quinta-feira, 8 de maio de 2025

ALADA transformará Alcântara em hub de lançamentos e colocará país no mapa do mercado de US$ 2 trilhões

  

Alcântara: o trunfo brasileiro

O centro de lançamento maranhense tem posição estratégica: “Economiza até 30% de combustível por estar próximo à linha do Equador”. A empresa alemã Innospace já injetou R$ 50 milhões na região em apenas três meses de operações.

“Entre o primeiro dia e o final de 100 dias, a cidade era outra luz, tinha outra cor”, relatou Damasceno sobre o impacto econômico.

Em discurso na FIESP no dia 12 de março de 2025, o Brigadeiro Marcelo Kanitz Damasceno, Comandante da Aeronáutica, apresentou detalhes sobre como a nova empresa pública ALADA pode transformar o Brasil em potência aeroespacial

ALADA: a chave para o negócio espacial

Criada em janeiro de 2025, a empresa pública será subsidiária da NAV Brasil e permitirá que recursos dos lançamentos sejam reinvestidos. “Antes, todo dinheiro ia para o Tesouro. Agora ficará no programa espacial”, explicou.

O modelo foi inspirado na Índia: “Eles nos mostraram que em 25 anos uma empresa pública pode levar um país a pousar na Lua”.

Quatro fontes de receita

  1. Lançamentos comerciais: seis contratos já fechados para 2024

  2. Serviços de telemetria: contrato com Kourou (Guiana Francesa) vale “dezenas de milhões de dólares/ano”

  3. Construção de satélites: quatro famílias em desenvolvimento, incluindo o SGDC (com Telebrás)

  4. Equipamentos de solo: mercado global de 200 bilhões/ano

Centro de lançamento estratégico

Com dois centros de lançamento privilegiados próximos à linha do Equador (Alcântara e Barreira do Inferno), o Brasil possui vantagem competitiva natural. “Quando nós olhamos o ângulo de atuação, com extrema segurança, da soma da Barreira do Inferno com Alcântara, veja então que espetáculo, que possibilidades que nós temos”, destacou Damasceno.

A localização privilegiada já atrai empresas internacionais. A sul-coreana Innospace realizou lançamentos bem-sucedidos e planeja mais seis apenas este ano.

Da burocracia ao lucro

Até a criação da ALADA, os recursos de lançamentos eram enviados diretamente ao Tesouro via GRU (Guia de Recolhimento da União), sem retorno ao programa espacial brasileiro.

“O que ocorre é que, até então, sem a empresa ALADA, esses lançamentos eram realizados a preço de custo, considerando apenas os nossos gastos. No entanto, todos esses recursos eram transferidos pela empresa via GRU, como uma guia de recolhimento para a União. Como somos totalmente orçamentados, não havia a possibilidade de transferência de qualquer fração desses recursos para a Força Aérea”, explicou Damasceno.

A mudança é drástica: “Agora, com o advento da empresa, contratos para essas empresas, como nós já temos contratos, agora é só fazer a sub-rogação dos contratos da Força Aérea para a ALADA… e as receitas revertidas ao Programa Espacial Brasileiro”.

Modelo indiano de sucesso

A inspiração veio da Índia. “Fui em julho do ano passado à Índia. E o comandante da Força Aérea Indiana falando assim: ‘Damasceno, nós éramos vocês 20 anos atrás. No começo do século, há 25 anos, o nosso investimento é muito parecido com o de vocês. Nós não éramos nada, mas criamos uma empresa pública'”, relatou o Brigadeiro.

O resultado é impressionante: enquanto a Índia investe US$ 1,3 bilhão em seu programa espacial, o Brasil continua em modestos US$ 40 milhões.

Quatro famílias de satélites

O plano brasileiro contempla quatro famílias de satélites: o SGDC (geoestacionário, já em órbita desde 2017), os Carcarás 1 e 2 (sensoriamento remoto), os futuros Carponis (satélites óticos) e a família Tigo (comunicação tática).

“Nós entendemos que após palmilharmos, que possamos conseguir empresas integradoras da indústria nacional, como o prime contractor ALADA, temos essas quatro famílias, quem sabe a gente possa um dia começar a discutir e termos uma Força Espacial”, vislumbrou Damasceno.

Retenção de talentos

A ALADA aparece como solução para um problema crônico: a fuga de cérebros. “Não adianta a gente aumentar a nossa capacidade de formação de engenheiros de alto nível quando grande parte deles vai para o mercado financeiro ou vai buscar o mercado fora do país. Tenho certeza de que essa empresa pode ser um belo veículo dessa transição dos engenheiros para a nossa indústria nacional”, afirmou.

Com o ITA em Fortaleza oferecendo novos cursos como Engenharia de Sistemas voltada à Inteligência Artificial, a ALADA completará a “tríplice hélice”: academia, indústria e governo.

Empresa enxuta com grandes planos

A ALADA não será uma gigante estatal. “A empresa não é uma construtora, a empresa é um escritório, é uma empresa pequena. A nossa ideia é que seja realmente pequena, com 30, 40 pessoas”, garantiu Damasceno, que prevê uma empresa lucrativa e não-dependente desde o início, seguindo o modelo da NAV Brasil.

O projeto foi aprovado em tempo recorde: proposto em setembro de 2024, passou por Câmara e Senado sem pedidos de vista e foi criado em janeiro de 2025. Para o Brigadeiro, isso demonstra o “senso de brasilidade” que uniu parlamentares de diferentes espectros políticos em torno da soberania nacional.


DR JOEL NUNES LIDER DO GOVERNO COMEMORA APROVAÇÃO DO REAJUSTE DOS SERVIDORES



A Câmara aprovou em regime de urgência o Projeto de Lei n.º 152/25, de autoria do executivo, que dispõe sobre a concessão de 6% de reajuste sobre os vencimentos e salários dos servidores da administração pública direta e indireta, empregados públicos ativos e inativos do Município de São Luís.

Para o Dr Joel, líder de governo, esse reajuste vem contemplar os funcionários municipais com o merecido reconhecimento, valorização, reconhecendo o esforço e dedicação dos mesmos.

Dr. Joel (PSD), explicou que a motivação da urgência é que o valor deve ser pago retroativo ao dia 01 de maio. A aprovação desses 6% a milhares de servidores não exaure a discussão. Pelo contrário, a mesa de discussão continua aberta e hoje à tarde nos reuniremos com o sindicato e levaremos o resultado dessa reunião à secretaria de planejamento para que a gente possa avançar cada vez mais, afirmou.


 

Leandro Bello rebate críticas a Felipe Camarão feitas por Mical Damasceno


 Durante sessão na Assembleia Legislativa do Maranhão, o deputado estadual Leandro Bello (Podemos) fez uma firme defesa do vice-governador Felipe Camarão (PT), rebatendo com veemência o discurso da deputada Mical Damasceno (PSD), que atacou Camarão e demonstrou temor sobre uma eventual ascensão do petista ao comando do Executivo estadual.

No plenário, Mical acusou Felipe Camarão de não representar os valores do grupo político que atualmente comanda o governo estadual, classificando sua permanência como um risco. Ela também mencionou vetos do vice-governador, enquanto secretário de Educação, a projetos ligados à pauta conservadora, em especial os relacionados à ideologia de gênero, e alertou sobre uma possível “manobra” para que Camarão herde o comando do estado.

A resposta veio com firmeza por parte de Leandro Bello. O deputado repudiou os ataques e questionou diretamente a que interesses servia o discurso da colega de parlamento. “O governador Carlos Brandão já disse que 2026 se discute em 2026. Por que antecipar esse debate agora? A quem interessa essa divisão dentro do nosso próprio grupo?”, questionou Bello.

Leandro destacou ainda o legado de Felipe Camarão na Secretaria de Estado da Educação, citando programas como o Escola Digna, que substituiu escolas de taipa por estruturas de qualidade, melhorando diretamente a vida de milhares de estudantes em todo o estado. Para ele, Camarão é um nome que merece respeito por seu trabalho e trajetória.