sábado, 23 de março de 2024

PISO DA ENFERMAGEM: ajuste salarial não é pago em alguns estados


De um lado, profissionais comemoram o fato de terem recebido corretamente o pagamento do piso da enfermagem. Do outro, ainda existem trabalhadores que permanecem em busca da implementação do valor estabelecido pela lei n.º 14.434, aprovada em 2022. A queda de braço entre os empregadores e empregados ainda se arrasta — e parece não ter fim próximo. Enquanto alguns estados e municípios estão recebendo em dia os pagamentos com os valores determinados, outros seguem lutando pela garantia desses repasses. 

Em Pernambuco, por exemplo, o presidente do Sindicato Profissional de Auxiliares e Técnicos de Enfermagem de Pernambuco (Satempe), Francis Herbert, reclama da falta de atenção e comprometimento dos órgãos que fazem o repasse dos salários.

“Aqui em Pernambuco nós temos pontos que prejudicam muito o recebimento por parte dos nossos servidores públicos e trabalhadores da iniciativa privada não-lucrativa. Isso porque temos a governadora do estado, com a Secretaria de Saúde, não cumprindo os 30 dias que a portaria 11 de 35 de 2023, que determina que o ente federativo tem até 30 dias para repassar esses valores para que os servidores e trabalhadores recebam”, reclama.

Mas os problemas não param por aí: “Há também uma grande barreira existente na rede privada lucrativa. Aqui em Pernambuco, depois do julgamento dos embargos de declaração, começamos as negociações junto ao Ministério Público do Trabalho para que os empregadores da rede privada lucrativa negociem — a implantar o piso que até hoje não conseguimos implantar na rede privada lucrativa. Então muito difícil estar tratando porque eles fogem das negociações camuflando essa discussão”, desabafa Francis Hebert.

Mesmo o Tribunal Superior do Trabalho (TST) tendo encerrado as negociações entre a Confederação Nacional de Saúde (CNSaúde) — que representa a categoria patronal de estabelecimentos privados — e os trabalhadores do setor, a categoria reclama que os repasses não estão chegando na mão dos empregados, como relata a presidente do Sindicato dos Auxiliares e Técnicos de Enfermagem do Pará (Sate), Marli Groeff.

“Até hoje nós lutamos contra essas gestões com todas as nossas forças, todos os dias na rua, com atos, com paralisações, com movimentos e a gente está tendo essa resistência desses gestores, inclusive gestores que pretendem, como os prefeitos, se reelegerem agora em 2024. Mas a implementação do piso salarial à categoria de enfermagem sempre é o último plano desses gestores. Inclusive, se falar de rede particular, também não está acontecendo o cumprimento da lei”, lamenta.

A difícil busca de solução entre as partes

Para o advogado especialista em direito do trabalho Donne Pisco, é importante que ambas as partes encontrem uma solução quanto antes para evitar qualquer repercussão a respeito da empregabilidade ou com relação ao incremento dos custos setoriais que a aplicação do piso representa.

“A aplicação ficou condicionada à negociação prévia conduzida pelas entidades sindicais, a fim de que fosse discutida a aplicação do piso salarial e consideradas as implicações”, observa. 

A discussão sobre o piso salarial da enfermagem está em pauta no Brasil há muitos anos. Em 4 de agosto de 2022, a lei n.° 14.434 estabeleceu um valor mínimo de salário para enfermeiras, técnicas em enfermagem, auxiliares de enfermagem e parteiras em todo o país. Posteriormente, a Emenda Constitucional n.° 127/2022 determinou que caberia à União prestar assistência financeira complementar aos estados, municípios, Distrito Federal e entidades filantrópicas. Desde então, o assunto continua na pauta de discussões entre governo federal, municípios e hospitais privados. 





sexta-feira, 22 de março de 2024

Paço do Lumiar: Visita do GAECO e Polícia Federal nesta quinta-feira (21) repercute na Câmara e nas ruas do município; veja o vídeo




Vereador Fernando Feitosa


O vereador Fernando Feitosa repercutiu a visita inesperada do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (GAECO) e da Polícia Federal à cidade de Paço do Lumiar na última quinta-feira (21). A cidade, que faz parte da região metropolitana, tem sido alvo de visitas semanais dessas entidades, que investigam diversos escândalos de corrupção supostamente orquestrados pela prefeita Paula Azevedo e seus familiares.

Feitosa destacou a operação do GAECO na cidade, que tem como foco a compra fictícia de 1700 ar-condicionados, um investimento que custou cerca de 6 milhões. “A conta está chegando”, alertou o vereador, referindo-se às consequências que a prefeita e seus colaboradores enfrentarão.







Além do GAECO, dois agentes da Polícia Federal também estiveram na cidade, procurando panelas de pressão industriais e tachos, itens comprados com recursos do Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica (FUNDEB). Segundo o vereador, a Polícia Federal vasculhou a cidade, mas não encontrou esses itens.

“A nossa cidade está largada, não tem nada. A educação, a saúde, não tem nada. Agora, roubo tem muito, roubo tem muito. E o GAECO vai provar isso”, afirmou Feitosa. Ele também mencionou que a cidade foi notícia novamente, desta vez devido à operação.


O vereador também fez uma revelação surpreendente: empresários que participaram do esquema do ar-condicionado se hospedaram em um hotel na cidade durante cinco dias para participar de uma licitação. No entanto, a cidade não possui um hotel. “Por aí você vê o nível que está a coisa”, comentou Feitosa.

A operação é um lembrete contundente de que a corrupção não passará impune, que as autoridades estão comprometidas em garantir que os recursos públicos sejam usados para o benefício da população.


blog Joerdson Rodrigues

Paula da Pindoba gastou mais de R$2 milhões com eventos em 12 meses


A Prefeita de Paço do Lumiar–MA, Paula Azevedo, também conhecida por Paula da Pindoba, não tem feito uma administração como havia prometido durante campanha eleitoral de 2020. Com um município cheio de problemas estruturais, Paula, que caiu de paraquedas na Prefeitura, graças a Domingos Dutra, parece que não deixará saudades aos luminenses.

Com uma administração abaixo do esperado pelos luminenses, Paula da Pindoba entregou praticamente o município às traças, deixando a cidade cheia de lixo por falta de coleta, unidades de saúde sem material básico para atendimento, ruas esburacadas em bairros da periferia, como o La Belle, por exemplo, além de sucatear a educação de rede municipal.

Mas em se tratando de cultura, pelo Portal da Transparência parece estar muito bem, principalmente ao ver o contrato milionário para realização de eventos. Em outubro de 2022, por exemplo, Paula Ada Pindoba assinou um contrato com a empresa E S Produções Ltda., localizada no bairro Jardim Renascença, na capital maranhense, no valor de R$ 2.180.301,50 (Dois milhões, cento e oitenta mil, trezentos e um reais e cinquenta centavos) com validade de 12 meses.

Um ano se passou, encerrando o contrato em 25 de outubro de 2023, mas os investimentos em eventos culturais como havia sido acordado no contrato não apareceram aos olhos dos luminenses. Mas pelo contrato, a empresa que tem como proprietário Edson de Jesus da Silva, teria a obrigação de gastar esses mais de R$ 2 milhões com realização de eventos em datas comemorativas em Paço do Lumiar.