
A FAB confirmou que o Comaer sofreu bloqueio de R$ 812,2 milhões em seu orçamento, afetando despesas operacionais e logísticas. Os cortes foram resultados do Decreto n.º 12.447, publicado em 30 de maio de 2025, que reduziu R$ 2,6 bilhões do orçamento do Ministério da Defesa. O impacto atinge diretamente as atividades da Força Aérea, incluindo abastecimento e manutenção de aeronaves.
Além do querosene de aviação, a FAB também enfrenta limitações na manutenção de seus aviões. Apesar do orçamento de R$ 29,4 bilhões para 2025, R$ 23,7 bilhões são destinados a gastos com pessoal, enquanto apenas R$ 2,2 bilhões estão disponíveis para materiais de consumo, como combustíveis, e R$ 1,6 bilhão para investimentos.
Contingenciamento afeta autoridades e operações críticas
As aeronaves militares não são utilizadas apenas para o transporte de ministros e chefes dos poderes. Elas também cumprem funções essenciais, como transporte de órgãos e apoio a emergências nacionais. Caso a situação não seja solucionada, essas atividades podem ser impactadas nas próximas semanas.
Mesmo diante da escassez de recursos, o governo determinou a instalação de duas “salas VIP” da FAB na Conferência do Clima (COP30), programada para novembro em Belém–PA. Essa decisão gera preocupação sobre a alocação dos recursos disponíveis, já que o contingenciamento compromete serviços básicos da Força Aérea.
Segundo o Comando da Aeronáutica, os bloqueios foram aplicados com base em critérios que priorizaram compromissos já assumidos, em detrimento de outras áreas, mas o valor elevado e o prazo restante do ano impossibilitaram evitar cortes significativos em diversas frentes.
Em nota, a FAB declarou que houve impactos severos em praticamente todas as atividades da Força, desde as operacionais até as administrativas. Também destacou que a redução de 17% dos valores previstos na Lei Orçamentária Anual (LOA) exigirá ajustes contratuais, que podem atrasar entregas de aeronaves em desenvolvimento.
A informação foi divulgada com base em comunicados oficiais da FAB e dados orçamentários do Comando da Aeronáutica. Segundo a publicação, a situação poderá levar à suspensão de voos após 3 de agosto caso não haja recomposição dos recursos.
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