quinta-feira, 21 de agosto de 2025

Subordinação do Brasil a plataformas estrangeiras ameaça a soberania nacional: R$ 23 bilhões gastos com licenças em serviços estratégicos como satélites e datacenters

 

Mapa do Brasil preso por correntes digitais representando a dependência tecnológica do país de big techs como Amazon, Google, Microsoft, Oracle e Red Hat.

A dependência e consequente subordinação do Brasil a plataformas estrangeiras fornecedoras de tecnologia em áreas estratégicas, como datacenters, satélites, cabos submarinos, chips, sistemas de inteligência artificial e hospedagem, apresenta risco à soberania nacional do país.

A conclusão é de um estudo feito por pesquisadores da USP e UnB publicado em julho.

Segundo o estudo, de 2014 a 2025 foram gastos ao menos R$ 23 bilhões pelo setor público no pagamento de licenças de softwares, soluções de cloud (nuvem), aplicações de segurança e serviços similares de plataformas estrangeiras

Entretanto, o número pode ser ainda maior, já que não está ajustado pela inflação. Além disso, grande parte dos contratos não é feita diretamente com as big techs, mas sim por meio de intermediários e revendedores nacionais, o que dificulta o rastreio.

Soberania digital do Brasil em risco iminente

Para os pesquisadores, é essa perda do domínio das tecnologias críticas, como tecnologia nuclear e indústria militar, que ameaça a chamada soberania digital do Brasil, apesar de haver avanços como a Lei do Marco Civil da Internet, projeto de cabos submarinos alternativos e novas estatais e empresas nacionais.

“Hoje, o Brasil vive uma situação que se assemelha a um feudalismo digital, no qual plataformas como Google, Microsoft e Amazon atuam como senhores digitais. Elas mediam interações sociais, políticas e econômicas, monopolizando a inclusive a prestação de diversos serviços e políticas públicas à dependência de uma aplicação gerida por elas”.

O estudo afirma que essas big techs não são apenas agentes econômicos, mas também políticos, “com capacidade de moldar padrões técnicos, definir nomes de conduta e influenciar decisões estratégicas de governos”.

Especialistas em Direito Internacional e Relações Internacionais apontam, inclusive, que são as big techs as responsáveis diretas pelo recente tarifaço político de 50% de Trump contra o Brasil

As plataformas estrangeiras, que financiaram a campanha do republicano, estariam preocupadas com as regulações em curso no país e também na União Europeia

Continuam precisando lidar com o escândalo denunciado pelo influenciador Felca e pela Reuters.

Quais as plataformas estrangeiras mais beneficiadas por contratos com o Brasil?

Dos R$ 23 bilhões apurados pelos estudiosos da USP e UnB, R$ 4,6 bilhões foram gastos pelo governo federal de junho de 2024 a junho de 2025, R$ 3,7 bilhões pelos Estados e R$ 2 bilhões pelas prefeituras nesse mesmo período.

Microsoft (R$ 3,3 bilhões), Oracle (R$ 1,02 bilhão), Google (R$ 938,8 milhões) e Red Hat (R$ 909,2 milhões) teriam sido as big techs mais beneficiadas pelos contratos.

Contudo, a SpaceX também tem vários contratos com o setor público brasileiro, inclusive Exército e Marinha, e conseguiu aprovação recente para a Starlink operar milhares de satélites adicionais no Brasil mesmo com a Anatel (Agência Nacional de Telecomunicações) admitindo risco à soberania nacional.

Valor bilionário deveria estar sendo investido em pesquisadores brasileiros e tecnologia nacional

O estudo denuncia que o valor exorbitante gasto com plataformas estrangeiras deveria estar, na verdade, sendo investido no fortalecimento da indústria nacional de software, na formação de mão de obra qualificada ou no desenvolvimento de soluções abertas e interoperáveis.

Para os pesquisadores, “ao delegar infraestrutura crítica a fornecedores globais, o setor público brasileiro compromete sua autonomia tecnológica, reduz sua capacidade estratégica, compromete sua capacidade defensiva e bloqueia o surgimento e fortalecimento de soluções públicas nacionais baseadas em soberania digital”.

“À parte os riscos à soberania nacional em sentido amplo, uma enorme possibilidade de promoção do desenvolvimento econômico e geração de emprego qualificado é desperdiçada”.

De quem é a culpa da subordinação do Brasil a plataformas estrangeiras?

A publicação não aponta diretamente um culpado por essa subordinação do Brasil a plataformas estrangeiras fornecedoras de tecnologia.

Segundo os estudiosos, a responsabilidade não pode ser colocada na conta de um único agente ou governo, por se tratar da “continuidade de uma tendência histórica que vem dos primórdios do uso de tecnologia da informação pelo Estado brasileiro”.

“As condições de subordinação, dependência tecnológica e as práticas que as sustentem tornaram-se naturalizadas. São aceitas pelos sucessivos governos, nos três níveis da federação, pelos três poderes, pela sociedade em geral. Fazem parte das estruturas mentais de boa parte dos técnicos e gestores públicos de tecnologia”.

Conforme os pesquisadores, boa parte das lideranças sequer percebe o problema.

“E, de certa maneira, mascaram interesses, nem sempre explicitados, nem sempre deliberadamente perseguidos”.

Recomendações ao Brasil para se livrar da subordinação a plataformas estrangeiras

Ao final do estudo, os pesquisadores fizeram 10 recomendações para o Brasil, aos poucos, se livrar da dependência das plataformas estrangeiras. Confira:

1 – Criar um programa nacional de fomento à soberania digital ancorado nas universidades públicas e nos centros de pesquisa federais

2 – Instituir uma nuvem pública federada, ancorada em universidades e operada com recursos públicos, como base da infraestrutura do Estado.

3 – Priorizar, nas compras públicas de TIC, soluções desenvolvidas por instituições brasileiras, com licenciamento aberto e operação sob jurisdição nacional

4 – Restringir a terceirização de dados estratégicos da defesa nacional e garantir que toda a infraestrutura digital militar opere sob soberania brasileira.

5 – Consolidar a ALADA como operadora da infraestrutura orbital brasileira, com controle público e uso estratégico

6 – Estabelecer metas de conteúdo nacional mínimo em tecnologias de defesa e conectividade, com financiamento público estruturado e planejamento industrial de longo prazo.

7 – Criar um marco regulatório ambiental e energético para data centers, com métricas obrigatórias e metas progressivas de eficiência.

8 – Condicionar regras de uso prioritário e licenças para data centers ao uso de energia renovável e à implementação de sistemas de recuperação de calor.

9 – Unificar as plataformas de compras públicas de TIC sob padrões abertos, com rastreabilidade, interoperabilidade e transparência integral.

10 – Instituir um Plano Nacional de Soberania Digital com metas intersetoriais, orçamento dedicado para execução contínua, governança multinível com centralidade estratégica e participação da sociedade, e sistema de monitoramento das decisões públicas em tecnologia, com métricas e indicadores universais e transparentes.

Mais 6.792 famílias inseridas no Maranhão Livre da Fome

  

Mais 6.792 famílias foram inseridas no programa Maranhão Livre da Fome nos municípios de Sambaíba, Mirador e Colinas, onde o secretário de Assuntos Municipalistas, Orleans Brandão fez a entrega dos cartões que dão acesso ao maior programa de transferência de renda da história do estado. Nas três cidades, também foram entregues e autorizados obras e serviços estaduais nas áreas de saúde, educação, esporte, infraestrutura e geração de emprego e renda.

“Aqui temos gestão municipal de excelência e a parceria com o governo estadual já garantiu a reforma completa do hospital municipal, a pavimentação das vias urbanas e a construção de pontes. Hoje, viemos inaugurar o 192º Restaurante Popular e entregar 483 cartões do Maranhão Livre da Fome, para garantir que essas famílias tenham comida na mesa, assistência à saúde e capacitação para o trabalho”, declarou Orleans Brandão, em Sambaíba.

Com a prefeita Fátima Dantas, o secretário também assinou ordens de serviço para reforma da praça Matriz, construção do portal da cidade, implantação do Colégio Militar e da Estação Tech, para a capacitação tecnológica dos jovens. Também foram entregues 12 carrinhos dos programas Minha Renda e Mais Renda, e anunciados mais quatro quilômetros de pavimentação de ruas.

“Agradecemos ao governador e ao secretário Orleans, por trabalharem por Sambaíba. Quando Município e Estado trabalham juntos, com o mesmo objetivo, a população é quem ganha”, declarou a prefeita Fátima Dantas.

Mais 892 famílias foram beneficiadas pelo Maranhão Livre da Fome em Mirador. No município, ao lado da prefeita Domingas Cabral, Orleans também inaugurou no município a Areninha Esportiva, entregou uma ambulância e 12 carrinhos dos programas Minha Renda e Mais Renda. “Anunciamos ainda mais cinco quilômetros de pavimentação de ruas desta cidade, sempre ampliando nossa parceria pelo desenvolvimento de Mirador”, acrescentou o secretário de Assuntos Municipalistas.

Em Colinas, onde 5.417 beneficiários foram incluídos no programa Maranhão Livre da Fome, ao lado do prefeito Renato Santos, Orleans destacou os grandes investimentos feitos pelo governo estadual em todo o Maranhão e em Colinas: “Temos um prefeito arrojado, que já nos ajudou a trazer areninhas esportivas, o Parque Linear, a reforma de escolas, mais de 20 quilômetros de pavimentação asfáltica, bloquetes, estamos construindo o centro de hemodiálise. Juntos, trabalhamos pelos colinenses”.

O secretário também destacou os grandes investimentos feitos em segurança alimentar, no combate à fome e na geração de emprego e renda, citando que foi inaugurado o Restaurante Popular de número 192, praticamente dobrando a quantidade de unidades já instaladas. “Também entregamos mais de 12 mil carrinhos dos programas Minha Renda e Mais Renda, para que esses pequenos empreendedores tenham melhores condições de trabalho. Esse é o nosso foco: melhorar cada vez mais a vida das pessoas”, afirmou o secretário.

Ao finalizar mais uma intensa agenda municipalista, Orleans falou sobre sua missão de rodar o Maranhão inteiro, conversando com prefeitos, vereadores e a população, para entender as necessidades de cada cidade: “Três mil obras entregues, segurança alimentar forte, mais de um milhão de pessoas saíram da extrema pobreza. Não basta obras, investimos no social. E vamos continuar trabalhando para desenvolver o estado e melhorar a vida das pessoas”.

CONCURSO POLICIA PENAL FEDERAL: QUASE 1000 MIL VAGAS EM 2025:


 O concurso da Polícia Penal Federal começa a ganhar forma e já movimenta a vida de quem está em busca de uma carreira sólida e estável dentro da segurança pública. Isso porque a Secretaria Nacional de Políticas Penais (Senappen) confirmou que está em andamento um estudo técnico para a criação de 978 novos cargos na carreira penal federal.

O pedido de criação das vagas já foi encaminhado ao Ministério da Gestão e Inovação em Serviços Públicos (MGI), e a expectativa é que, com a aprovação legislativa, o concurso seja oficialmente autorizado ainda em 2025.

Quantas vagas estão previstas?

A maioria das oportunidades está concentrada no cargo de Policial Penal Federal, que contará com 746 vagas distribuídas entre diferentes setores. Do total, 571 serão destinadas às Unidades Penitenciárias Federais, 100 à Força Penal Nacional e 75 à Escola Nacional de Serviços Penais.

Além disso, o pedido contempla aproximadamente 190 vagas para o cargo de Especialista Federal em Execução Penal e cerca de 40 para Técnico Federal em Execução Penal.

Por que o concurso é necessário?

A justificativa para o novo concurso é clara: o quadro atual de servidores é insuficiente para atender às demandas do sistema penitenciário federal. Os estudos apresentados pela Senappen apontam a necessidade de recomposição de pessoal devido a aposentadorias previstas, expansão de programas estratégicos e fortalecimento da Força Penal Nacional.

Em outras palavras, a criação dos novos cargos é vista não apenas como um reforço, mas como uma medida essencial para garantir o funcionamento e a segurança do sistema prisional federal.

E os aprovados do concurso anterior?

Outro ponto importante é que a Senappen também solicitou a ampliação do aproveitamento de excedentes do concurso de 2020, cujo prazo de validade segue até maio de 2026.

Na prática, isso significa que candidatos aprovados além do número de vagas originais ainda podem ser convocados. Em 2024, por exemplo, foram nomeados 73 agentes penais federais e 3 especialistas a partir dessa autorização extra, o que reforça a importância do concurso anterior no preenchimento de lacunas.

Como foi o último concurso?

O último concurso aconteceu em 2020, ainda sob responsabilidade do então Departamento Penitenciário Nacional (Depen). Foram ofertadas 309 vagas imediatas, sendo 294 para agente e 15 para especialista. O cargo de Policial Penal Federal, que exige nível superior completo e carteira de habilitação na categoria B, substituiu o antigo cargo de agente federal de execução penal e passou a ser a porta de entrada para a carreira.

O processo seletivo contou com provas objetivas e discursivas, teste de aptidão física, avaliações médica e psicológica, além de investigação social. É muito provável que as próximas etapas sigam o mesmo padrão, o que reforça a importância de iniciar a preparação desde já.

Criação da Polícia Penal Federal

A Polícia Penal Federal foi oficialmente criada em 31 de maio de 2024, pela Lei n.º 14.875. O marco consolidou a autonomia da carreira e ampliou suas atribuições dentro da segurança pública.

Com isso, os policiais penais federais ganharam ainda mais protagonismo na custódia de presos de alta periculosidade e na proteção das unidades penitenciárias federais.

Oportunidade para quem sonha com a carreira

Com quase mil vagas em estudo, salários atrativos e grande expectativa pela publicação do edital, o concurso da Polícia Penal Federal 2025 se consolida como um dos mais aguardados do país.

Para quem deseja ingressar na área de segurança pública, este é o momento ideal para iniciar os estudos, revisando conteúdos cobrados no último edital e se preparando fisicamente para o teste de aptidão, etapa decisiva no processo de aprovação.

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