sábado, 26 de julho de 2025

APÓS CALOTE DE 10 BILHÕES AO BRASIL, VENEZUELA IMPÕE TARIFAÇO DE 77% SOBRE PRODUTOS BRASILEIROS


Crise na fronteira com Venezuela: tarifas do país vizinho pega Brasil de surpresa e colocam em risco 70% das exportações das indústrias de Roraima

Após dar um calote de quase R$ 10 bilhões ao Brasil, valor ligado ao Fundo de Garantia à Exportação (FGE) e à inadimplência prolongada em contratos públicos de comércio exterior, o governo de Nicolás Maduro resolveu agravar ainda mais a relação bilateral. Sem qualquer aviso, diálogo ou negociação, a Venezuela decidiu impor tarifas que variam de 15% a 77% sobre produtos brasileiros, mesmo nos casos em que, por tratado, a importação deveria ser isenta mediante apresentação do certificado de origem. O movimento escancarou a falta de compromisso com os acordos em vigor e trouxe revolta a empresários e exportadores que agora enfrentam novas barreiras nas indústrias para vender seus produtos no país vizinho.

A decisão surpreendeu até mesmo as autoridades diplomáticas brasileiras. Conforme divulgado pela imprensa de Roraima e confirmado pela Federação das Indústrias do Estado de Roraima (FIER), os certificados de origem dos produtos brasileiros estão sendo simplesmente ignorados pelas autoridades venezuelanas, o que tem servido de pretexto para a cobrança das alíquotas abusivas.

Tarifaço inesperado e clima de incerteza

Agora, além de não pagar a dívida bilionária ao Brasil, Maduro ainda impõe tarifas que podem quebrar exportadores brasileiros. Na prática, a medida funciona como um duro golpe contra a indústria brasileira, uma atitude que muitos classificam como provocativa e ofensiva.

A cobrança de imposto sobre os produtos brasileiros começou a ser denunciada nos últimos dias por empresários e entidades de classe em Roraima. Embora exista um Acordo de Complementação Econômica entre Brasil e Venezuela, o ACE n.º 69, firmado no âmbito da Associação Latino-Americana de Integração (ALADI), que garante isenção tarifária para a maioria dos itens, os exportadores se depararam com uma nova realidade: alíquotas entre 15% e 77%, aplicadas mesmo com certificado de origem válido.

A notícia foi inicialmente publicada pelo jornal Folha de Boa Vista e confirmada pela Federação das Indústrias do Estado de Roraima (FIER), que agora tenta entender se houve um erro técnico ou se a decisão partiu intencionalmente do governo de Nicolás Maduro.

Exportadores à deriva, fronteira em alerta

Quem sente no bolso são os empresários que dependem da exportação de produtos brasileiros para manter seus negócios. Com a Venezuela sendo o principal parceiro comercial de Roraima, qualquer encarecimento nos custos pode tornar os produtos inviáveis frente à concorrência.

“O Governo do Estado de Roraima, sob a liderança do governador Antônio Denarium, acompanha com grande preocupação as informações sobre a elevação da alíquota do imposto Ad Valorem por parte do governo venezuelano, que atinge diretamente produtos de origem brasileira exportados por Roraima”, diz a nota oficial divulgada pelo governo estadual na sexta-feira, 25 de julho.

Segundo os dados mais recentes do Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC), de janeiro a junho de 2025, Roraima exportou US$ 41,5 milhões para a Venezuela, concentrados principalmente em alimentos, óleos vegetais e animais vivos. No total de 2024, as exportações brasileiras ao país vizinho somaram US$ 1,19 bilhão — o equivalente a 0,4% do total nacional.

Indústria de Roraima reage com mobilização

indústria de Roraima não ficou parada. O Centro Internacional de Negócios da FIER iniciou apurações internas para descobrir o motivo da rejeição dos certificados de origem por parte das autoridades venezuelanas. Em nota, a federação informou que:

“Está em contato direto com as autoridades competentes do Brasil e da Venezuela, em busca de esclarecimentos e soluções rápidas que visem a normalização do fluxo comercial bilateral.”

A entidade também afirmou que todos os procedimentos adotados pelas empresas brasileiras estão em conformidade com o tratado da ALADI, e que não houve mudança nos trâmites por parte do Brasil.

Governo federal entra em cena, mas sem respostas concretas

No plano federal, o impacto da medida foi reconhecido, mas ainda sem uma solução efetiva. O Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços, comandado por Geraldo Alckmin, divulgou uma nota confirmando que recebeu relatos sobre a situação e que está em diálogo com o Itamaraty e com a Embaixada do Brasil em Caracas, que, por sua vez, já entrou em contato com representantes venezuelanos.

“O MDIC está em diálogo com representantes do setor produtivo para reunir informações mais detalhadas sobre os casos reportados”, informou a pasta.

Ainda assim, não houve até agora uma posição oficial do governo venezuelano justificando a decisão ou sinalizando que as tarifas serão revistas. Enquanto isso, os prejuízos seguem se acumulando, e a dívida diplomática entre os dois países só aumenta.

Indústrias de Roraima realizam mais de 70% de suas exportações para o país vizinho

relação comercial entre Brasil e Venezuela, especialmente com os estados da região Norte, sempre foi vista como estratégica. Roraima, por exemplo, realiza mais de 70% de suas exportações para o país vizinho, e a nova política tarifária, se mantida, pode abalar duramente essa engrenagem econômica.

O governador Denarium afirmou que o impacto não é apenas nos empresários, mas em toda a cadeia produtiva:

“Qualquer medida que encareça os produtos brasileiros no mercado venezuelano afeta significativamente a competitividade das nossas mercadorias, com impacto direto sobre o agronegócio, a geração de empregos e a arrecadação estadual.”

E agora, o que será das exportações das indústrias brasileiras?

Diante da escalada do impasse, resta saber se o governo brasileiro vai conseguir resolver a questão no campo diplomático. Se não houver um recuo por parte de Maduro, a situação pode gerar desdobramentos não apenas comerciais, mas também políticos, em um momento em que o Palácio do Planalto tem buscado aproximação com regimes latino-americanos.

Mais do que uma disputa comercial, essa decisão da Venezuela coloca à prova a eficiência dos acordos regionais, a capacidade de articulação do governo federal e o grau de confiança entre os países vizinhos.

Resta saber se o governo brasileiro terá disposição e força política para pressionar a Venezuela e proteger os interesses da indústria brasileira. Afinal, diante de um histórico de inadimplência e de novas barreiras comerciais, é essencial que o Brasil busque soluções firmes para proteger seus exportadores e evitar prejuízos acumulados, e o brasileiro acabar ‘pagando duas vezes’.

E você, o que acha dessa medida da Venezuela? O governo Lula deveria ser mais firme na cobrança da dívida e na defesa dos exportadores? Deixe sua opinião nos comentários e compartilhe este artigo com quem também precisa entender o que está acontecendo na fronteira norte do Brasil.

sexta-feira, 25 de julho de 2025

“Por aqui é menos discurso e mais RESULTADO!

  

Entregamos mais uma escola: a Unidade Integrada Alexandre Duarte, totalmente reformada.
Fachada renovada, ambiente limpo, decorado, acolhedor, com salas de aula estruturadas para garantir dignidade no aprender.

E cada sorriso que vimos hoje vale mais do que mil discursos.

Olhar para trás e ver tudo o que já fizemos pela educação sempre emociona.


É isso que nos dá força para seguir firmes:

✅ Reformamos 57 escolas ao longo das nossas gestões, fazendo ampliações, reestruturações.

✅Construímos 09 escolas do zero, pensadas para acolher com dignidade.

✅ Implantamos 5 Creches em Tempo Integral e 1 Escola Integral em ensino fundamental maior, levando educação de qualidade a quem mais precisa.


Tudo isso sem prometer milagres, sem discursos fantasiosos.
Mas com presença, coragem e trabalho firme, todos os dias.

Porque transformar vidas não exige gritos nem promessas mirabolantes.
Exige COMPROMISSO de verdade e vontade de fazer a diferença, onde quer que estejamos.”

Maura Jorge @maurajorgeoficial


veja o video:


AVIÕES DA FAB: PARA MINISTROS SÓ TEM COMBUSTIVEL PARA 10 DIAS

  

Aviões da FAB para ministros só têm combustível para 10 dias e podem parar já em agosto
Aeronaves da FAB para ministros podem parar após 3 de agosto por falta de combustível.
Os aviões da Força Aérea Brasileira (FAB), responsáveis por transportar autoridades e realizar missões emergenciais como traslado de órgãos para transplantes, só têm combustível garantido para operar até 3 de agosto. Após essa data, voos poderão ser suspensos devido ao contingenciamento imposto ao Comando da Aeronáutica, que enfrenta dificuldades financeiras desde maio.

FAB confirmou que o Comaer sofreu bloqueio de R$ 812,2 milhões em seu orçamento, afetando despesas operacionais e logísticas. Os cortes foram resultados do Decreto n.º 12.447, publicado em 30 de maio de 2025, que reduziu R$ 2,6 bilhões do orçamento do Ministério da Defesa. O impacto atinge diretamente as atividades da Força Aérea, incluindo abastecimento e manutenção de aeronaves.

Além do querosene de aviação, a FAB também enfrenta limitações na manutenção de seus aviões. Apesar do orçamento de R$ 29,4 bilhões para 2025, R$ 23,7 bilhões são destinados a gastos com pessoal, enquanto apenas R$ 2,2 bilhões estão disponíveis para materiais de consumo, como combustíveis, e R$ 1,6 bilhão para investimentos.

Contingenciamento afeta autoridades e operações críticas

As aeronaves militares não são utilizadas apenas para o transporte de ministros e chefes dos poderes. Elas também cumprem funções essenciais, como transporte de órgãos e apoio a emergências nacionais. Caso a situação não seja solucionada, essas atividades podem ser impactadas nas próximas semanas.

Mesmo diante da escassez de recursos, o governo determinou a instalação de duas “salas VIP” da FAB na Conferência do Clima (COP30), programada para novembro em Belém–PA. Essa decisão gera preocupação sobre a alocação dos recursos disponíveisjá que o contingenciamento compromete serviços básicos da Força Aérea.

Segundo o Comando da Aeronáutica, os bloqueios foram aplicados com base em critérios que priorizaram compromissos já assumidos, em detrimento de outras áreas, mas o valor elevado e o prazo restante do ano impossibilitaram evitar cortes significativos em diversas frentes.

Em nota, a FAB declarou que houve impactos severos em praticamente todas as atividades da Força, desde as operacionais até as administrativas. Também destacou que a redução de 17% dos valores previstos na Lei Orçamentária Anual (LOA) exigirá ajustes contratuais, que podem atrasar entregas de aeronaves em desenvolvimento.

A informação foi divulgada  com base em comunicados oficiais da FAB e dados orçamentários do Comando da Aeronáutica. Segundo a publicação, a situação poderá levar à suspensão de voos após 3 de agosto caso não haja recomposição dos recursos.