quarta-feira, 6 de março de 2024

Solange Almeida afirma que maior bancada feminina está fazendo história na Assembleia

 Solange Almeida afirma que maior bancada feminina está fazendo história na Assembleia

Deputada Solange Almeida com o radialista Henrique Pereira, no programa ‘Diário da Manhã’

Clique aqui e assista à íntegra da entrevista 

A deputada Solange Almeida (PL) disse, em entrevista ao programa ‘Diário da Manhã’, da Rádio Assembleia (96,9 FM), desta quarta-feira (6), sentir orgulho de fazer parte da maior bancada feminina da Assembleia, reunindo 12 mulheres. Também ressaltou o fato da Casa ter sua primeira mulher presidente, a deputada Iracema Vale (PSB), em quase 200 anos de Parlamento.

“Estamos fazendo história no Maranhão com a maior bancada feminina da história e tendo a presidente Iracema Vale na presidência, uma mulher nesse cargo pela vez em quase 200 anos de Parlamento. Agora, neste ano de eleição municipal, é preciso valorizar ainda mais a mulher, assegurando a conquista de mais espaço como prefeitas ou vereadoras”, defendeu.

Parlamentar assinalou que umas das proposições de sua autoria é a Lei 12039/2023, que institui o Dia da Mulher Maranhense na Política (24 de fevereiro).

Na conversa com o apresentador e radialista Henrique Pereira, Solange Almeida avaliou também positivamente seu primeiro ano de mandato no Parlamento Estadual e ações como destinação de recursos para obras e serviços, além de aprovação de projetos e ações tanto na área da saúde como visando uma maior participação política das mulheres.

Ano desafiador 

“Embora 2023 tenha sido um ano desafiador, todo o esforço e dedicação resultaram em 37 projetos de lei apresentados, dos quais nove já sancionadas pelo governador Carlos Brandão (PSB). Ainda temos projetos tramitando na Casa. São leis voltadas para as mulheres, propondo ações tanto na área da saúde como, também, em benefício de uma maior participação política. São leis para os professores, para os jovens e, ainda, voltados à proteção do meio ambiente”, revelou.

Por fim, a deputada contou que teve mais de 55 mil votos, sendo a sétima mais votada, com o apoio do marido, o prefeito de Igarapé do Meio, José Almeida. "Mesmo não assumindo um cargo na gestão do meu marido, como fiz um bom trabalho social como primeira-dama, trabalhando pela região do Vale do Pindaré, fui a sétima mais votada, mesmo sem sermos políticos de carreira”, afirmou.


Comissão de Assuntos Econômicos discute indicadores relacionados à pobreza no estado

 Comissão de Assuntos Econômicos discute indicadores relacionados à pobreza no estado

Deputados que integram Comissão de Assuntos Econômicos da Alema discutiram sobre potencialidades da economia do estado

Os parlamentares integrantes da Comissão de Assuntos Econômicos da Assembleia Legislativa participaram, na manhã desta quarta-feira (6), de uma reunião com o secretário de Estado do Desenvolvimento Econômico e Programas Estratégicos, José Reinaldo Tavares, e com técnicos do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

Ao abrir a reunião, realizada na Sala das Comissões da Alema, o presidente da Comissão, deputado Júlio Mendonça (PCdoB), destacou a importância de a Assembleia aprofundar discussões sobre a realidade e as potencialidades da economia do estado.

“Nesta primeira reunião da nossa Comissão, neste ano de 2024, começamos nossos trabalhos com um debate muito oportuno e adequado sobre os indicadores recentemente divulgados pelo IBGE sobre a persistente condição de pobreza do povo do Maranhão”, afirmou Júlio Mendonça.

Biaman Prado
José Reinaldo Tavares, secretário de Estado do Desenvolvimento Econômico e Programas Estratégicos, disse que debate é fundamental
José Reinaldo Tavares, secretário de Estado do Desenvolvimento Econômico e Programas Estratégicos, disse que debate é fundamental

A reunião foi iniciada com a fala do superintendente do IBGE no Maranhão, Marcelo Melo, que fez uma explanação sobre os números do Censo Demográfico de 2022 e, especificamente, sobre os principais indicadores econômicos e sociais do Maranhão: taxa de crescimento populacional, pirâmides etárias, expectativa de vida, população economicamente ativa, características gerais de domicílios e componentes migratórios, dentre outros dados estatísticos.

Além do presidente, Júlio Mendonça, e da vice-presidente, Dra. Vivianne (PDT), a reunião da Comissão de Assuntos Econômicos também contou com a presença dos deputados Rafael (PSB), Wellington do Curso (PSC), Ariston (PSB), Fernando Braide (PSD), Carlos Lula (PSB), Francisco Nagib (PSB) e Arnaldo Melo (PP), presidente da Frente Parlamentar de Combate à Pobreza.

Biaman Prado
Presidente da Comissão, Júlio Mendonça destacou importância de aprofundar discussões sobre a realidade e as potencialidades da economia do estado
Presidente da Comissão, Júlio Mendonça destacou importância de aprofundar discussões sobre a realidade e as potencialidades da economia do estado

Fundamental

Durante a reunião, o ex-governador José Reinaldo Tavares, secretário de Estado do Desenvolvimento Econômico e Programas Estratégicos, disse que o debate sobre o problema da pobreza é uma questão fundamental para o desenvolvimento social e econômico do Maranhão.

“Somos um dos estados da Federação que mais têm vocação para atrair investimentos. O Maranhão não tem vocação para ser pobre. E eu garanto porque acredito: o Maranhão vai, sim, sair da pobreza, mas não poderá deixar à margem a maioria de sua população”, enfatizou José Reinaldo.

Acompanhado de integrantes de sua equipe técnica, José Reinaldo discorreu sobre programas do Governo do Estado e destacou, especialmente, o projeto Casas de Esperanças, transformado em um programa inédito de desenvolvimento humano no Maranhão, baseado nas teorias do economista James Heckman, Prêmio Nobel de Economia (2000), com espaços públicos que oferecerão serviços especializados e multidisciplinares de atenção integral a crianças na primeira infância (0 a 5 anos e 11 meses) e assistência às gestantes, assim como de seus núcleos familiares.

Em sua fala, a vice-presidente da Comissão de Assuntos Econômicos, deputada Dra. Vivianne, lamentou que o Maranhão ainda é apontado como campeão da pobreza no país: “O Maranhão só sai da pobreza com desenvolvimento econômico que possa assegurar emprego e renda para a nossa população”, declarou a deputada.

Ao final da reunião, o presidente da Comissão, Júlio Mendonça, disse que este encontro inicial foi muito produtivo: “Estamos iniciando um novo processo de discussão nesta Casa. Entendemos que é fundamental esse debate sobre a questão do desenvolvimento econômico e social; tivemos aqui a presença dos técnicos do IBGE, do ilustre ex-governador e secretário José Reinaldo Tavares e a presença também de um número significativo de colegas deputados. O debate está só começando e vamos dar prosseguimento a esta pauta nas nossas próximas reuniões”, afirmou Júlio Mendonça.



UFMA no combate à dengue: professora e médica infectologista explica os principais cuidados para prevenir doenças arbovirais




Com o aumento contínuo dos casos de dengue em todo o país, é imprescindível intensificar as medidas de precaução contra o mosquito Aedes aegypti. De acordo com dados do Ministério da Saúde, o Brasil já registrou um total de 1.212.263 casos prováveis de dengue, e, no Estado do Maranhão, há 1.616 casos prováveis e uma morte confirmada até essa segunda-feira, 04 de março.

Como parte de seus esforços no combate à dengue, a Universidade Federal do Maranhão tem realizado iniciativas educativas e preventivas, visando conscientizar a comunidade sobre a importância dos cuidados necessários para evitar a propagação do mosquito.

A dengue é uma doença viral transmitida pela picada do mosquito Aedes aegypti infectado, comumente encontrado em áreas urbanas e que se reproduz em recipientes com água parada, como pneus velhos, vasos de plantas e recipientes de armazenamento de água. A transmissão acontece quando o mosquito infectado pica uma pessoa saudável, transmitindo o vírus presente em sua saliva.

Essa doença pode manifestar-se com sintomas graves e, em casos mais severos, pode levar à morte. Os sintomas incluem febre alta, dores musculares, dor de cabeça e, em casos mais graves, podem ocorrer hemorragias e comprometimento de órgãos vitais. Por isso é crucial adotar medidas preventivas para eliminar os criadouros do mosquito transmissor.

Para uma compreensão abrangente dos cuidados necessários, formas de transmissão e diferenciação entre dengue, chikungunya e zika vírus, a professora e médica infectologista Maria dos Remédios Freitas Carvalho Branco, do Departamento de Medicina do Câmpus São Luís, responde a algumas perguntas. Confira a entrevista concedida à Diretoria de Comunicação da UFMA abaixo:

Diretoria de Comunicação – Quais são os sintomas característicos de cada uma das doenças e como elas se diferencias umas das outras?

Maria dos Remédios Freitas Carvalho Branco – As arboviroses dengue, zika e chikungunya se caracterizam clinicamente por apresentarem febre, dor nas juntas e manchas nas peles, que nós chamamos de exantema. A zika tem febre mais baixa, dor e inchaço nas juntas, o edema articular e o exantema são intensos e são mais precoces, aparecem entre o primeiro e segundo dia de doença. A dengue e chikungunya têm início com febre alta. Tanto na dengue como na chikungunya, o exantema é mais tardio, depois do terceiro dia de doença. A dengue também pode causar dor nas juntas, dores articulares, mas menos intensa que na chikungunya. Já a chikungunya, além da febre alta e do exantema, caracteriza-se pela dor intensa nas juntas, que é uma dor incapacitante, a pessoa não consegue se levantar, andar, muitas vezes a pessoa se levanta e cai, desmaia de dor, porque a dor é muita intensa. Das três, a chikungunya apresenta um quadro mais grave de dor.

DCom – Quais são os principais métodos de prevenção que a população pode adotar para evitar a propagação dessas doenças?

MR – As três doenças são transmitidas pela picada do Aedes aegypti. A fêmea do inseto coloca os ovos normalmente em recipientes que tenha alguma sombra, e, quando esses ovos entram em contato com a água, o ciclo desse inseto começa, e ele vai se desenvolver até chegar a forma de adulto. Qualquer recipiente que fique com água ao ar livre pode se tornar um foco do Aedes aegypti. Em 75% dos casos dessas arboviroses, o transmissor está na própria residência. Então é preciso ter todo cuidado com qualquer forma de recipiente que possa ficar ao ar livre. Além das nossas medidas, como cidadãos, de limpeza da nossa casa, do nosso quintal para não haver focos desse vetor, também o setor público precisa fazer a sua parte, com urbanização, limpeza pública, tirando qualquer possibilidade de foco do Aedes.

DCom – E a vacina contra a dengue é eficaz no combate?

MR - A vacina que atualmente o Ministério da Saúde está usando, a Qdenga, mostrou ser bastante eficaz. Foi estudada em pessoas de quatro a sessenta anos e mostrou eficácia em relação a evitar que essas pessoas contraiam dengue por qualquer um dos quatro sorotipos que existem. Em menores de quatro anos, chegou a ser estudada, mas não demonstrou ser eficaz, e, em maiores de sessenta anos, ainda não há estudo comprovando a sua eficácia, mas, provavelmente, em breve, nós vamos ter estudos em maiores de sessentas anos publicados.

DCom – Qual é a importância da educação pública e da conscientização para prevenir a propagação dessas doenças?

MR – Como os focos do vetor são muito variados — por exemplo, pneus deixados ao ar livre, um simples copo plástico descartável, um buraco no asfalto, que podem virar foco do vetor — existem muitas possibilidades de ter criadouros do Aedes aegypti. É muito importante que eduquemos desde as crianças, para identificarem esses potenciais criadouros, para evitarmos que se tornem focos desse vetor e para mudanças de hábitos. Essas informações e orientações precisam ser amplamente disseminadas desde a infância para que, por exemplo, o adulto possa ter o seu comportamento modificado pelo exemplo e informação da criança. Precisamos também de campanhas de saúde pública em todas as áreas, nas redes sociais, na imprensa, chamando a atenção para o problema dessas doenças, especialmente no caso da zika, devido ao risco da zika congênita com crianças que nascem com microcefalia. A chikungunya pode deixar muitas sequelas, e a dengue pode se agravar se a pessoa não tomar bastante líquido a fim de evitar as complicações, que podem levar à morte ou causar sequelas. Por tudo isso, é muito importante convencer a população para a mudança de atitude.

Confira algumas dicas para o combate eficaz contra as doenças arbovirais:




Por: Sarah Dantas

Revisão: Jáder Cavalcante