O polêmico voo envolvendo um dos Ministros do Supremo Tribunal Federal, José Dias Toffoli, foi feito numa aeronave que pertencia ao apresentador de TV Luciano Huck.
De matrícula PT-STU, é um Bombardier Challenger 300, que era operado pela Helistar e de propriedade de Huck, até ser vendido na virada de 2024 para 2025 para a Ibrame, indústria de metais do Espírito Santo e de propriedade do empresário Luis Osvaldo Pastore.
Neste voo, além de Toffoli, entre os mais de dez passageiros estava o ex-secretário Nacional de Justiça, Augusto Arruda Botelho, que atualmente advoga para um dos diretores do Banco Master e que seria amigo do proprietário do jatinho. Também no voo estaria Aldo Rebelo, político que já foi ministro durante as administrações de Dilma e Lula, que é pré-candidato à presidência da República em 2026.
A grande polêmica surgiu já que o processo do Banco Master no STF foi distribuído para Toffoli no dia 28 de novembro, horas depois de o Challenger 300 ter decolado para Lima. O retorno da capital peruana para Brasília ocorreu no dia 30, com pouso na capital federal às 17h50, como constam os dados da plataforma AirNavRadar, parceira do AEROIN.
No dia 2 de dezembro, o ministro Toffoli decretou sigilo ao processo, atendendo ao pedido da defesa de Daniel Vorcaro, dono do Banco Master, que chegou a ser preso no Aeroporto de Guarulhos quando embarcaria em seu jatinho para o exterior. Neste pedido, como informa a Folha de S.Paulo, consta que foram encontrados documentos relacionados ao deputado federal João Bacelar (PL-BA), e que por isso a alta corte deveria analisar o processo, em vez do Tribunal Regional Federal da 1ª Região (TRF-1).
Outro ministro do STF, Edson Fachin, teria proposto um novo código de conduta para o órgão colegiado, para impedir a participação de ministros em eventos privados e também viagens custeadas por particulares ou empresas. Porém, até o momento, não ocorreu uma movimentação oficial do Supremo sobre uma alteração no regimento interno.
Nenhum dos citados na reportagem respondeu aos pedidos de posicionamento enviados pela imprensa brasileira, com alguns informando apenas que não iriam comentar o caso.
Segundo apuração inicial de Lauro Jardim, do O Globo, e confirmada posteriormente pela Folha de S.Paulo, o Ministro do STF viajou no jato de Brasília para Lima, para assistir à final da Taça Libertadores, entre Flamengo e Palmeiras, sendo este último o seu time do coração, que acabou perdendo a partida, logo depois também ficando com o vice-campeonato brasileiro, atrás novamente do time carioca.

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