segunda-feira, 15 de setembro de 2025

FAB: É OBRIGADA A REVELAR DETALHES DA OPERAÇÃO QUE RESGATOU NADINE HEREDIA NO PERU


 Brasília/Lima – Quatro meses após a polêmica concessão de asilo político à ex-primeira-dama do Peru, Nadine Heredia, a Força Aérea Brasileira (FAB) foi obrigada a revelar detalhes da operação de resgate realizada em abril deste ano. O episódio, autorizado diretamente pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva, provocou indignação no Peru e questionamentos no Brasil sobre o uso de recursos públicos para transportar uma condenada por corrupção.

Missão sob ordens diretas

De acordo com documentos emitidos pelo Ministério da Defesa a que a Revista Sociedade Militar teve acesso, a missão foi determinada pelo presidente da República e operacionalizada a partir de um pedido do Itamaraty em 15 de abril de 2025

A aeronave da FAB, segundo as informações prestadas pelo Comando da Força Aérea, decolou de Brasília às 22h45, pousou em Cuiabá para reabastecimento e seguiu para Lima, onde chegou às 2h45 do dia 16. Após embarcar Heredia, o avião retornou ao Brasil, pousando novamente em Brasília às 11h40. O custo da operação foi de R$ 345.013,56, valor confirmado oficialmente pela Aeronáutica.

Extrato de documento do Comando da Aeronáutica

Resgate de Nadine Heredia, a repercussão no Peru

A revelação formal dos detalhes da missão reabriu o debate em Lima, onde a concessão do asilo foi classificada por jornais como “irregular” e “vergonhosa”. Manchetes de grande impacto, como “Entre corruptos se protegem”, refletiram a indignação da sociedade peruana diante do gesto diplomático brasileiro.

Capa do Jornal El Comercio em 18 de abril de 2025

Heredia, esposa do ex-presidente Ollanta Humala, foi condenada a 15 anos de prisão por lavagem de ativos, em um processo envolvendo o governo da Venezuela e a construtora brasileira Odebrecht. Para críticos peruanos, o transporte em aeronave militar estrangeira simbolizou um desrespeito às decisões da Justiça local e um apoio explícito e inadmissível a figuras envolvidas em escândalos de corrupção.

Detalhes revelados indicam valores e cronologia

  • Segundo o Comando da Aeronáutica, a missão ocorreu em atendimento aos termos
    demandados pelo Sr. Presidente da República, conforme Ofício SEI nº 372/2025/G/MRE, do
    Ministério das Relações Exteriores, de 15 de abril de 2025.
  • A aeronave decolou de Brasília às 22h45min do dia 15 de abril de 2025 e efetuou um pouso técnico
    em Cuiabá às 23h10min. Decolou de Cuiabá às 00h10min e pousou no aeroporto Internacional Jorge Chávez na cidade de Lima às 02h45min. Decolou da cidade de Lima às 04h20min e efetuou um pouso técnico em Cuiabá às 08h35min. Decolou de Cuiabá às 09h10min e pousou em Brasília às
    11h40min do dia 16 de abril de 2025.
  • A operação teve um custo total de RR$ 345.013,56
  • Aeronáutica informou que não impôs sigilo sobre os documentos da missão em comento.

Debate interno no Brasil

No Brasil, parlamentares também pressionaram o governo a justificar o uso de recursos militares para uma missão destinada a proteger uma cidadã estrangeira condenada. Deputados questionaram os critérios adotados e alertaram para o risco de desgaste diplomático com o Peru.

Embora o governo sustente que a operação seguiu respaldo legal no Decreto n.º 11.676/2023, o fato de a FAB ter sido obrigada a divulgar todos os detalhes reforçou a percepção de que o caso não foi conduzido com a devida transparência.

O episódio ainda é uma ferida aberta

Quatro meses após a operação, o episódio continua a reverberar em Lima e Brasília. No Peru, setores políticos classificam o asilo como “um golpe contra o sistema judicial”, enquanto no Brasil permanece a discussão sobre o limite da atuação das Forças Armadas em decisões de cunho político-diplomático.

Embora o governo sustente que a operação seguiu respaldo legal no Decreto nº 11.676/2023, o fato de a FAB ter sido obrigada a divulgar todos os detalhes reforçou a percepção de que o caso não foi conduzido com a devida transparência.

O episódio ainda é uma ferida aberta

Quatro meses após a operação, o episódio continua a reverberar em Lima e Brasília. No Peru, setores políticos classificam o asilo como “um golpe contra o sistema judicial”, enquanto no Brasil permanece a discussão sobre o limite da atuação das Forças Armadas em decisões de cunho político-diplomático.

domingo, 14 de setembro de 2025

UCRÃNIA ACUSA CÕNSUL RUSSO DE RECRUTAL MULHERES BRASILEIRAS PARA FABRICAS DE DRONES

 

A denúncia ucraniana contra um diplomata russo no Brasil expõe suspeitas de aliciamento de mulheres jovens para fábricas de drones militares, revelando como programas de intercâmbio podem esconder intenções ocultas em meio à disputa geopolítica entre Moscou e Kiev.

A política internacional sempre foi marcada por intrigas, acusações e disputas que ultrapassam fronteiras.

Entre movimentos diplomáticos e alianças econômicas, a guerra de narrativas ganha cada vez mais espaço no cenário global.

Agora, um episódio envolvendo o Brasil, a Rússia e a Ucrânia coloca o país no centro de uma polêmica internacional que mistura diplomacia, espionagem e suspeitas de exploração de jovens mulheres.

Acusação ucraniana coloca Brasil no foco

De acordo com informações do portal Metrópoles, a embaixada da Ucrânia no Brasil acusou o cônsul honorário da Rússia em Curitiba, Acef Antônio Said, de participar de um suposto esquema de recrutamento ilegal de brasileiras para fábricas de drones militares na Rússia.

A denúncia foi divulgada no dia 1º de setembro pela representação diplomática ucraniana em Brasília.

Segundo informações do Serviço de Inteligência Estrangeira da Ucrânia (SZR), o esquema faria parte do programa Alabuga Start, que recruta jovens de países em desenvolvimento com a promessa de oportunidades de trabalho e intercâmbio cultural em solo russo.

Contudo, conforme os ucranianos, essas mulheres estariam sendo direcionadas para linhas de produção de drones, usados pelo exército russo na guerra contra Kiev.

Quem é Acef Antônio Said

Acef Antônio Said é brasileiro e ocupa, desde 2016, o cargo de cônsul honorário da Rússia em Curitiba.

Diferente de diplomatas de carreira, representantes honorários têm atribuições limitadas e não necessariamente são cidadãos do país que os nomeia.

Normalmente, atuam em ações simbólicas de aproximação cultural e comercial.

Apesar disso, a acusação ucraniana afirma que Said estaria usando o cargo para atrair jovens brasileiras sob a justificativa de programas de “formação profissional” e “comunicação intercultural”.

Ainda não há provas públicas apresentadas para sustentar a denúncia, mas o caso ganhou repercussão internacional.

O que é o Alabuga Start

O programa Alabuga Start é apresentado oficialmente como uma iniciativa de intercâmbio profissional.

De acordo com informações divulgadas pela própria organização, jovens podem trabalhar em áreas como logística, serviços de hospitalidade, montagem e operação de linhas de produção.

As vagas têm duração de até dois anos e oferecem salário inicial de US$ 541 (cerca de R$ 2,9 mil).

O projeto já atraiu mulheres de 44 países, incluindo Brasil, Moçambique, Colômbia, Mali, Ruanda, Sudão do Sul e República Democrática do Congo.

Entretanto, denúncias surgiram desde 2023, quando ex-participantes relataram à agência Associated Press (AP) que foram enganadas com falsas promessas de emprego e direcionadas para fábricas militares na região do Tartaristão.

A Ucrânia afirma que esse seria o verdadeiro objetivo do programa: alimentar a indústria bélica russa.

Relação com o Brics

Outro ponto levantado pelos ucranianos é o uso de estruturas ligadas ao Brics para dar legitimidade ao Alabuga Start.

Em maio de 2024. Moscou sediou o II Fórum de Empreendedorismo Feminino do Brics, onde representantes da Aliança Empresarial de Mulheres do bloco (WBA) assinaram acordos com iniciativas russas.

Entre os compromissos, estava o envio de 5,6 mil mulheres sul-africanas para trabalhar em empresas vinculadas ao Alabuga Start, conforme publicado no site oficial da WBA.

Para Kiev, esse tipo de articulação serve como fachada para ampliar o recrutamento internacional.

O que já aconteceu no Brasil

Em outubro de 2023, Acef Antônio Said apresentou o Alabuga Start a autoridades municipais do Paraná.

O evento foi registrado em fotos publicadas nas redes sociais do consulado honorário russo em Curitiba.

Antes disso, materiais promocionais do programa também foram divulgados na página oficial da representação, vendendo a ideia como “uma oportunidade única de aprender a língua e a cultura russa”.

A denúncia ucraniana reaqueceu essas discussões e levantou dúvidas sobre a real intenção do cônsul e do programa.

Reações e silêncio diplomático

O portal Metrópoles entrou em contato com Acef Antônio Said, o Itamaraty e a embaixada da Rússia no Brasil.

Até o momento, nenhum dos lados respondeu às acusações.

O espaço segue aberto para manifestações oficiais.

Enquanto isso, a situação reforça as tensões diplomáticas entre Moscou e Kiev, que se intensificaram desde a invasão russa em fevereiro de 2022.

Fortuna recebe obras e programa de combate à fome

 

Ao entregar os cartões a 232 beneficiários, Orleans destacou que o Maranhão Livre da Fome é um programa completo, de transferência de renda, assistência à saúde e de capacitação para o trabalho.

A parceria com o Governo do Estado também garantiu muitos benefícios para a população de Fortuna, onde o secretário de Assuntos Municipalistas, Orleans Brandão, esteve neste sábado (13) para entregar obras e inserir o município no programa Maranhão Livre da Fome. No evento, foram anunciados novos investimentos estaduais na cidade.

“Vir ao Sertão entregar obras e anunciar mais investimentos é sempre uma grande alegria. O prefeito Sebastião Costa tem buscado parcerias para desenvolver Fortuna, e como resultado estamos vendo o asfalto chegando, o calçamento de outras vias em bloquetes, hoje trazemos os cartões do programa Maranhão Livre da Fome, e carrinhos dos programas Minha Renda e Mais Renda. São muitas obras e serviços chegando, e muito mais faremos para melhorar a vida das pessoas”, afirmou Orleans Brandão.

Ao entregar os cartões a 232 beneficiários, Orleans destacou que o Maranhão Livre da Fome é um programa completo, de transferência de renda, assistência à saúde e de capacitação para o trabalho. Uma iniciativa inédita do governo estadual que visa retirar da pobreza extrema cerca de 430 mil pessoas que ainda estavam passando fome. “Trabalhamos para que as pessoas tenham comida na mesa, e também a oportunidade de ter acesso ao mercado de trabalho e para garantir seu próprio sustento”, destacou.

O secretário de Assuntos Municipalistas também fez a entrega de oito carrinhos dos programas Minha Renda e Mais Renda, entregou a pavimentação asfáltica de quatro quilômetros de vias urbanas; assinou ordem de serviço para instalação da Estação Tech, e autorizações para implantação do Portal da Cidade e do Colégio Militar. “E em breve viremos anunciar a pavimentação da MA que liga Fortuna a Buriti Bravo, pois nosso trabalho continua em todo o Maranhão, para melhorar a vida dos maranhenses”, concluiu ele.

“Ficamos muito felizes em contar com a parceria do governo do estado, pela sensibilidade em resgatar essas famílias em situação de extrema pobreza no nosso município, e receber tantos investimentos, como o asfalto que acabou com os buracos na nossa cidade. E muito mais melhorias virão. Somos gratos por tudo que está sendo feito por Fortuna”, declarou o prefeito Sebastião Costa.

Ao lado do prefeito, do presidente da Câmara de Vereadores, Nenzão, e demais autoridades municipais, Orleans participou, ainda, da inauguração do Estádio Municipal Lucimar Borges da Silva, obra realizada pela Prefeitura de Fortuna.