segunda-feira, 26 de agosto de 2024

Vacina brasileira contra Mpox está em fase final de desenvolvimento


 "A pandemia de Covid-19 deixou um ensinamento: não deixar tudo para última hora". A frase é da pesquisadora Karine Lourenço, coordenadora do projeto de desenvolvimento da vacina contra Monkeypox, da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG). 

A vacina 100% nacional vem sendo desenvolvida pelo Centro de Tecnologia de Vacinas da universidade, desde 2022, quando surgiu a primeira emergência global por Mpox. Os pesquisadores da UFMG trabalham em duas vertentes: uma para desenvolver a vacina em si e outra para avaliação da imunogenicidade desta vacina. 

“A avaliação da imunogenicidade nada mais é do que ver se esta vacina realmente gera uma resposta protetora no desafio contra o vírus Monkeypox”, detalha Karine, que ainda explica em que ponto estão os estudos neste momento.
 
“A gente já avançou na parte de produção da vacina — inclusive em larga escala. E os estudos de imunogenicidade finalizaram em julho, onde nós avaliamos a proteção da vacina frente ao vírus Monkeypox, isso também já foi finalizado.”

Como funciona a vacina nacional MVA

A vacina desenvolvida pela UFMG é feita a partir de um vírus atenuado — que não é capaz de causar o adoecimento ou infecção na pessoa que a recebe.

“Essa vacina chamada MVA contém um vírus muito parecido com o vírus da Mpox, só que incapaz de causar infecção nas células humanas. Quando tomamos essa vacina, nosso corpo produz uma resposta que, quando em contato com o vírus, impede o organismo de adoecer”, detalha a coordenadora da pesquisa.

Hoje já existem duas vacinas que protegem contra o vírus da Mpox: Jynneos e ACAM 2000. A primeira — Jynneos — já está disponível e também é produzida a partir do vírus atenuado. O maior problema dela consiste em ser produzida por apenas uma farmacêutica atualmente.

Já a ACAM 2000 é feita a partir de um vírus não atenuado, o que significa que não pode ser aplicada em pacientes imunossuprimidos — como quem tem HIV ou está em tratamento para o câncer, por exemplo — justamente as pessoas que mais precisam da vacina.

O médico infectologista Victor Bertollo ainda complementa que as vacinas existentes são derivadas da vacina contra a varíola — doença erradicada mundialmente na década de 80 — por isso a produção é muito baixa, assim como a disponibilidade dessas doses.

Houve uma estratégia pontual em 2022 do Ministério da Saúde para trazer uma das vacinas para o Brasil, mas hoje ela não está mais disponível, explica Bertollo. 

“As pessoas não conseguem encontrar essas vacinas nas salas de vacina nem na rede pública, salvo em raríssimas exceções onde eventualmente tenha sobrado alguma dose.” 

Entrega à Anvisa

A coordenadora da equipe de pesquisa explica que o processo está adiantado. “Estamos preparando a documentação que vai ser enviada à Anvisa para que a gente tenha a liberação para que se iniciem os testes em humanos.” 

Karine explica que é agora que vem a parte mais difícil do processo — que é o processo de documentação.

O que é a Mpox?

Detectada pela primeira vez em humanos na República Democrática do Congo, em 1970, a Mpox é considerada hoje uma doença endêmica, sobretudo em países da África Central e ocidental. 

Entre os principais sintomas estão erupções ou lesões de pele, linfonodos inchados, além de febre, dores no corpo, dor de cabeça, calafrio e fraqueza. Até que se manifeste a doença, o indivíduo pode levar entre 3 a 16 dias e o diagnóstico é feito a partir de testes de laboratório. 

A transmissão do vírus Monkeypox entre humanos é feita, principalmente, por contato próximo com secreções infectadas das vias respiratórias ou lesões na pele de uma pessoa infectada, ou com objetos contaminados recentemente com fluidos de pacientes ou materiais da lesão. A maioria dos infectados apresenta sintomas leves e moderados e ainda não existem tratamentos nem medicamentos específicos para a infecção pelo vírus.



domingo, 25 de agosto de 2024

Duarte Junior inicia Campanha priorizando diálogo com a população


Na primeira semana de sua campanha, Duarte demonstrou seu compromisso com a população ao realizar uma série de encontros e diálogos abertos nas comunidades. A abordagem direta e acessível marcou o início de uma campanha voltada para a escuta ativa e construção de soluções conjuntas para os desafios enfrentados pela população de São Luís.

Liberdade, João Paulo, Vila Riod, São Francisco, Tirirical, Ilhinha, Maracanã, Redenção, Vila Embratel, Retiro Natal, Cidade Olímpica, Recanto Verde, João de Deus, Jordoa, Vila Embratel, Santa Efigênia, Anil, Filipinho, Alto da Esperança e Vila Sarney foram as localidades que receberam diálogos com o candidato, que também esteve com segmentos específicos da população, como, por exemplo, com especialistas em Mobilidade Urbana, Livreiros, membros do Centro de Cultura Negra, Movimentos Sociais, Mães Atípicas, Carroceiros e Bombeiros Civis.
Escutar e Dialogar

Ao longo dos primeiros dias, Duarte visitou ao lado de Creuzamar, diversos bairros com ações como panfletagens, caminhadas, carreatas e também com diálogos abertos onde teve a oportunidade de ouvir de perto as demandas e preocupações dos moradores. As visitas incluíram conversas em praças, feiras e locais públicos, promovendo um ambiente de troca de ideias e acolhimento.

"Nossa campanha é construída sobre a ideia de que a política deve estar conectada à realidade das pessoas. Queremos ouvir, entender e trabalhar juntos para criar um futuro melhor. São Luís merece mais!", afirmou Duarte Júnior durante uma das reuniões. Essa postura tem sido bem recebida pelos cidadãos, que valorizam a presença e a disposição do candidato em escutar e dialogar.


“Nossa campanha representa a política proba, a política da verdade. É a campanha da lealdade, da vontade, dos propósitos que nos movimentam”, disse o candidato ao explicar suas propostas. Ele também destacou, como resultado das escutas, que “os problemas de quatro anos atrás continuam a ser os problemas de hoje” e citou um dos problemas: “a gente entra na Feira da Vila Embratel, na feira do Anjo da Guarda, anda até o Piancó e é esgoto a céu aberto”. 

Próximos Passos

Nas próximas semanas, Duarte continuará sua jornada de encontros e diálogos, ampliando o alcance de sua campanha para outras regiões da cidade. Além dos diálogos abertos continuarão também os eventos temáticos, onde o candidato discute propostas específicas para áreas como transporte, habitação, saúde, entre outros.

sábado, 24 de agosto de 2024

Nova carteira de identidade supera 11 milhões de emissões; saiba como tirar o documento


A CIN (Carteira de Identidade Nacional) registrou 11,1 milhões de documentos emitidos no país, segundo o Ministério de Gestão e Inovação. A nova carteira tem o número do CPF (Cadastro de Pessoas Físicas) como registro geral, único e válido para todo o país, substituindo do RG.

Até o momento, a emissão é realizada em 24 estados e no Distrito Federal. Somente Amapá e Roraima ainda não emitem o novo documento.

A substituição da atual carteira de identidade pela CIN não é obrigatória neste momento e poderá ser feita de forma gradual e gratuita até 2032.

A primeira via e a renovação do documento são gratuitas — quem o perder e precisar tirar a segunda via terá de pagar uma taxa estipulada por estado.

Como tirar o documento

A emissão do documento pode ser agendada nos institutos de identificação de cada estado e do Distrito Federal. Para isso, é necessário fazer o agendamento e, depois, levar as certidões de nascimento ou casamento para a emissão da CIN. Abaixo, segue lista de links para agendamento da CIN:

Em São Paulo, a emissão da primeira via de RG já foi substituída pela nova carteira de identidade. O serviço é realizado, com agendamento prévio, nos postos do Poupa tempo e nas unidades do IIRGD (Instituto de Identificação Ricardo Gumbleton Daunt), órgão vinculado à Polícia Civil.