Após entrevista concedida pelo vereador de Coroatá Cássio Reis (PDT), que é oposicionista declarado e combativo ao governo do prefeito de primeiro mandato Edimar Franco (PSB), a um podcast da região uma mentira foi orquestrada para manipular a opinião pública e desviar a atenção dos desmandos e fracassos do governo municipal.
Uma montagem feita por funcionários da secretaria de Comunicação de Edimar Franco passou a ser veiculada em páginas do Instagram que apresentava recorte da entrevista em que o vereador listava possíveis motivações para derrota do seu grupo na última eleição, sendo um deles o machismo da sociedade em que ver mulheres como menos capazes que os homens ao referir-se as candidatas do seu grupo (Aryanna Soares e Tatiana Murad).
O trecho da entrevista utilizado pelos aliados do prefeito e retirado totalmente de contexto tentou mostrar o vereador se manifestando contrário a participação das mulheres na política, assim como também foi orquestrado dentro da prefeitura pelo próprio secretário de Governo e Articulação Política e pela secretária da Mulher um grupo de funcionárias convocadas para acompanhar a sessão da Câmara nesta quinta-feira, 11, a fim de intimidar o vereador e apoiar as adversárias que tanto haviam atacado na eleição.
Durante a sessão, além da presença das funcionárias e da secretária da Mulher, que foi convidada para compor a mesa da sessão, foram apresentadas notas e falas de vereadores como da vice-presidente e procuradora da Mulher Gracilene Cavalcante e do líder de governo Ricardo Baratão, reforçando o fato manipulado.
Mas o vereador Cássio não se intimidou e durante trinta minutos do grande expediente argumentou e rebateu as falsas acusações utilizando-se da explicação dos argumentos utilizados na entrevista, das vezes que votou em uma mulher para presidente do parlamento, do apoio que sempre deu a filha e a esposa para que tivessem vidas independentes, sobre os ataques do apoiadores do então candidato a prefeito durante e após o período eleitoral às candidatas da chapa que apoiou e, por fim, exibiu o áudio completo do trecho da entrevista retirada de contexto.
Ainda durante a fala do vereador, enquanto este desmontou toda a acusação, a plateia formada por funcionárias da prefeitura convocadas foi se esvaziando aos poucos e até mesmo a procuradora da mulher que presidia a sessão e a secretária deixaram a sessão, mas antes que a secretária se retirasse o parlamentar cobrou da pasta posição e atuação em defesa do segmento e apontou às vezes em que mulheres não foram respeitadas pela gestão citando como exemplo agressão física sofrida por uma jovem no camarote da prefeitura ou agressão moral de professoras dentro da secretaria de Educação.
Corajosamente Cássio resistiu a tentativa de colocá-lo contra as mulheres coroataenses passando a se colocar ao lado delas, desmentir as acusações colocar-se ao lado delas, expor as artimanhas do governo que articulou as funcionárias para confrontá-lo e o desrespeito deste mesmo governo formado por dois homens às mulheres coroataenses e, inclusive, funcionárias do governo municipal e estadual.
"Quem é contra as mulheres é o atual prefeito que tem perseguido professoras com mais de 30 anos de serviços, tirando suas gratificações e diretoras de escolas que passaram em seletivos ou demitindo funcionárias na prefeitura", destacou o vereador.
E finalizou dizendo: “Não tenho medo, não conheço o medo, pois nunca me apresentaram ele, se eu tivesse cometido um erro como tentaram me acusar eu pediria desculpas, mas este não é o caso, em nenhum momento eu me coloquei contra as mulheres ou diminuí a capacidade delas como pude comprovar e demonstrar na minha fala e ao longo da minha vida pública”.
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