sábado, 21 de setembro de 2024

Duarte mostra conhecimento, preparo e propostas em debate na TV Difusora

No debate da TV Difusora (SBT), realizado nesta sexta (20), o candidato Duarte (PSB) destacou uma série de propostas voltadas para solucionar os problemas estruturais de São Luís, com foco em creches, saúde e inclusão social. Ele utilizou o tempo para expor sua visão de uma gestão que comece a agir desde o primeiro dia de mandato, com projetos práticos e parcerias amplas. O evento não teve a participação do atual prefeito Eduardo Braide (PSD), o que gerou críticas de Duarte e dos outros candidatos. 

*Soluções Imediatas* 

Duarte iniciou o debate chamando a atenção para a situação crítica das creches na capital, onde mais de 9 mil crianças aguardam vagas. Ele apontou que essa demora impede o desenvolvimento educacional das crianças e força muitas mães a se afastarem do mercado de trabalho. Como soluções, propôs duas ações imediatas: parcerias com o governo federal, por meio do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), e com a iniciativa privada, destinando recursos para fortalecer as escolas comunitárias. "Nós não podemos condenar nossas crianças à espera. Elas precisam estudar agora, com alfabetização na hora certa", enfatizou Duarte.

*Saúde e Mortalidade Infantil* 

Outro ponto forte da participação de Duarte foi a crítica ao aumento de 33% na mortalidade infantil durante a gestão de Braide, que ele descreveu como alarmante. Para combater esse problema, o candidato apresentou o programa "Mãe Coruja", que visa garantir um pré-natal completo, diagnósticos precoces e o fornecimento de enxovais completos para as mães de recém-nascidos. "É preciso cuidar das mães desde o início da gestação para garantir que o bebê e a mãe tenham o apoio necessário", afirmou Duarte.

*Inclusão e Protagonismo Feminino* 

A participação da mulher na gestão pública foi um tema central do discurso de Duarte. Ele criticou a falta de políticas consistentes para o público feminino na atual administração e reafirmou seu compromisso de criar a Secretaria da Mulher. "Vamos garantir que essa secretaria tenha protagonismo e atue em conjunto com outras áreas, promovendo saúde, educação e respeito às mulheres", destacou.

*Infraestrutura e Saneamento* 

Duarte apontou que as gestões anteriores da cidade falharam em priorizar obras estruturantes e mencionou que 115 mil habitações em São Luís não tem sequer um sanitário. Ele criticou o atual prefeito por responsabilizar outros órgãos, como a Caema, pela ausência de saneamento, ressaltando que a responsabilidade pela assinatura dos contratos é da própria prefeitura. Como solução, Duarte propôs um trabalho conjunto com o governo federal e estadual para realizar obras de drenagem profunda, fiscalizar contratos e ampliar a rede de saneamento. "Precisamos garantir dignidade para essas pessoas, e, para isso, é preciso trabalhar todos os dias, desde o primeiro dia", pontuou.

*Moradia Digna e Mobilidade* 

A proposta de Duarte para o setor de habitação foi o lançamento de um programa "Minha Casa Minha Vida Municipal", destinado a eliminar as áreas de palafitas em regiões vulneráveis de São Luís. Ele prometeu, ainda, concluir a entrega das 3 mil casas do Residencial Mato Grosso, um compromisso que a atual gestão não cumpriu. Além disso, o candidato criticou a falta de planejamento de mobilidade urbana, afirmando que os bairros da cidade foram deixados de lado em projetos que privilegiaram as grandes avenidas.

*Zerar Filas* 

Duarte apontou que São Luís perdeu 363 leitos nos últimos quatro anos e criticou o prefeito por prometer um novo hospital sem aumentar o número de leitos disponíveis. O candidato propôs um plano para "zerar filas", por meio de parcerias com a iniciativa privada e o governo federal. Além disso, defendeu a ampliação do programa "Saúde na Hora" para que as Unidades Básicas de Saúde (UBSs) funcionem em horários alternativos, incluindo noites e finais de semana, garantindo mais acesso à população.

*Esporte e Inclusão* 

Duarte também ressaltou a importância do esporte como ferramenta de inclusão social e promoção da saúde, destacando sua atuação como deputado estadual ao destinar emendas parlamentares para a construção de uma quadra esportiva na comunidade Túnel do Sacavém. "Precisamos garantir que o direito ao esporte seja para todos, especialmente para aqueles com algum tipo de deficiência", afirmou.

 

PERIGO: Covid-19 continua em crescimento e expansão pelo país

O Boletim InfoGripe da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) desta semana mostra que os casos de Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG) associados à Covid-19 continuam em crescimento e expansão pelo país. O aumento se deu principalmente no Distrito Federal, Goiás, Rio de Janeiro, Mato Grosso do Sul e São Paulo. Em Minas Gerais e no Paraná também houve um leve aumento de SRAG em idosos, provavelmente associado à Covid-19, segundo a Fiocruz.

O boletim também revela o contínuo aumento dos casos de SRAG associada ao rinovírus em crianças e adolescentes de até 14 anos em vários estados da região Centro-Sul e Norte-Nordeste. Nessa mesma faixa etária, o vírus sincicial respiratório (VSR) e o rinovírus continuam sendo as principais causas de internações e óbitos.

Na tendência de curto e longo prazo, há um sinal de aumento de SRAG, em função do avanço dos casos de rinovírus e Covid-19 em muitas regiões do país. Segundo o InfoGripe, 14 unidades federativas apresentam indícios de crescimento da síndrome respiratória: Amapá, Ceará, Distrito Federal, Goiás, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Minas Gerais, Paraná, Pernambuco, Piauí, Rio de Janeiro, Rio Grande do Sul, São Paulo e Tocantins. 

Entre as capitais, os indícios de aumento dos casos foram observados em Belém–PA, Belo Horizonte–MG, Campo Grande–MS, Curitiba–PR, Florianópolis–SC, Fortaleza–CE, Goiânia–GO, João Pessoa–PB, Macapá–AP, Porto Alegre–RS, Recife–PE, Teresina–PI. 

Outro ponto importante do boletim é que, apesar da diminuição dos casos graves de influenza A na maior parte do país, houve um aumento no estado do Rio Grande do Sul.

A pesquisadora do Boletim InfoGripe Tatiana Portella reforça a importância da imunização contra o vírus.

“É importante que todas as pessoas dos grupos de risco do estado do Rio Grande do Sul, que ainda não tomaram a vacina contra a influenza, procurem um posto de saúde para tomar a vacina contra o vírus.”

Nas últimas quatro semanas epidemiológicas, 13,1% dos casos positivos de SRAG estavam associados à influenza A; 4,4% à influenza B; 8,1% ao VSR, 32,1% ao rinovírus, e 34,8% à Covid-19. Entre os óbitos, 22,3% estavam associados à influenza A, 4,6% à influenza B, 1,8% ao VSR, 8% ao rinovírus e 56% à Covid-19.

Diante desse cenário de alta da Covid-19, Tatiana Portella reforça a importância de estar em dia com a vacinação.

“É muito importante que todas as pessoas dos grupos de risco também estejam em dia com a vacinação contra o vírus. Nós também mantemos a recomendação do uso de máscaras em locais fechados, em locais com maior aglomeração de pessoas, dentro dos postos de saúde. E nós também recomendamos que, em caso de aparecimento de sintomas, o ideal é que a pessoa fique em isolamento em casa, evitando transmitir o vírus para outras pessoas.”

Doenças respiratórias

A análise do Boletim InfoGripe, referente à Semana Epidemiológica 37, tem como base os dados inseridos no Sistema de Informação da Vigilância Epidemiológica da Gripe, entre 8 a 14 de setembro, e apresenta informações sobre os vírus respiratórios, como VSR, rinovírus, influenza e Covid-19. 

VSR: Vírus Sincicial Respiratório

Este vírus atinge, principalmente, crianças pequenas — de até dois anos — ou idosos acima de 65 anos. Geralmente é o responsável pelos casos de bronquiolite em crianças pequenas. 

Segundo a pesquisadora da Fiocruz Tatiana Portella, “os sintomas são parecidos com os da gripe: dor de garganta, calafrios, coriza, tosse. Mas é preciso prestar atenção nos sintomas das crianças pequenas. Verificar se elas estão com dificuldade de respirar, com os lábios arroxeados — isso pode ser um indicativo que ela está evoluindo para uma forma mais grave da doença. Nesses casos, é preciso procurar atendimento médico rápido”.

Influenza A ou H1N1

Trata-se do vírus da gripe. Com alta circulação pelo país, sobretudo este ano, a Influenza A também é conhecida como H1N1 — anteriormente chamada de gripe suína.
“Geralmente ele pode dar uma febre mais repentina, mas tem os sintomas muito parecidos com outros vírus respiratórios, como tosse coriza, calafrios. Ele atinge todas as faixas etárias, mas assim como os outros vírus, evolui de forma mais grave nos idosos, crianças pequenas e pessoas com comorbidades”, explica Portella.

Rinovírus 

Assim como o VSR, atinge crianças pequenas e pode evoluir para casos de bronquite. Mas é uma doença autolimitada “que vai se curar sozinha entre 7 e 14 dias”, explica a pesquisadora. 

“Mas ele pode evoluir para as formas mais graves em crianças pequenas que tenham histórico de asma, doença crônica no pulmão, imunossuprimidos.” Tatiana ainda explica que o rinovírus pode ter uma de comportamento sazonal — como Influenza e VSR — e neste momento a Fiocruz observa uma incidência alta desse vírus em crianças pequenas e adolescentes. 

Covid-19

O velho conhecido — responsável pela pandemia entre 2020 e 2021 — ainda causa muitos casos de SRAGs. Isso porque ao longo do tempo ele vem sofrendo mutações e evoluiu rapidamente. As novas variantes mostram que ainda se trata do vírus da COVID, mas com um poder de infecção maior.

Por isso a vacinação anual é importante para prevenir os casos mais graves da doença, alerta Tatiana Portella.

“A vacina da COVID-19 é atualizada para as novas variantes e, apesar de termos esse vírus circulando há alguns anos, é importante que as pessoas atualizem a vacina. Porque a vacina que as pessoas tomaram no ano passado não confere a mesma proteção do que a vacina que está disponível este ano.” 

Confira outros detalhes no link.



 

sexta-feira, 20 de setembro de 2024

MPF: realiza em Governador Edison Lobão audiência pública para discutir implementação do Projeto MPEduc


O Ministério Público Federal (MPF) realizará escuta pública para identificar se as recomendações feitas ao município de Governador Edison Lobão, no Maranhão, por meio do projeto do Ministério Público pela Educação (MPEduc), foram efetivamente acatadas. O evento ocorrerá no dia 19 de novembro, às 9h, na Câmara Municipal.

A escuta pública também será um espaço para apresentar avanços ocorridos na esfera da educação básica no município desde a última audiência pública, realizada em maio de 2024.

Na fase atual do MPEduc já foram colhidas informações sobre diversos aspectos das escolas de Governador Edison Lobão, como alimentação, transporte, aspectos pedagógicos, inclusão, estrutura física e outros. As informações são obtidas por meio do preenchimento eletrônico de questionários, de escutas públicas com a participação da sociedade e de visitas às escolas.

Os dados foram analisados e convertidos em um diagnóstico da rede escolar. Com base nesse diagnóstico, o Ministério Público adotou as providências que entende como necessárias para que os problemas sejam solucionados. As recomendações foram enviadas ao município e serão promovidas novas escutas públicas para informar à sociedade sobre todas as providências adotadas e os resultados obtidos.

MPEduc – O projeto Ministério Público pela Educação tem por objetivos principais fiscalizar a execução de políticas públicas de educação; verificar a existência e efetividade dos concelhos sociais com atuação na área de educação; e levar ao conhecimento do cidadão informações essenciais sobre seu direito a uma educação de qualidade e seu dever para que esse serviço seja adequadamente ofertado.