sábado, 25 de novembro de 2023

“Temos que escutar pais, alunos e professores”, diz Carlos Lula sobre vagas para alunos com deficiência

 “Temos que escutar pais, alunos e professores”, diz Carlos Lula sobre vagas para alunos com deficiência

Deputado Carlos Lula durante audiência pública sobre a reavaliação da Resolução que estabelece normas para a Educação Especial

Autor de diversas propostas na área da educação, o deputado estadual Carlos Lula (PSB) participou de uma audiência pública sobre a reavaliação da Resolução 291/2002 que estabelece normas para a Educação Especial na Educação Básica do Sistema de Ensino do Estado do Maranhão. O evento foi promovido pelo Conselho Estadual de Educação do Maranhão (CEE-MA) em parceria com a Secretaria de Estado da Educação.

No início do mês, o CEE-MA revogou o parágrafo único do Artigo 12 da Resolução 291/2002. Antes da medida, as escolas das redes de ensino público e privado do estado estavam limitadas a acolher até três alunos com deficiência por turma. Com a decisão, as unidades não poderiam estabelecer um número de estudantes com deficiência em cada turma.

Durante a audiência, o deputado Carlos Lula destacou que não se pode utilizar uma resolução para impedir os direitos reconhecidos na Constituição, mas pediu uma reflexão sobre as dificuldades dos professores em atenderem, com qualidade, mais crianças com deficiência.

“O que se via antes da resolução eram todas as crianças em uma sala só, a chamada sala especial, inclusive com grades. Temos que escutar pais, alunos e professores. E que nós não voltemos para as salas especiais. Temos que construir um termo normativo que garanta o direito do desenvolvimento as nossas crianças, a melhor condição e capacitação para que professores, famílias e crianças, possam se desenvolver em um ambiente adequado, sem preconceito e entendendo que o diferente tem o direito a ser incluído”, avaliou Carlos Lula.

Diferença 

O vice-governador e secretário de Estado da Educação do Maranhão, Felipe Camarão, destacou a importância de ouvir a comunidade escolar diretamente interessada no processo de construção da nova resolução.

“Nós viemos aqui para ouvir todas as partes. Não precisamos ser ou ter uma deficiência para defender as pessoas com deficiência, basta ser humano. Só se aprende com a diferença, não tem como uma criança ser antirracista se ela não convive com uma pessoa negra, assim como uma criança aprender sobre diferenças se não convive com uma criança com deficiência”, disse Felipe Camarão.

Segundo o presidente em exercício do Conselho Estadual de Educação, Mauro Gurgel, continua sendo elaborada uma nova normatização sobre o tema. “O Conselho tomou de decisão prudente de revogar o dispositivo que limitava a quantidade de crianças com deficiência por turma. E agora estamos aqui para ouvir a sociedade, todas as partes envolvidas e tomar a melhor decisão”, explicou.

Para presidente da Associação de Amigos do Autista do Maranhão (AMA-MA), Telma Sá Nascimento, a antiga norma estava desatualizada e fora do contexto atual da educação do Brasil.

“O objetivo maior desta audiência é falar com os donos das escolas particulares que funcionam por concessão pública. O Conselho Estadual e o Sindicato estavam induzindo as escolas ao erro por conta dessa resolução. A criança autista precisa estar inclusa desde as séries iniciais para terem a oportunidade de se desenvolverem. As escolas têm que ter a sensibilidade para ofertar a educação com qualidade e fazendo a parte social, sabendo que essa pessoa com deficiência está tendo a oportunidade de viver num ambiente escolar com seus pares da mesma idade”, pontuou.

A audiência contou ainda com representantes do IEMA, Sindicato dos Trabalhadores em Educação Pública do Maranhão (Sinproesemma), Sindicato dos Profissionais do Magistério da Rede Pública Municipal de São Luís (Sindeducação), Ministério Público, Ordem dos Advogados (OAB/MA), Associação de Pais de Alunos do Maranhão, secretários municipais de Educação, estudantes e outras organizações da sociedade civil.

sexta-feira, 24 de novembro de 2023

Projeto de Antônio Garcez sugere criação da Rodoviária Municipal

 

Segundo o parlamentar, a rodoviária vai proporcionar mais qualidade de serviço aos usuários que usam vans e veículos similares

Está tramitando na Câmara Municipal de São Luís o Projeto de Lei n.º 239/23, do vereador Antonio Garcez (Agir), que propõe a criação da Rodoviária Municipal. A proposição foi lida em plenário e encaminhada para as comissões de Justiça, Mobilidade Urbana e Orçamento na sessão ordinária do dia 20. 

Em sua justificativa, Antonio Garcez ressalta que São Luís cresceu muito em número de habitantes e que a implantação de uma rodoviária municipal vai proporcionar mais qualidade de serviço aos usuários que usam vans e veículos similares como meio de transporte.

“O estado deficiente do transporte público em nossa cidade faz com que possamos observar hoje uma grande concentração de vans e similares jogadas no Aterro do Bacanga, se aproveitando das falhas, de forma caótica e que dificilmente representa o respeito que o poder público municipal deve ter com seus cidadãos e as necessidades básicas destes”, disse. 

Segundo a proposta, a Rodoviária Municipal deve ser instalada ao lado do Terminal de Integração da Praia Grande. Garcez ainda sugere que as vagas a serem criadas para vendas devem ser ocupadas pelos vendedores ambulantes cadastrados, dando preferência aos vendedores ambulantes que se encontram na Praça Deodoro.

“Outra oportunidade a ser criada pela construção da Rodoviária Municipal seria a chance de prestigiar com locais de trabalho dignos diversos vendedores ambulantes de nossa cidade, atualmente localizados na Praça Deodoro, podendo assim devolver a praça suas características originais de uma praça pública histórica da nossa cidade e não um ponto de comércio desordenado que vemos hoje”, concluiu. 


Texto: Leandro Ferreira

foto de Leonardo Mendonça

Mesa Diretora adota medidas de contenção de despesas com redução de 25% dos gastos em todas as áreas


Decisão foi tomada em razão dos efeitos da conjuntura macroeconômica e do cumprimento da Lei de Responsabilidade Fiscal

O diretor-geral da Assembleia Legislativa, Ricardo Barbosa, anunciou, nesta sexta-feira (24), que, em razão dos efeitos da conjuntura macroeconômica e do cumprimento da Lei de Responsabilidade Fiscal, a Mesa Diretora da Assembleia, por meio da Resolução Administrativa n.º 1.200/2023, publicada no Diário da Assembleia de 18 de outubro de 2023, determinou um corte de despesas em todas as áreas da ordem de 25%.

Segundo Ricardo Barbosa, a presidente da Assembleia, deputada Iracema Vale (PSB), tomou essa decisão orientada pelo procurador-geral da Assembleia, Bivar George Jansen Batista, quanto a obrigação precípua por parte da Administração Pública do cumprimento da Lei de Responsabilidade Fiscal (Lei Complementar n.º 101/2000), que estabelece normas de finanças públicas voltadas à gestão fiscal.

Transparência

“A gestão da presidente Iracema é focada na transparência e no cumprimento rigoroso dos princípios constitucionais da Administração Pública, dispostos na Constituição Federal de 1988, sobretudo os da eficiência e da economicidade, e da Lei de Responsabilidade Fiscal. Por isso, foram adotadas essas medidas no sentido de garantir principalmente mais eficiência e economicidade”, esclareceu o procurador-geral da Alema.

Segundo o diretor-geral, dentre as medidas de cortes de gastos, consta a de suspensão das nomeações para os cargos de livre provimento até 31 de dezembro de 2023. “Essas medidas vão assegurar que a Assembleia Legislativa cumpra rigorosamente com suas obrigações na execução do orçamento financeiro de 2023”, ressaltou.