um mau sinal, que seja apenas uma sazonalidade, e vamos acompanhar os próximos decêndios para saber se esse resultado permanece em baixa ou não.”

O Fundo de Participação dos Municípios é uma das principais fontes de receita das prefeituras brasileiras, especialmente das cidades de pequeno e médio porte. Ele é formado por uma parcela da arrecadação do Imposto de Renda (IR) e do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI), que é repassada pela União. O objetivo é reduzir desigualdades regionais e garantir recursos para serviços públicos essenciais, como saúde, educação, infraestrutura e folha de pagamento. Em muitas localidades, o FPM representa a maior parte do orçamento municipal e é indispensável para manter o funcionamento da máquina pública.

 

 

SP e MG recebem os maiores valores

Entre os estados, São Paulo e Minas Gerais concentram as maiores fatias do repasse – ambos com mais de R$ 171 milhões, a serem divididos entre municípios como Caçapava, Avaré e Lins (SP), além de Juiz de Fora, Ubá e Lambari (MG).

Na outra ponta, o Amapá, que possui apenas 16 municípios, recebeu 0,13% do total distribuído: R$ 1,6 milhão. Santana ficou com a maior parcela do estado, R$ 337 mil, seguida por Laranjal do Jari, que recebeu R$ 206 mil neste decêndio.

mapa

Municípios com repasses bloqueados até 17 de agosto

O bloqueio do FPM impede que as cidades recebam os recursos federais destinados a custear serviços essenciais, como saúde, educação e transporte. A suspensão geralmente ocorre por pendências com órgãos de controle, como Receita Federal, INSS ou tribunais, e pode comprometer o funcionamento da administração local.

  1. Viçosa – AL
  2. Gavião – BA
  3. Ubatã – BA
  4. Igarapé Grande – MA
  5. Alfenas – MG
  6. Prainha – PA
  7. Tucuruí – PA
  8. Uruará – PA
  9. Juarez Távora – PB
  10. Campo Alegre do Fidalgo – PI
  11. Arapongas – PR
  12. Cabo Frio – RJ
  13. Petrópolis – RJ
  14. Canguaretama – RN
  15. Guamaré – RN
  16. Malhador – 

domingo, 17 de agosto de 2025

DISPUTA ENTRE PERU E COLOMBIA POR TERRITORIO AMAZONICO FAZ BRASIL ENVIAR TROPAS PARA A FRONTEIRA

 

Brasil se move para proteger fronteira enquanto militares do Peru e da Colômbia disputam território - a ilha de Santa Rosa.

A crise política e militar que se desenrola na América do Sul ganhou um novo capítulo e envolve diretamente o Brasil. O governo decidiu reforçar a presença de tropas na fronteira amazônica, depois que o conflito territorial entre Peru e Colômbia pela posse da ilha de Santa Rosa colocou em risco a estabilidade da região. A medida é preventiva, mas revela a preocupação de Brasília com a escalada das tensões entre os vizinhos.

Brasil age para proteger sua fronteira

O Ministério da Justiça prorrogou por mais três meses a permanência da Força Nacional de Segurança Pública em Tabatinga–AM, cidade brasileira que faz limite direto com Letícia, na Colômbia, e fica a poucos metros de Santa Rosa, território reivindicado pelo Peru.

A missão dos agentes brasileiros é apoiar a Polícia Federal no policiamento da área e garantir que os atritos entre colombianos e peruanos não respinguem em solo brasileiro. A região trinacional é marcada por intensa circulação de pessoas, comércio e integração cultural, mas a disputa recente trouxe insegurança.

Segundo nota oficial do Ministério da Justiça, a presença da Força Nacional busca “preservar a ordem pública, proteger os moradores da região e impedir que a crise internacional ultrapasse os limites da fronteira brasileira”.

O que está em jogo em Santa Rosa, formação sedimentar no rio Amazonas que abriga cerca de 3 mil habitantes

No centro da polêmica está a ilha de Santa Rosa, uma formação sedimentar no rio Amazonas que hoje abriga cerca de 3 mil habitantes. Em junho de 2025, a presidente peruana Dina Boluarte anunciou o reconhecimento oficial da ilha como parte do território peruano, incorporando-a ao distrito de Santa Rosa de Loreto.

Na ocasião, tropas foram enviadas para hastear a bandeira nacional, gesto que gerou forte reação da Colômbia. O presidente Gustavo Petro declarou que não reconhece a soberania peruana sobre a ilha e acusou Lima de violar tratados fronteiriços.

“O Peru não vai ceder nenhum centímetro de sua soberania sobre o território disputado”, afirmou Dina Boluarte durante visita à comunidade, em ato simbólico acompanhado de bandeiras e do hino patriótico Contigo Peru.

Enquanto isso, Bogotá reforçou o efetivo militar em Letícia, cidade vizinha à ilha, e deixou claro que não aceitará mudanças unilaterais nas fronteiras já reconhecidas.

Disputa diplomática ganha tons militares

O embate entre Peru e Colômbia ultrapassou rapidamente o campo diplomático. Bandeiras peruanas foram fincadas em Santa Rosa, militares colombianos se concentraram em Letícia e o clima passou a lembrar uma guerra de posições.

Especialistas em relações internacionais lembram que a ilha não existia quando os tratados bilaterais foram assinados, o que abre brecha para interpretações diferentes sobre a soberania. Para Lima, trata-se de uma extensão natural da ilha Chineria, tradicionalmente peruana. Para Bogotá, é um território novo que não pode ser incorporado sem negociação.

Segundo análise do Instituto de Estudos Estratégicos Internacionais, disputas como essa evidenciam fragilidades históricas da América do Sul, onde ainda existem dezenas de pontos de fronteira indefinidos ou mal resolvidos.

Além da disputa pela ilha de Santa Rosa, a América do Sul enfrenta outras crises territoriais

Além da disputa pela ilha de Santa Rosa, a América do Sul enfrenta outras crises territoriais. A mais notória é a de Essequibo, entre Venezuela e Guiana, que já gerou preocupação nas Forças Armadas brasileira pelo risco de desestabilização regional.

Outro ponto citado em debates recentes é o sul do continente, onde até mesmo o Uruguai já levantou questionamentos sobre áreas de fronteira com o Brasil. Esses episódios mostram que o mapa sul-americano continua longe de ser um consenso definitivo.

O papel do Brasil no equilíbrio regional

Ao enviar militares da Força Nacional, o Brasil busca mostrar que não ficará neutro diante de um conflito que pode afetar diretamente seus cidadãos na fronteira amazônica. Essa decisão também reforça a imagem de liderança regional que o país tenta assumir em meio às disputas vizinhas.

O governo destaca que o objetivo não é intervir no conflito entre Peru e Colômbia, mas sim garantir a segurança em território nacional. Na prática, no entanto, essa movimentação aumenta a presença brasileira no cenário diplomático sul-americano, já pressionado pela instabilidade política em vários países.

E você, o que pensa sobre essa decisão do Brasil de enviar tropas à fronteira? Acha que foi uma medida necessária ou exagerada? Deixe sua opinião nos comentários e compartilhe esta publicação para que mais pessoas entendam o que está acontecendo na Amazônia.

sábado, 16 de agosto de 2025

SERAG: SÃO LUIS E MAIS 6 CAPITAIS TEM AUMENTO DA SINDROME RESPIRATÓRIA

 

O mais recente Boletim InfoGripe da Fio cruz aponta que o número de casos de Síndrome Respiratória Grave (SRAG) tem aumentado entre crianças na região Nordeste e no Amazonas. Os estados nordestinos que apresentaram alta foram Bahia, Rio Grande do Norte e Paraíba. O crescimento ocorre nas crianças e adolescentes de até 14 anos, causados pelo vírus sincicial respiratório (VSR) e rinovírus, na população infantil de até 2 anos, e pelo rinovírus na faixa etária de 2 a 14 anos.

A análise é referente ao período de 3 a 9 de agosto e o documento informa que na Bahia e na Paraíba o crescimento está associado ao rinovírus. Já um leve aumento de SRAG foi observado nas crianças de até 2 anos no Amazonas, Bahia e Paraíba relacionados ao VSSERAGR e rinovírus. Na Paraíba também há um sinal de aumento dos casos de SRAG entre os idosos, associado à Covid-19.

Conforme o Boletim da Fio Cruz, sete das 27 capitais apresentam nível de atividade de SRAG em alerta, risco ou alto risco, considerando as últimas duas semanas. Confira as capitais:

  • Cuiabá–MT;
  • João Pessoa–PB;
  • Maceió–AL;
  • Manaus–AM;
  • Natal–RN;
  • Salvador–BA;
  • São Luís–MA.

Diante do contexto de aumento de notificações por SRAG, a pesquisadora do Programa de Computação Científica da Fio cruz e do InfoGripe, Tatiana Portella, destaca medidas que podem contribuir para a redução dos casos e proteção coletiva contra vírus respiratórios.

“O uso de máscaras dentro dos postos de saúde, em locais fechados e com maior aglomeração de pessoas. Em caso de aparecimento de sintomas de gripe ou resfriado, o ideal é ficar em casa em isolamento, evitando transmitir esses vírus para outras pessoas, mas se não for possível fazer esse isolamento, a gente pede para que a pessoa saia de casa usando uma boa máscara. E também é importante sempre manter uma etiqueta respiratória, como cobrir o nariz e a boca com braço ou lenço de papel, ao tossir ou espirrar, e também evitar compartilhar alguns utensílios de uso pessoal”, menciona.

Em relação à Covid-19 no país, a notificação dos casos de SRAG pelo vírus segue em baixa. No entanto, Ceará, Paraíba e Rio de Janeiro são estados que vêm mostrando sinais de alta nos registros de casos graves pelo vírus nas últimas semanas.

Portella reforça a importância da vacinação para a população, especialmente a vacina contra a Covid-19, “principal forma de proteção contra os casos graves e óbitos da doença”, diz.

Cenário epidemiológico no país 

O boletim mostra que 15 unidades da Federação também apresentam incidência de SRAG em níveis de alerta, risco ou alto risco. No entanto, as UFs mencionadas não demonstram sinal de crescimento na tendência de longo prazo. Sendo: Acre, Alagoas, Goiás, Maranhão, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Minas Gerais, Paraná, Pará, Rio Grande do Sul, Rio de Janeiro, Rondônia, Roraima, Santa Catarina e Sergipe.

Em 2025, já foram notificados 155.412 casos de SRAG, sendo 53,4% com resultado laboratorial positivo para algum vírus respiratório. Entre os casos positivos, 25,3% foram de influenza A e apenas 1,1% de influenza B., Por outro lado, 42,2% foram de vírus sincicial respiratório, 37% de rinovírus e 7,2% de SARS-CoV-2 (Covid-19).