terça-feira, 9 de setembro de 2025

Militares das Forças Armadas iniciam deslocamento estratégico de blindados, caças e navios para Boa Vista na Operação Atlas 2025 em manobra que envolve mais de 30 mil tropas

Exército, Marinha e Força Aérea concentram tropas e equipamentos no norte do Brasil em manobra de grande porte para testar mobilidade estratégica, interoperabilidade e defesa da Amazônia em cenário de alta relevância geopolítica.


A Operação Atlas 2025 reúne mais de 30 mil militares das Forças Armadas Brasileiras em deslocamento estratégico para Boa Vista, capital de Roraima, entre setembro e outubro, em uma das maiores mobilizações militares recentes no país. O exercício envolve Exército, Marinha e Força Aérea em ações conjuntas para reforçar a soberania nacional na região amazônica, que faz fronteira com a Venezuela e a Guiana.

Planejamento e deslocamento estratégico

Área de abrangência da Operação Atlas, que reforça a segurança na fronteira norte do Brasil, na divisa com a Venezuela e a Guiana. A operação envolve um grande contingente militar para garantir o controle da região estratégica, em meio à crescente tensão geopolítica. | Foto: Reprodução

O planejamento da Operação Atlas começou em 30 de junho, com foco na coordenação de ações integradas, protocolos de comando e controle, além de rotas logísticas para o transporte de tropas e equipamentos.

Entre 27 de setembro e 11 de outubro ocorre a segunda fase, marcada pelo ápice do deslocamento estratégico, com concentração de meios militares em Manaus e Boa Vista. Nesse período, estão sendo movimentados blindados, viaturas, navios e aeronaves em um esforço logístico de grande porte.

O Navio de Desembarque de Carros de Combate Almirante Saboia, da Marinha do Brasil, realiza o transporte de viaturas da Brigada de Infantaria Paraquedista.

Conforme divulgado pelo Ministério da Defesa, a operação utiliza modais terrestre, aéreo, marítimo e fluvial, reforçando a capacidade de mobilidade estratégica em um dos ambientes mais desafiadores do país.

Forças mobilizadas e equipamentos

Exército Brasileiro desloca obuseiros M-109 A5, sistemas ASTROS de foguetes e mísseis, carros de combate Leopard 1A5, blindados Guarani 6×6 e mísseis anticarro Spike LR e MAX 1.2 AC, além de tropas de engenharia com pontes modulares.

Os obuseiros autopropulsados M-109 A5 BR estão em deslocamento para participar da Operação Atlas 2025.

A Marinha do Brasil participa com dois mil militares, mais de 100 viaturas especializadas, navios-patrulha fluviais e oito helicópteros, além do navio de desembarque Almirante Saboia, responsável por transportar viaturas da Brigada de Infantaria Paraquedista.

No ar, a Força Aérea emprega caças F-5EM/FM Tiger II, aeronaves A-29 Super Tucano, turboélices de ataque, aeronaves de transporte KC-390 Millennium, C-105 Amazonas, helicópteros H-60L e aeronaves AEW&C Guardião, ampliando a projeção de poder aéreo na região.

Aeronave de caça F-5EM da Força Aérea Brasileira.

Execução e encerramento

Em paralelo ao deslocamento, a chamada Simulação Viva ocorre em Amazonas, Pará, Amapá e Roraima, testando a interoperabilidade entre as três forças. A última fase será realizada em outubro, com concentração das atividades no entorno de Boa Vista.[

O exercício será encerrado no início de novembro, após a execução de manobras táticas integradas, emprego de munição real e desmobilização dos efetivos. A operação destaca a importância da Amazônia como espaço estratégico de defesa, logística e mobilidade.

O KC-390 desempenhará papel fundamental ao longo da Operação Atlas 2025.

Segundo comunicado oficial, a Operação Atlas busca avaliar a prontidão das tropas e garantir a capacidade de atuação em um ambiente geopolítico de alta complexidade. O Ministério da Defesa ressalta que a manobra reforça a soberania brasileira e a proteção dos interesses nacionais.

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