A gestão do prefeito Carrinho Cidreira (PL) em Viana, na Baixada Maranhense, está novamente sob os holofotes, e não por boas razões. Após desembolsar R$ 140 mil em 2024 para alugar um imóvel de propriedade de Raimundo Benedito Travassos, usado temporariamente como mercado público municipal, o prefeito agora surpreende com uma nova transação milionária envolvendo o mesmo aliado. Em 23 de abril de 2025, a prefeitura adquiriu um imóvel na Avenida Luís de Almeida Couto, s/n, bairro Nazaré, por R$ 2 milhões, destinado a funcionar como garagem para os ônibus escolares do município. O detalhe? O proprietário é, novamente, Raimundo Benedito Travassos.
A compra, formalizada pelo Contrato Administrativo n°
090/2025, com base na Inexigibilidade n° 015/2025 e no Processo Administrativo
n° 025/2025, levanta sérias suspeitas – favorecimento: a falta de um estudo
para buscar imóveis com menor preço e mais adequado para funcionamento da
garagem; pressa na transação: o proceso aconteceu em tempo recorde de
elaboração do processo pagamento autorização foi publicada em em
diário oficial em 10 de março, o empenho de pagamento no dia 03 de abril e o
pagamento efetuado no dia 23 de abril; alto preço: o alto valor pelo imóvel
chamou atenção, uma vez que para os padrões da região da Baixada um imóvel de
R$ 2 milhões em área urbana são bem raro. A repetição de negócios com o mesmo
dono de imóveis, sem concorrência pública, alimenta críticas sobre a
transparência e a ética na administração municipal.
Em 2024, a prefeitura já havia pago R$ 140 mil a Travassos
pela locação de um imóvel na mesma avenida, usado como mercado público. Agora,
em 2025, a aquisição de outro imóvel do mesmo proprietário, por um valor qause
14 vezes maior, reforça a percepção de que a gestão de Carrinho
Cidreira pode estar priorizando aliados em detrimento do
interesse público. A inexigibilidade de licitação, usada para justificar a
compra, é um recurso que, segundo especialistas, deveria ser exceção, não
regra.
Até o momento, a prefeitura de Viana não apresentou
esclarecimentos sobre a escolha do imóvel, o critério para o valor de R$ 2
milhões ou a relação entre o prefeito e Raimundo Benedito Travassos. A falta de
respostas só aumenta desconfiança da população, que exige
transparência e accountability.
O caso expõe a necessidade urgente de maior controle sobre o
uso dos recursos públicos em Viana. O Ministério Público e o Tribunal de
Contas do Estado (TCE) têm o dever de apurar se houve irregularidades, como
superfaturamento ou direcionamento na compra do imóvel. A população de Viana
merece saber se seu dinheiro está sendo usado de forma responsável ou se
está servindo para beneficiar aliados do prefeito.
O blog Joerdson Rodrigues continuará acompanhando o caso,
trazendo atualizações e cobrando respostas. A transparência é um direito do
cidadão, e a luta por uma gestão justa não pode parar.
Via Blog Joerdson Rodrigues
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